LXXII

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Fui direto para a batalha.
Um ICHC me viu e já pegou o seu cristal. Fiz a minha estrutura aparecer, e, dessa vez, ela estava maior do que das outras vezes, estava pontiaguda e um pouco pesada.
Chocamos nossos cristais, escutei ele gritar. "O Ghost/Phantom veio!!". Sim, eles estavam esperando por mim.
Uso a liberação de energia e quebro o cristal dele. Ouço passos atrás de mim então salto e do alto vejo outro ICHC com uma grande estrutura de cristal que tinha um formato de tridente.
Cerro meu punho. Com todas as forças do meu corpo, eu impus na minha mente: 35%. Soltei a energia em forma de soco em cima dos dois Militares. O primeiro que me atacou foi jogado ao leste onde bateu numa parede e não conseguiu mais se levantar. O outro, saiu rolando e se levantou com dificuldades, pegou seu cristal em forma de tridente e começou a colocar energia nele também.
Eu estava no chão. De frente à ele. Fechei meu punho direito, e a estrutura de cristal começou a crescer. Corremos um em direção ou outro e chocamos nossos cristais. O impacto fez com que os montinhos de neve que haviam no chão se dissipassem.
Ele girou e atacou pela esquerda, saltei para trás e depois para cima na direção dele. Ataquei ele de cima para baixo, porém, ele conseguiu desviar rolando para a direita.
Pûs a mão em meu braço direito que estava coberto pelo cristal, e ele começou a brilhar, comecei a altaçerar a sua forma. O meu cristal começou a ficar parecendo uma espécie de foice. E o ataquei com força total, porém ele parou meu avanço usando seu tridente.
Cansado, fiz meu cristal crescer no braço dereito e o ataquei no peito, ferindo-o.
Ele caiu no chão e não se moveu. Dei alguns passos para trás e meus cristais desapareceram.

Continuei correndo e olhando corpos e ssngue jogados em calçadas, ruas, paredes... Era horrivel. Órgãos esparramados pelo chão e encontrei um grupo de humanos de cristal.

-Ei! -Gritei. -Qual a situação? -Falei aproximando-me.
Um deles, que tinha cabelos dourados, segurava uma garota, que sangrava no canto esquerdo da boca.
Ele chorava e alguns que ali estavam também.

-Entendi... -Disse e me afastei um pouco.

-Não precisa... Sabe, se afastar. -Disse um barbudo alto e musculoso.

-Estamos todos juntos aqui nessa batalha, em toda luta, há perdas. -Disse um garoto baixo, ele aparentava ter 12 anos. Tinha olhos claros e sardas.

-Para onde vocês vão? -Pergunto.

-Há pessoas fugindo pelo corredor. -Disse um outro garoto, parecia ser irmão do outro que tinha 12 anos. -Utilizando a parte industrial do distrito.

-Certo. Vou ajudá-los a sair daqui. -Disse. -Qual o seu nome?

-É Jonathan. -Disse ele.

-Jonhathan...? -Viajei por alguns segundos.
Levanto-me e pergunto para ele por onde deveríamos seguir.

-O caminho é pela Av 6, passando pela estrada principal, há varias fábricas próximas ao local. As pessoas estão fugindo por lá. -Disse Jonathan.

-Certo, eu faço a escolta de vocês. -Digo.
O Homem barbudo olhou para mim e disse:

-Sozinho?

-Sim, pode deixar.

-Não, você não vai sozinho. -Ele pega uma máscara branca de uma raposa. -pode me chamar de Steve, ou White fox. -Disse ele.

-Se Você concorda, então ok. Vamos. -Digo.

Passamos por alguns ICHC's e lutei algumas batalhas ao lado de Steve, o White Fox. Fomos andando até que encontramos um grupo gigantesco de Militares.
Fiz sinal para que eles parassem atrás de uma lata de lixo. Dei uma observada e vi alguém familiar, o cara que eu lutei na Av.3 há meses atrás. Ele ainda estava vivo e ainda estava lutando.

-Steve, Acho que não conseguiremos passar por ali. -Digo.

-Eu acho que não dá mesmo. -Diz ele.

-O que faremos?? -Pergunta jonathan se inclinando para frente.
Eu chego um pouco para trás e vejo que a passagem está fechada. Pensei que se eu servisse de distração, os outros poderiam passar.
Contei o plano para eles.

-Não concordo, você pode ficar para trás! -Diz Steve pondo a mão no meu ombro. Ele se levantou e disse que ele seria a distração.

Você não pode! -Eu me levanto e falo para ele. -vocês já se conhecem por um tempo. Eu faço a escolta de vocês! Pode deixar...

-Steve, acho melhor deixar o maninho de cabelo arrepiado fazer o que ele prometeu. -Disse Jonathan

-Steve, deixe comigo! -Digo encarando-o.

-Você promete nos alcançar? -Pergunta ele.

-Já tem uma pessoa me esperando. Eu não vou morrer. -Digo. Eu lembrei de Lanny, garanti-me de que ela estava segura.

O plano funcionava assim, eu atrairia os militarem e abriria espaço para o grupo de Steve passar sem lutar, em seguida eu derrotaria a maioria dos militares e fugiria por outra rota.
Eu escalei o edifício e saltei na frente dos militares. Comecei disferindo um soco no rosto de um homem alto que estava na minha frente. Foi aí que escutei um grito.

-O Phantom está aqui!! -Gritou um homem.

Vários tiros de metralhadoras me seguiram, saltei para trás e senti algo perfurar minha perna.
Olhei e vi meu sangue escorrendo pela minha perna. Fiz um escudo de cristal e comecei a me proteger dos tiros. Meu ferimento já estava curando e então quando notei, o grupo de Steve não estava mais lá. O que provavelmente quer dizer que eles conseguiram passar.
Fiz meu cristal aparecer no meu braço direito ele tomou a forma de uma mão. Peguei um homem e o atirei numa parede. Eu perfurei uns e esmaguei outros (a mão de cristal era bem grande) e sentia algo sendo tirado de mim. A cada vida que eu tirava, mais vontade de chorar eu tinha, eu estava desesperado. Queria gritar, e gritei. Enquanto atacava, eu gritava.
Eu olhei em volta e não havia ninguém a não ser um grande campo de corpos sangrentos. Eu me ajoelhei e pus minhas mãos no solo frio. Não queria mais escutar o som daquilo. Eu não pertencia àquele lugar. Até que o homem que reconheci veio até mim. Mostrando um cristal na mão, tinha forma de lança, talvez romana. Mas tinha outra ponta na extremidade. Ele olhou para mim, em lágrimas.

-Você fez de novo! -Diz ele. -Todos... Todos que eu conheço e ttabalho estão mortos e só sobrou eu!!! Por que não me matou naquele dia??? Por que sempre sou eu quem sobra??? -Ele gritava compulsivamente para mim.

-Eu não consigo! -Gritei, ele olhou oara meu rosto. -Eu não queria estar aqui. Eu não queria fazer isso. É desesperador. É nojento! Esse cheiro de sangue no ar, corpos jogados pra lá e pra cá. Sabe o quanto eu sofro? Eu não quero esperar mais. Mate-me. Agora!!! -Gritei

Ele olhou para mim, e, em lágrimas, gritou e levantou sua estrutura a fim de finalizar seu movimento...

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now