XXXIII

23 3 3
                                    

Pelo pouco que eu sabia sobre a iluminação, não sabia que ao mesmo tempo que você ficava mais forte...

Você virava um Demônio...

Era alo totalmente fora do comum. O cristal cobriu todo o seu rosto, pernas e cabeça. Os braços só tinham uma camada gigande de um cristal denso a partir dos antebraços. Eles formavam algo parecido com uma mão de pedra.
Eu me afastei um pouco e gelei quando vi aquele rosto. Era uma boca fina que se estendia até o queixo. O cabelo dele havia ficado completamente arrepiado. E ele possuia apenas um olho com a íris e a pupila vermelhas. Os dentes eram de cristal e davam medo por se parecerem uma mistura de piranha com tubarão. O cristal começou a sair de suas pernas para se estender para as costas. Formando algo parecido com uma cauda.

-Arthur! -Gritou lisa da plateia -Force ele a voltar ao normal! Só assim você vencerá. Mas se não der. Fuja!

Me foquei nele. Parecia um ser irracional.

-Pai!? Por que? Por que? Por favor deixe-me ser alguém que você se orgulhe! Olhe para mim! Olhem para mim! Eu quero ser visto! Aaaaaahhhhh! -Gritou Carlos.

Ele me viu. Aquele único olho parado e focado em mim fez com que eu estremecesse na mesma hora. Eu não sabia o que fazer. Ou até mesmo como agir diante daquilo.

-Arthur, Você não é imorrível?

-Eu não posso simplesmente ficar parado aqui! -Pensei em voz alta.

Segurei a minha mão direita. Queria fazer algo para jogar nele.
Criatividade. Criatividade. Criatividade. Criatividade. Criatividade.

Basebol! É isso!
Uma bola de cristal se formou em minha mão. Ela estava um pouco mais pesada que um bola de basebol. Ele começou a vir em minha direção. E eu joguei a bola.
Rosto.
Criei outra bola e arremessei de novo. Peito
Criei outra bola... Eu havia jogado basebol no segundo ano do fundamental. Eu era bom em arremessos. Desisti porque no quinto ano os garotos começaram a ficar interessados nas líderes de torcida. E bem... Eles conseguiam namorar com elas. Já eu... Desisti porque tinha levado uns 3 ou 4 foras. Desisti, também, porque odeio calor e aquilo me fazia suar bastante. Principalmente no verão.
Arremesso mais uma.
Cabeça.
Ele gritou e começou a correr em minha direção com intensão de matar.
Calma, Arthur... 25%!
Arremessei a bola e senti um deslocamento nos dedos e no ombro. Mas o arremesso foi certeiro na cabeça e quebrou um pouco do cristal que cobria seu rosto. Após eu o acertar. Ele foi jogado para trás pela força do impacto. Ele levantou o rosto, sangrando, e fez uma expressão assassina e pulou numa parede perto do público e começou a correr em minha volta e me atacou. Fiz a espada aparecer de novo. E defendi. Ele me atacou com aqueças mãos de cristal. Eu denfendi fazendo minha segunda espada. Eu o repeli e tentei atacá-lo com o cristal em 20%. Sem sucesso. O meu cristal não conseguia bater com o dele, que não estava usando energia.
Eu Estava perdendo o controle da situação. Ele demonstava sinais de inteligência. Mas não conseguia manter o controle.
Ele tentou acertar minha cabeça com a mão. Então eu defendi com minha espada. A. Espada. Quebrou.
Ele acertou minha cabeça em cheio e eu fui jogado para longe.

-Madito! -gritou ele enquanto eu me levantava. Fiz uma posição de luta. Ele cortou meu braço direito. -Filho da puta! -Um soco em minha barriga. -Eu te odeio! -Tentei fazer a espada com o braço esquerdo para defender o golpe em minha cabeça. -Você é aquilo que eu gostaria de ser! -Quebrou minha espada. E o golpe foi tão forte que tirou até a minha máscara e me jogou para longe.

Meu braço estava se regenerando. Mas ainda sim doía o bastante para me fazer gritar. Eu estava sangrando em varias partes do corpo. Cabeça, nariz, boca, braço... Com a retirada de meu braço, ele acabou rasgando minha roupa um pouco também. Tentei me levantar e acabei vomitando um pouco de sangue junto de meu almoço.
Meu braço estava quase se regenerando. Faltava apenas o antebraço. Eu vi uma mão de bebê sair do meu braço. Então eu a puxei e meu antebraço e minha mão saíram por completo.
Ainda haviam alguns ferimentos que eu devia me preocupar. Eu olhei para Carlos e ele me olhou. Ele correu numa velocidade absurda para me dar um soco na barriga. E ele furou minha barriga ao meio. Meu intestino começou a cair. Eu gritei alto o bastante para fazer todos os distritos escutarem. Sentia uma queimação horrenda. Fechei meu punho e mandei 70% na fuça daquele desgraçado. O impacto foi tão grande que até eu fui jogado para trás. Carlos foi jogado e quebrou uma parte da arquibancada. Atravessou umas três paredes. Eu consegui quebrar o cristal dele. Mas agora eu estava deitado no chão com o braço quebrado e inchado e também com o intestino aberto. Uma quantidade incrível de vapor saiu do meu intestino. Curando-o em segundos. Meu braço também. Tossi um pouco mais de sangue.
Limpei minha boca e me levantei e vi Carlos saindo do buraco que ele fez. Ele estava com parte do rosto aparecendo. 70% conseguiu fazer aquilo com ele. Então 100% conseguirá derrotá-lo? Foi o que eu pensei. Não podia continuar levando aqueles golpes. A regeneração não é perfeita. Em alguma hora eu acabaria morrendo. Fechei meu punho e escutei.

-Hahahah, Arthur, você acha que pode derrotar um iluminado? Eu estou conseguindo raciocinar! Dessa vez... Você não vai conseguir se regenerar!!! -Gritou ele com uma parte de seu rosto humano e a outra parte de cristal.

-Pode vir! -Gritei. Estava decidido. Dali eu não passava. Se fosse para acabar ali. Acabaria agora!!!

-ESPLÊNDIDO! SENHORES, VEJAM ESTA PAIXÃO ASCENDENTE DE JOVENS PORNUM AMOR EM COMUM!!! -Gritou o dramaturgo de cima.

-ARTHUR!!! -Gritou Carlos vindo em minha direção usando sua liberação de energia.

-100% LIBERAR!! -Gritei.

O impacto daquilo fez uma explosão de ar imensa. Todas as janelas foram quebradas. Até os óculos das pessoas que estavam ali explodiram. O teto abriu e o impacto se espalhou. O barulho estrondoso era parecido com o de um foguete em lançamento.
E eu... Não estava enxergando ou sabendo do que estava acontecendo.
Estava tudo escuro para mim. E tudo ia se desligando. Minha visão, minha voz, meu tato, meu olfato, paladar, e minha audição....

Aquilo era a Morte?

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now