Capítulo 5

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João Carlos

O beijo que Vladimir teve a iniciativa de me dar só me provou o que eu já sabia, que ele nunca me esqueceu e que me ama com a mesma intensidade ou até mais que antes.

Após dizer que eu vou reconquistá-lo, ficamos em silêncio e esse silêncio está acabando comigo.

Sei que fiz merda ao deixá-lo no passado, mas eu estava muito confuso em relação a mim mesmo, só depois que compreendi que realmente sou homossexual é que tomei um rumo na vida.

Eu acreditava ser bissexual dos treze aos dezesseis, e depois que transei com o Vladimir e depois de um tempo o deixei, eu me envolvi com uma garota de programa.

Foi para mim revelador, eu a vi na esquina com sua roupa escandalosamente sexual e me aproximei. Naquele dia, tinha feito um bico de pintura com o meu pai e ele me deu o salário que correspondia a mim. Vi a garota e me aproximei dela, dizendo que estava

interessado em seus serviços.

A princípio, ela achou que eu ia roubá-la, mas depois que lhe mostrei a minha carteira recheada, ela, concordou em sair comigo.

Por eu ser menor, ela me levou para a casa dela e no quarto começamos a nos beijar, até aí de boa, boca é boca, o que achei esquisito é que meu membro não dava sinal de vida, procurei relaxar e ela, sendo mais experiente, tirou a minha roupa e mamou satisfatoriamente em meu pênis, ele endureceu, pois estava sendo estimulado, e eu estava no ponto de bala, mas quando ela tirou a sua roupa e deitou-se toda aberta para me receber, eu até que tentei, transar com ela, mas meu pênis "morreu"na hora e eu não soube o que fazer fiquei envergonhado.

Ela, por ser mais experiente que eu, me explicou que isso aconteceu, pois provavelmente eu não gostava de menina e sim de meninos.

Contei para a Natalie, esse é o seu nome, que eu tinha namorado um garoto por três anos e que tudo mudou depois que transamos aos dezesseis.

— Eu fiquei inseguro, fiquei na dúvida se sou homossexual mesmo — Eu estava confiante de que sou bissexual, mas agora me aconteceu isso, não sei o que pensar.

Natalie me questionou o porquê de eu haver sentido dúvidas e eu expliquei que, como iria contar para os meus pais que a minha primeira relação sexual foi com um garoto de mesma idade, que tenho medo deles me rejeitarem.

— Olha, você percebe que, pelo que aconteceu aqui, você não é bissexual nem aqui, nem no Sudão.

— Te aconselho a se assumir para os seus pais, João, e busque a felicidade ao lado desse menino de que você gosta.

Sorri para ela amargamente e disse que o abandonei e que não sabia se ele ia querer me ouvir depois do que fiz, afinal, o Vladimir sempre teve certeza do que quer.

Ela me propõe um teste e eu aceitei. Natalie se deita de pernas abertas com a intimidade depilada e bem aberta para mim, lembro que era bem rosadinha, o sonho de todo homem heterossexual.

— João, eu quero que faça uma deliciosa boquete em minha Larissa. — Você começa pelo meu botão de flor em movimentos circulares e vai até a minha rosa e brinca com a língua chupando com gosto.

Achei o teste meio nada a ver, mas topei, me ajoelhei no chão e puxei a Natalie pelo quadril e fiquei de cara com sua intimidade.

O cheiro até que é agradável, gostei, um perfume de lavanda com rosas, tentei, beijei primeiro sua virilha em movimentos circulares com minha língua, ma quando cheguei a seu botão a visão me deu ânsia, não que sua intimidade não fosse bonita, muito pelo contrário, como eu disse é rosinha e depilada o sonho de todo homem hétero. Mas não sei, não é minha "praia" me lembrei de quando massageei o pênis de Vladimir, e isso só piorou para mim, pois não consegui brincar na intimidade de Natalie.

— Desculpa, não consigo, desculpa de verdade.

Ela fecha as pernas, se levanta da cama e se veste.

— Pode vestir também as suas roupas, João Carlos, você é homossexual, se aceite como é.

Me vesti e continuamos conversando e ela, sendo mais velha que eu, me deu conselhos.

Após cerca de três horas conversando, eu paguei o valor de seu programa, mesmo ela não querendo aceitar, eu insisti, pois tomei o tempo que ela poderia estar com outro cliente.

— Está bem, eu aceito, mas siga os meus conselhos, fale a verdade para os seus pais e procure o garoto que você ama. Sentir-se confuso é normal, afinal você tem apenas dezesseis anos. Foi bom você ter contratado meus "serviço", pois você hoje teve a certeza de quem realmente você é.

— Sim, eu sou homossexual, obrigada, Natalie.

Voltei para casa, chamei meus pais para uma conversa e contei a verdade que amava um garoto que namorava há três anos com ele e que tive a primeira vez com ele.

Meu pai quase me expulsou de casa e minha mãe chorou muito, mas depois de algum tempo, meu pai me aceitou como eu sou e minha mãe também, na realidade, se conformaram, afinal sou filho único.

Passei a procurar o Vladimir, e passei doze anos nessa procura, até que o encontrei e estou aqui deitado em sua cama nesse silêncio mórbido.

Melhor que antes Where stories live. Discover now