LXXIII

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Por que... Eu... Me esquivei?
O impacto do cristal do homem levantou poeira e neve.
Eu fui simplesmente jogado para o lado e não sabia se havia sido por minha própria vontade. Então resolvi recuar.

-Você está se divertindo? -Perguntou ele. -Eu gostaria de saber o que se passa na sua mente agora!
Ele me ataca jogando algo em mim. Eu salto e percebo q era uma granada. Que acabou explodindo. Uso meu cristal e resolvo atacar. Mas ele defende e tenta me puxar pela manga da minha camisa. Mas falha e eu consigo manter um pouco de distância.

-Vai mesmo ficar calado? -Ele perguntou.
Eu não sabia nem o que responder. Não queria ao lenos lutar. E sabia que não devia sequer estar ali, já que haviam pessoas me esperando tanto no próximo distrito quanto na fronteira com o Canadá. Então apenas fiquei de pé, olhei para ele, que mudou sua expressão e perguntei.

-Qual o seu nome?

-Então era você... O garoto que a minha aluna estava, esse tempo todo, procurando. -Disse ele com um olhar de surpresa.

-É... Se você diz... -Digo desviando um pouco o olhar.

-Então esse era o MegaCrystal, não é? -Pergunta ele.

-Sim. Você estava certo desde o começo. -Digo.

-Por que não me levou naquele dia também? -Ele perguntou. Segurava o cristal com força. Eu podia sentir sua raiva.

-Eu não matei ninguém. Pelo menos não naquela época... -Disse. - você sabe que horas são?

-Para quê você quer saber isso? -Ele pergunta.

-Nada em específico. É que dia 2 de novembro é uma data que eu quero esquecer.

-Então gostaria de ver quem vai esquecer primeiro? -Ele pergunta, seus olhos mostravam a bravura que se esvaía dele.
Me posicionei e feri meu dedo. Um raio caiu em cima de mim. Comecei com uma ofensiva de dois ataques de frente seguidos por um por baixo. Os cristais queimavam-se em faíscas a cada choque. Mas ele conseguiu se defender do meu ataque. Ele levanta seus braços e ataca por cima. Faço meu cristal ficar em uma forma mais defensiva e paro o cristal dele. Mas ele continuava pondo força e eu tentava barrar seu cristal. Era uma briga de resistência.

-Nilman! -Olhei para seu rosto. -Robert Nilman é o meu nome. -Gritou ele ainda forçando o cristal em mim.
Eu meio q deixei escapar um risinho por um mínimo espaço de tempo. Mas acabei dizendo:

-Obrigado.

Os chifres começaram a crescer, os cristais que cobriam meus braços começaram a tomar forma de mãos. O cristal também cresceu pelo meu rosto, formando uma estrutura pontiaguda com um grande olho na frente. Senti aquilo fazer parte de mim e penetrar-me a carne. Eu era a iluminação.
O cristal foi para as minhas costas criando-se algo semelhante asas e uma auréola surgiu em minha cabeça, entre os chifres.
O olhar de Nilman mudou quando eu o peguei com uma de minhas grandes mãos de cristal. Na verdade, nem sei se aquilo realmente era um cristal... Parecia ser uma parte do meu corpo, só que mais forte. A última coisa que ele exprimiu foi: drog....
E então eu o esmaguei.

...

Correndo... Correndo... Eu corri mais e mais. Passei por uma loja que havia vidros refletores. E eu me vi. Assustei-me com o monstro. Na verdade, aquele monstro destruidor era eu! Sempre fui eu. Eu era o meu demônio. A culpa sempre foi minha.

Meus amigos morreram por culpa minha.
Eu não consegui salvar o Edward por minha culpa, e agora ele trabalha com os WhiteVision.
A vida de humano de cristal de Carlos acabou por culpa minha.
A culpa de Lanny ter chorado diversas vezes é minha.
Caroline não me amou... Por culpa minha...

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now