XXXII

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Eu estava de frente para Carlos. Ele estava usando uma jaqueta branca por cima de uma regata branca. Ele também usava uma bermuda jeans e um sapato.
O som da plateia desapareceu quando o Dramaturgo apareceu em um lugar de honra. Ele usava sua máscara e um terno branco. Procurei e em um dos melhores lugares estavam Lisa, Lanny e Rich. Abaixo deles estavam Andrew e mais algumas pessoas que acenaram para mim. Só que havia algo estranho.
Tinham dois homens usando máscaras totalmente brancas que cobriam todo o rosto. Eles estavam usando um terno todo branco. Era um alto e aparentemente magro. E outro maior e tão musculoso que parecia que iria rasgar o seu terno.

-Senhoras e Senhores! -Disse o dramaturgo com uma luz focando nele. -Aqui jaz a nossa grande apresentação da noite. Novamente o bomberguy que sempre traz grandes espetáculos e o Phantom! Que acabamos de mudar o seu nome. Para Ghost. Que soa bem melhor. -Ele estendeu os braços e levantou sua cabeça -Dejeso a todps um ótimo espetáculo! -E então se sentou.

Viro e olho para frente. Carlos estava vindo em minha direção. Fiz uma posição de luta. E, enquanto ele se aproximava, dei uns soquinhos no ar que nem fazem aqueles lutadores de boxe. Do nada, vejo apenas uma jorrada de sangue sair de meu pulso e minha mão cair no chão ao meu lado. Caio de bunda o chão estremecido.

-Se você tá achando que isso é brincadeira... Isso é uma lita até a morte! Fique avisado! -Disse ele não conseguindo conter o riso.

Ele estava com uma estrutura enorme cobrindo seu braço. A ponta estava um pouco suja de sangue.
Quando foi que ele se feriu? Foi tão rápido assim? Nem vi as luzes saindo de seu corpo.
Ele tentou me ferir novamente. Mas, levanto as duas pernas e deito minhas costas no chão. Eu estav soltando alguns grunidos/gemidos, assustado.
Percebo, então, que ele ficou com raiva eno seu outro braço apareceu oitra estrutura de cristal. Ele tentou me ferir de novo. Gritei, e, comecei a me arrastar para trás com os pés enquanto ele corria tentando me acertar. Eu estava gritando enquanto me aras tava usando apenas os pés. Percebo algo parecido com um dedo saindo do que era mimha antiga mão direita. Eu então, usando minha outra mão, puxo aquele dedo e minha mão direita sai de dentro pra fora do meu pulso completamente curada. Usando as duas mãos. Firmei os dedos e pulei virando-me num salto mortal e então fiquei de pé novamente.
Um dos dentes da minha máscara era pontudo e cortante propositalmente. Então, feri meu dedo e uma grande luz saiu de meu corpo junto das faíscas de luz azuladas. Meu corpo começou a brilhar como nunca. E então meu olho esquedo azulou-se. E eu estava com meu cristal em modo de ataque.
Fiz com que minha espada aparecece. E ela estava um pouco maior. Segurei meu pulso com a outra mão e fiquei a espreita de um ataque vindo de Carlos.

-Interessante. -Disse Carlos rindo. -Então foi isso que você usou para deter os Militares? Aposto que deve ter apanhado até alguém vir te socorrer! -Gritou ele tirando o casaco ficando apenas com uma regata branca, que mostrava bastante seu físico.

-Cala a boca! -Gritei -Você é muito irritante! Nem dá de saber como a Carol te aguenta.

-Aguenta bem melhor um homem como eu do que uma criança como você! -Disse ele, orgulhoso.

Aquilo meio que me atingiu. Eu, mesmo com 15 anos, parecia ter 12.
Eu corri até carlos e pulei para efetuar o ataque. Mas...

Boom

Eu simplesmente saí rolando no chão. Minha espada havia se quebrado com o impacto. E eu estava ali no chão.
Tossi um pouco de sangue. Eu havia batido a cabeça no chão. Doeu bastante. Eu poderia ter uma regeneração absurda. Mas a minha resistência era de um humano comum.
Me sentei com um pouco de dificuldade. E vi a mão esquerda de Carlos soltando uma fumaça preta. Eu sabia que não era a mesma da regeneração porque a fumaça da regeneração se assemelhava mais a vapor e não à CO2.
Me levantei e então ele apareceu em minha frente. Levei um soco na barriga, dois no rosto e depois um chute no queixo. Eu ia caindo quando fui pego pelo pescoço e fui levantado.

-Você não passa de uma piada! -Disse ele, enquanto me levantava pelo pescoço usando apenas uma mão.

Escutei a voz de alguém chamando meu nome.
Eu estava fechando os olhos. Aquela era uma luta até a morte? Então eu...
Estava morrendo? Era horrível. Era como se você estivesse secando aos poucos.

...

-Arthur, -Disse Lanny. -Não perca!

-Arthur, -Disse Carol. - Você é "imorrível", não é? Faça isso por mim.

...

Abro meus olhos e tenho uma visão distorcida do teto do palco.

Carol... Lanny... Eu... Não...

Isso é por vocês!!!

Meu cristal cresceu bastante pelo meu braço fazendo com que eu começasse a enlouquecer. Carlos me soltou na hora. Meu olho esquerdo brilhava em tons de azul.
Eu coloquei a minha mão esquerda na minha cabeça.

Não perca a droga do controle! Não agora!

Usando a liberação de energia, eu fiz com que a estrutura de cristal retrocedesse. Fiz a minha espada aparecer novamente.
Carlos simplesmente riu e mordeu seu dedo. Seu corpo começou a brilhar e um raio vermelho caiu sobre ele. E então ele mostrou um cristal vermelho com um metro a partir da ponta de seu dedo. Seus dois olhos brilhavam em vermelho.
Eu o ataquei com o cristal. Ele defendeu. Ele veio ao meu ataque usando o cristal com a liberação de energia. Eu desviei. A força daquilo era absurda. Eu e ele atacamos ao mesmo tempo fazendo os nossos cristais se chocarem soltando varias faíscas devido o atrito.
Eu parti para o ataque usando o cristal em 20% de liberação de energia. Ele defendeu. Girei meu corpo para a esquerda e ataquei o lado direito dele. Ele defendeu de novo. Ele usava o cristal no braço esquerdo. Canhoto!
Saltei para trás. Precisava criar uma situação que o fizesse deixar o lado direito livre. Quis usar meus 50% para fazer uma pressão. Mas quebrar algum membro ali estava fora de questão.
Fiz minha espada sumir. Cobri o meu corpo com os meus 20%. Minha velocidade e força aumentaram. Eu corri em volta dele. Fiz crescer sob meus dedos algo que se parecia uma faca de cristal.  Enquanto corria em volta dele, joguei a "faca" de cristal à sua direita. Eu esperava que ele fosse rebater a faca com seu cristal, e isso daria tempo para que eu o atacasse pelo lado esquerdo. Foi o que aconteceu: ele rebateu a faca e eu deixei o lado esquerdo dele livre. Eu corri com a espada feita em meu pulso esquerdo. Corri. A vitória estava em minha frente. Quando eu ia acerta-lo...

Boom.

Dessa vez eu não saí rolando e me quebrando todo. A minha liberação de energia conseguia resistir e diminuir o impacto daquela explosão. Fui apenas jogado para trás. Mas isso deu tempo dele chegar até mim e usar aquela explosão em meu abdômen. Mesmo com a liberação de energia, aquilo machucou. Soltei bastante ar.
Fui jogado para trás. Mas ele ainda estava chegando perto. Desesperado, eu dei um soco na direção dele de 50%. Uma grande ventania o assolou para trás. Até a platéia sentiu um pouco do impacto e da ventania.
Puta... Meu braço.
Meu braço quebrou. Logo a fumaça da regeneração apareceu. Eu apenas segurei a dor.

-Droga... Grr... -Acabei soltando gemidos de dor em voz alta.

A expressão de Carlos era algo como desprezo e impressionado. Dava de ver isso em seus olhos pretos.

-Ei... Isso é sério? -Disse ele tirando sua regata.
Deu até de escutar uns gritinhos femininos da platéia.

-Você é apenas um lixo. -Disse ele -Mas essa energia não é coisa normal!

O cristal começou a cobrir o seu corpo. Como uma armadura. .as não era só isso. O cristal não estava rígido. Era como se eles estivessem se fundindo e virando um organismo totalmente diferente.
Até que ele virou algo totalmente diferente. Que eu nunca sonharia nem em meu pior pesadelo.

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now