XV

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12:24 pm

Era intervalo e eu estava junto de Lanny treinando meu ataque sem o cristal, até porque, perder o controle só seria um risco adicional.

-Acho que devemos parar por aqui. -Disse Lanny toda suada.

-Ei, nós vamos para onde o Andrew está hoje? -Perguntei.

-Talvez cara, eu não estou muito a fim de ir.

-Ué? Por quê?

-Tá ok! Vamos. Mas não vá falar besteira ou fazer besteiras por lá. Estamos meio que de luto.

Eu olhei para minha pele com um certo receio. E então mostrei meu cristal para ela.

-Lanny, eu só consigo controlar se eu não me ferir antes de ativá-lo. Tem como eu utilizá-lo assim?

-Não! Eu vou logo cortar suas asinhas bem aqui! A estrutura de cristal vai depender de 3 aspectos seus: Estado mental, qualidade de seu cristal e sua própria inteligência.
A inteligência vai mostrar a forma que a estrutura vai ter. A qualidade do cristal vai influenciar em fatores como peso, volume, massa e etc. E o estado mental vai influenciar no modo de uso do cristal. Se você não se ferir, não estará utilizando seu cristal em modo de ataque-defesa!

-Ah, então é por isso que temos que nos ferir para lutar?

-Sim. Mas, vamos tentar do seu jeito. Seu cristal é bem diferente de todos que já vi. Venha! Ataque-me!

Meu cristal começou a brilhar. Tentei no máximo deixá-lo duro e então fui de ataque quando só vi o cristal dela aparecendo. Era bem bonito e possuia algumas curvas espirais, como um macarrão parafuso. Ela cobriu seu braço e defendeu meu ataque. E então ela, em deu contra-ataque conseguiu quebrar minha estrutura de cristal que se retraiu para meu corpo. Eu então me rendi.

-Viu porquê não podemos usá-los em batalhas dessa forma?

Escuto uma voz de bem longe, como um grito:

-Então o idiota queria usar o cristal sem estar em modo de ataque?

Eu então sigo o som e olho para cima da caixa d'água e vejo Carlos que desce num só pulo sem sofrer nenhum dano sendo a altura da caixa d'água é de 42m.

-Aqui estão as fotos Lanny. -Diz Carlos enquanto entrega um envelope para Lanny.

-O sr. Diogo não vem para cá não é?

-Claro que não, -disse Carlos -Ele está no patamar dos grandes generais. Ele só participa de casos especiais.

-Certo, obrigada pela sua ajuda.

-Sem problema, gata. E a gazela aí? É seu ajudante?

Me zanguei. Eu estava louco para quebrar esse cara na porrada.

-Oh, não fala assim dele. Ele tem sido uma grande ajuda.

-Que seja! -Disse Carlos indo embora - Ah e eu quero "aquilo" que você está me devendo hehe.

Eu me senti estranho nessa hora. Queria muito bater naquele cara até não conseguir mais. Mas acho que provavelmente eu não conseguiria encostar um dedo nele.

...

Quarta feira; 22: 40 PM

Fiz o mesmo esquema de fuga. Deixai uma "fake" meu debaixo dos corbetores e saí pela janela. Eu e Lanny iríamos até Andrew. Que, por algum motivo, só vivia em festas.
Nos encontramos no distrito 22. Porém ela estava com o carro do Jonathan. Não sabia que ela dirigia. Entrei no carro com ela e fomos até uma das três grandes pontes que separam os 27 distritos: RedCountry.
RedCountry é uma grande ponte que passa por uma grande falha. A ponte é sustentada por 30 colunas de 20m de altura e a ponte tem 45m de comprimento.
Passamos pela ponte e entramos no distrito 19. Ao chegar lá, fomos pela avenids principal e viramos depois do 2° ponto de ônibus onde já dava de ver as luzes dentro do beco. Entramos lá enquanto Lanny colocava sua máscara. Era a mesma coisa de antes só que com temas mais tristes e uma grande imagem de "Joker". De certo modo, entendi que a festa era uma homenagem.
Andrew chegou perto de nós e deu um abraço em Lanny e me cumprimentou. Fomos até uma sala onde estava uma mochila e de lá Andrew tirou a minha máscara.
Era uma máscara preta com alguns detalhes brancos de fantasma. Ela cobria a minha boca e parecia supervalorizar a parte de cima de meu rosto, principalmente os olhos. Ele então disse para que eu vestisse a máscara e foi o que eu fiz. E de fato, a máscara deixava em xeque meus olhos.
Fomos até uma sala onde vi duas pessoas vestidas de branco com o símbolo de olho coberto por uma lua.

-Lanny, aqueles...

-Sim! São os WhiteVisions. Mantenha distância.

-O que eles estão fazendo aqui?

-Provavelmente vendendo drogas.

-Eles são o maior grupo terrorista de HCs.

-Óbvio né? Quer ficar?

-O quê?

-Ficar aqui, idiota.

Fiquei meio envergonhdo com a resposta dela.
Sentamos numa mesa qualquer onde nos serviram com comida e Vinho tinto. Lanny então pegou o seu sanduíche, que era o que nos serviram, e o mordeu. Em seguida ela pegou o envelope e me mostrou.

-São esses dois aqui. -Disse ela de boca cheia.

Eram dois homens. Um deles parecia um lutador de boxe: careca, musculoso e de óculos escuros. O segundo tinha cabelos pretos e curtos.
Lanny pegou mais uma foto e mostrou mais fuas pessoas.

-As vezes eles andam com esses recrutas.

Quando olhei a foto, havia um garoto com o cabelo espetado e... Carol.
Hesitei na hora. Nao queria lutar contra ela. Muito menos matar ninguem. Que era o que ela disse caso encontrássemos eles por aí.

-Devemos atacar sem piedade. Eles, provavelmente, entederão o motivo do ataque bem rapido.

Não expressei opinião sobre a Carol, mas eu fiquei bem nervoso com as nossas presas. E quando vi os dados deles. A coisa só piorou.

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now