XXVIII

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Eu fui até Carlos Diogo para fazer o acordo. Lutarmos em um jantar do dramaturgo.
Tive coragem de ir até seu grupo de amigos que só ficavam zoando e bagunçando. Chegando lá eu o encarei.

-Vamos lutar!

-Já se decidiu, gazelinha? -Disse ele irônico.

-Venha comigo! -Chamei-o fazendo um gesto com a mão.

Fomos até o pátio da escola onde não havia ninguém. Então ele perguntou confuso.

-É aqui? Corajoso de sua parte. Porém, também idiota.

-É óbvio que não é aqui! -Exclamo -Vamos lutar em um baile!

-Deixe que eu adivinho. Você chamou o dramaturgo não é?

Sorri e disse.

-Pode apostar que sim.

Então, atrás de mim, escuto uma voz.
Viro-me e vejo um homem de terno e cartola. Era um homem jovem, cerca de 22 anos.

-Então você já o chamou? -Perguntou Carlos.

-Na verdade, meu pessoal chamou. -Disse apontando para trás
Atrás do dramaturgo apareceram Lanny, Lisa e Richard.

-Então você é o Phantom? Ouvi muitas coisas sobre você. -Disse o homem com um sotaque britânico.

-Igualmente. -Respondo com um aperto de mãos.

-William! -Chamou Carlos, acenando.

-Oh, Carlos. Então é com você? -Disse o Dramaturgo.

-Sim. Culpa dessa gazela aí. -Disse ele apontando para mim.

Olhei para a máscara que o dramaturgo usava. Parecia uma máscara de teatro. Condizente com seu nome. William é como fora chamado por Carlos.

-O dia? -Pergunta William

-Daqui a uma semana. -Disse mantendo a voz firme

-Não dá! Tenho compromisso com a Caroline. -Disse Carlos olhando para mim com um risinho provocador.

-Então decida você! -Exclamei.

-Depois de amanhã! -Disse ele com arrogância. -Nesse dia você verá a força e a beleza da família Diogo em seu auge.

-Então está decidido. -Disse William. -Vai usar o seu nome de sempre?

-Bomberguy. Adeus. -Disse virando de costas e saindo.

O Britânico olhou para mim e perguntou tirando sua máscara mostrando um rosto pálido de olhos verdes e cabelo louro.

-E você? Será chamado de Phantom?

-Sim! -Confirmo.

-Gostei de você meu jovem. Gostaria de sair comigo a fim de um jantar?

Olho para o pessoal que meio que estavam me dando apoio.
Começo a pensar e meio que concordei.

-Estou honrado. -Disse o dramaturgo. Ele disse que iria até a secretaria para ver se conseguiam me liberar.

O pessoal veio e me deram um certo apoio. Disseram que aquele jantar, ao qual fui convidado, era um meio do dramaturgo preparar um cenário digno para a batalha.

Fui até a portaria e lá estava uma limusine me esperando. Fiquei até com vergonha de minhas roupas. Um mordomo abriu a porta para mim e me entregou algo que me parecia ser uma roupa. Era um terno.
Fomos até o distrito 3. Num restaurante 5 estrelas. Vesti o terno no banheiro. E saí totalmente arrumado. Sentei-me na cadeira de frente para o william sem máscara. Ele pegou um bloco de notas e uma caneta.

-Bom, começaremos. Qual o seu nome? -Perguntou.

-Arthur Walters.

-Cor favorita?

-Hum... Preto!?

-Mostre a sua máscara.

Peguei a máscara e dei para ele bem rápido.
Ele vizualizou e ficava dizendo "interessante" a cada detalhe da máscara que ele via.

-Você tem alguma fobia?

-Não que eu saiba.

-Você já alcançou a iluminação?

-Acho que não!?

-Você sabe o que é iluminação?

-Não! -Respondi virando os olhos.

Ele então pediu para que eu aproximasse meu dedo a um aparelho. No aparelho, timha um peaueno orifício. Colocando meu dedo lá, senti uma pontada. Quis tirar o dedo mas não consegui. Depois que o aparelho emitiu um pequeno som eu consegui tirar o dedo.

-1891!

-Hã? -Pergunto

-1891!

-E o que isso significa?

-Seu coração de cristal tem esse nível.
Bom... Agora eu vou explicar umas coisas para você. Provavelmente você já escutou o apelido "Bomberguy". O Carlos tem um cristal diferenciado.
A energia que o cristal possui não é infinita. Logo, você precisará pegar energia de outros cristais.

-O quê? E os donos dos cristais que eu absorver? -Pergunto com um pouco de histería.

-Morrem...

-Sério? -pergunto incrédulo.

-Pense assim: ou você morre ou a outra pessoa morre. Simples assim.
Continuando. Com a energia renovada você poderá utilizar o seu cristal livremente de novo. Porém a energia que você obteve era de outro cristal. Ou seja, você obterá algumas caracteristicas do cristal que absorveu. Mas acontece também uma coisa a mais.

-A iluminação?

-Sim! Correcto! Seu nível de cristal sobe bastante. Claro é possível aumentar seu nível de cristal sem precisar fazer isso, mas só alcançará a iluminação se você absorver alguém.
Então o seu cristal mudará. Ele tomará uma forma mais ligada ao seu subconsciente. E também você terá uma habilidade a mais.

-Então quer dizer que o Carlos é muito forte?

-Sim! O cristal dele libera uma substância muito poderosa. Ela, em poucas quantidades, queima. Mas em excesso pode chegar a explodir. Por isso os militares, ou Hunters, o chamaram de Bomberguy.

Emgoli em seco. Estava nervoso. faltava pouco tempo. E eu estava começando a perder a esperança. Ele tem um novo cristal e pode fingir ser um Osama bin Laden a hora que quiser! Eu nunca ganharia de alguém assim. Novamente. Eu sabia que tinha alguma coisa errada. Geralmente quando as coisas começam a dar certo é como uma previsão para algo trágico acontecer.

-Algum último pedido?

-Você poderia me deixar em casa?

-Sim! Vamos apenas comer.

De repente veio vários homens de terno trazendo comidas que eu nunca pensei que comeria na vida.

-Posso fazer um pedido a mais?

-Sim! O que deseja?

-Caso eu...


...

Após o jantar ele me levou para casa de limusine.
Ele parou na porta de casa e buzinou. Meus pais vieram correndo. Um mordomo abriu a porta para mim
Desci do carro com terno e tudo. Minha mãe correu até mim e me abraçou chorando. Eu acabei abraçando de volta. Eu olhei para frente e vi meu pai se virando e entrando para dentro de casa.
Desviei o olhar e acabei pedindo desculpas à minha mãe.

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now