Capítulo 28

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Ao chegar na Santa Casa, me dirijo ao setor de cardiologia e lá apresento meu documento de identificação para a recepcionista e digo que tenho consulta marcada com o Dr Adrian Rodrigues.
Ela confere meus dados no sistema e pede para eu aguardar que meu nome será chamado no painel.
Me sento e aguardo. Na hora marcada, o meu nome aparece no painel e eu vou para a sala do Dr. Adrian Rodrigues.
— Boa tarde, Dr Adrian!
— Boa tarde, então você é o João Carlos, estava olhando o seu prontuário que meu primo Alexandre me enviou e lhe dou os parabéns. O tratamento surtiu efeito por oito anos, superou as expectativas. 
— Mas o coração humano é cheio de surpresas e, ao que parece, o tratamento não está surtindo efeito e os sintomas de insuficiência cardíaca retornaram.
— Exatamente, Dr., e justo agora que reencontrei o amor da minha vida.
— Entendo, mas vamos examinar o seu coração e chegaremos a uma conclusão — Se for necessário o transplante, vamos cuidar de monitorar o seu coração uma vez por semana, e trocaremos os remédios para manter o seu coração batendo até o dia do transplante.
Pessoalmente, o Dr. realiza o exame dos batimentos cardíacos e nota que, em um milésimo de segundo, ele deixa de bater. É algo rápido, porém não é o ideal para o coração saudável.
Devido a mim ter um histórico de cardiopatia grave, o Dr. acompanha pessoalmente o ecocardiograma que estou realizando e o que ele diagnostica não o agrada em nada.
Após cerca de meia hora de exame, tenho o laudo em mãos e acompanhado do Dr. Adrian, retorno para o consultório médico.
Sério, ele me manda me sentar:
— João, é o que eu imaginava e eu não queria te dar essa notícia, mas devo ser realista e falar a verdade para podermos levar na melhor das hipóteses o seu tratamento.
— João, seu coração parou de reagir à medicação e eu terei que receitar um remédio mais forte para a sua insuficiência cardíaca — Vou receitar a Ivabradina, para você, para dar uma sobrevida, mas vou encaminhar para a fila de transplantes. Quando surgir um coração compatível, você será comunicado até lá. Eu vou cuidar de você semanalmente.
Agradeço ao Dr. É fato que entrei para a fila de transplante de coração, saí do consultório com uma lista imensa de recomendações, do que devo ou não fazer, do que devo ou não comer.
Pretendo seguir essas orientações, pois quero viver muito ainda.
Vou para casa e tento achar a melhor forma para contar para o meu amor sobre esse problema grave que tenho.
Guardo o carro e, ao entrar em casa, o Alisson salta em meu colo.
— Oi, amiguinho peludo, você está sentindo, não é?
— Me sento no sofá, e o Alisson sobe em meu colo e tenta se deitar em meu peito. Ele amassa o pãozinho e acaricia o meu coração com sua cabeça e me olha com empatia.
Os animais percebem por sua percepção quando um ser humano não está bem, e o Alisson percebeu que eu estou com um problema sério de saúde.
Olho nos olhos de Alisson e afirmo para o meu amiguinho bichano:
— Eu prometo Alisson que vou me cuidar direitinho.
— A boa notícia é que eu estou na fila do transplante de coração.
Afago os pelos de Alisson e, mesmo tentando segurar as lágrimas, não consigo e, como meu amor não está em casa, eu em permito chorar.
Adormeço no sofá e, quando acordo, já é tarde da noite.
Alisson não me abandonou em nenhum momento.
Eu me levanto e tomo uma ducha rápida, visto o pijama e checo as mensagens do meu celular.
Tinha várias mensagens de Vladimir que eu leio, muito romântico, nelas todas diziam o quanto me ama.
Respondo e peço desculpas, pois estava dormindo e continuo cansado.
Mas que quando nos vermos, tenho algo importante para contar para ele, que eu preciso de seu apoio e digo o quanto eu o amo.
Na última mensagem, eu digo que vou dormir, que o vejo pela manhã se ele voltar durante a madrugada.
Que ele não se preocupe e digo que o amo.
Me deito na cama com Alisson em cima de mim e durmo.
Durante o sono, eu sinto alguém se deitar ao meu lado e tenho a impressão de ouvir uma voz dizendo em meu ouvido.
— Não sairei do seu lado, enfrentaremos juntos. Eu te amo.
Me ajeito na cama e sinto um braço forte envolver a minha cintura e me puxando para si, sinto um aconchego e as forças retornando para o meu corpo.
Mesmo dormido eu sei que quem deita a meu lado é o homem que eu amo.
Na manhã seguinte sou acordado por meu amor segurando uma bandeja com um café da manhã. E um lindo sorriso.
Esfrego os meus olhos para ver se não estou sonhando, mas não,  realmente, estou acordado.
Me sento ja cama e sem ação eu digo:
— Bom dia amor!.

Melhor que antes Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin