XXV

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Na volta pra casa, prometi a Rich que iria com ele fazer uma caminhada.
Após minha chegada, tomo um banho e mudo de roupa. Pego os equipamentos e começo a diária.
Eram 100 agachamentos, 70 polichinelos, 30 flexões (que as vezes eu não passava nem da décima) e levantava os pesos 60 vezes. Era isso todo o dia. Apesar de que eu não via nenhuma mudança. Sei que isso demora, mas a ansiedade faz com que eu queira ver os resultados o mais cedo possível. Comecei a tomar suplemento, vivo comendo bastante e etc.

Após o jantar eu fui direto para o quarto. Tive que fazer o mesmo processo de antes. Fazer o cristal crescer e tomar uma forma humana. Cobri o cristal com a coberta e saí pela janela. Pulei do telhado, e foi bem normal. Mas aí eu resolvi tentar usar a liberação de energia em todo o meu corpo para correr. E eu ganhei um velocidade considerável. Algo em  torno de 25km/h.
Corri até a parada. Esperei um pouco e chegou o ônibus. Fui até a casa de Rich e Lisa. Rich estava me esperando na porta. Dali, troquei os sapatos por tênis de corrida e coloquei roupas leves.
Começamos com uma caminhada e paramos 2 horas depois. Começamos uma corrida de 20km. Passamos por dois distritos e paramos em um posto de gadolina para comprarmos água.

-Você anda praticando bastante? -Perguntou Rich limpando o suor de sua testa.

-Todos os dias. É muita coisa. E eu ainda não consegui fazer as 30 flexões.

-Quantas você consegue?

-Algo entre 12 e 17.

-E quantas você conseguia de início?

-Acho que 7 ou 8.

-Então você fez um progresso! Se passar de sua meta de 30 por dia, você já poderá aumentar a quantidade diária de flexões.

Olhei para a minha garrafa de água, bebo um pouco. E faço um sinal de positivo para Rich.
Corremos mais 15km.
Após isso, nos despedimos e resolvi voltar para casa. Usei a liberação de energia e resolvi tentar uma coisa. Fui até um beco e subi pulando de um lado pro outro nas paredes dos prédios. Na cobertura, Preparei-me, e saltei de um prédio para o outro. A cada pulo eu ganhava velocidade. Peguei a máscara na mochila e a coloquei. Por fora, um fantasma amedrontador. por dentro, eu estava sorrindo. Era muito bom a ventania de lá de cima. A cada pulo eu me sentia mais livre. Era tudo que eu mais precisava. Eu gostaria de viver essa sensação todos os dias. Mais que isso. Gostaria de viver com esse sentimento a minha vida toda!

Cheguei em casa saltitante. Pulei até o telhado e tirei a máscara. Entrei pela janela e gelei na mesma hora: meu pai estava sentado em minha cama.

-Arthur, -Disse ele olhando para mim com um olhar penetrante. -Acho que você tem algo para me contar!

...

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now