XVI

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Eu estava sentado em minha carteira, na escola, quando aquela garota estranha veio me pedir o meu cordão de novo. O que recusei. Ela tinha uma voz fina e irritante. Também, percebi que ela pedia o cordão de Rich. E ela agia de maneira estranha e se contra- dizia toda hora.

Tinha que suportar o bulling que a sala toda fazia comigo. Como se ser diferente fosse uma doença. E eu percebia o jeito que a própria sociedade age diante dessas ocasião. A sociedade diz que as diferenças são boas e que a beleza é relativa. Porém sempre preferirão à magra do que a gorda. A loira de olhos azuis do que a garota de cabelos curtos. O garoto de barriga tanquinho ao invés do gordinho e etc. E isso é literalmente uma hipocrisia social de merda.
Ah claro, vão preferir os humanos ao invés dos humanos de cristal. Que por algum motivo não sei porque o "Humanos" no nome sendo que os humanos de cristal sequer são considerados humanos.
A sociedade oprime os diferentes e exalta os que estão nos padrões. Por sinal é uma coisa curiosa. A sociedade criar padrões. Acho que o maior exemplo disso é que todos os garotos têm o cabelo de só um jeito: Raspado nas laterais e meio arrepiado no meio.
Incrível.

-Arthur, Você tá parecendo um retardado olhando para o nada.

-É que estou com a mente cheia, só isso, Lisa. Essa desigualdade etc... Coisas estranhas.

-Você deveria conversar isso é com o Rich! Ele é quem vive falando nisso.

-Sério?

-É, e tudo porque ele é humano de cristal, gay e curte esses movimentos aí.

-Espera. O Rich é gay?

-O que? Você não sabia? Ele só é um tanto discreto. Mas sim, ele é.

-Arthur e Lisa! Vocês estão conversando muito! -Exclama o professor.

-Essa gazela não cala a boca! -gritou Carlos.

Todo mundo da sala riu e não tinha nada que eu podia fazer. Então só me calei e fiquei quieto.

...

(Aviso: O narrador vai mudar algumas vezes. Será apenas nesse cap que terá a narração de Arthur e do narrador onisciente e onipresente. Isso ocorrerá em outros caps mas de maneira mais organizada!)

Carol andava no distrito 17 enquanto seguia as ordens de seu superior: fique sempre alerta.
Ela andava atrás dos dois Hunters profissionais: nvl 30, Alan J. Williams e nvl 26 Robert Nilman.
Ela também estava com seu colega de turma: Nicolas Rogers. Um cara de 16 anos. Repetente.
Ele tinha cabelos arrepiados numa tentativa frustrada de ser estiloso.

-A ICHC conta com recursos genuínos e tecnológicos para a captura de humanos de cristal. -Disse o Agente Nilman. -Eu espero bastante dos dois!

-Obrigada, -Disse Carol- mas e se aquilo ocorrer de novo?

O agente Williams se manifesta sendo curto e grosso.

-Se o olho de algum humano de cristal brilhar, ocorrerá a "iluminação". Vocês, que são apenas recrutas, devem fugir diante de uma situação dessas.

Os quatro continuaram andando até que Carol, curiosa, pergunta a seu colega, Nicolas:

-Porque o Sr Williams é tão duro com a gente enquanto o Sr Nilman é tão sério?

-Bem... O Nilman veio dos subúrbios. Dizem que ele saiu do distrito 25. Então ele é uma pessoa gentil com muita gente. Pois ele batalhou muito pra chegar até aqui.

Os distritos eram separados pelas pontes por um motivo maior: classes.
Os primeiros 9 distritos eram a alta classe e também era onde estava a Central da ICHC. Do distrito 10 ao 18 viviam as pessoas de classe média. Pessoas no qual conseguiam manter uma casa grande, 2 carros e etc. Do distrito 19 ao 27 eram os pobres. Os subúrbios. De lá saíram Jonathan e Lanny.

Todos andavam até que a cota horária acabou e os dois estudantes deveriam voltar para a escola. Na qual os estudantes foram deixados de carro à frente da escola. Para não correr tanto perigo. Nicolas e Carol entraram em sua sala enquanto os outros estudantes voltavam.

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now