XLV

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Eu andava junto de Lanny, que estava um pouco confusa.

-Arthur, por que estamos indo para a Tom's House? -Perguntou Lanny com uma voz fofa.

-Tem algo que eu quero resolver, algo que eu achei um pouco errado. -Disse.

Fomos até a loja do tom, que me cumprimentou na hora.

-Arthur! Que ótimo você por aqui. Já faz um tempo que não nos vemos, não é? -Disse Tom coçando a barba.

-É verdade. Espero passar aqui mais vezes no futuro. -Disse.

-E então, o que você precisa?

...

A atendente estava de cabeça baixa, ainda amarrada na cadeira.
Eu me aproximei e ela levantou a cabeça com o olhar de ódio para mim.

-Eh.. Oi, bom saber que seu rosto já se curou.

Ela simplesmente olhou para mim com a mesma expressão de ódio. Eu bufei e me aproximei ainda mais.

-Sabe, desculpe pelo pessoal ser um pouco duro. Mas eu não gostei de tudo isso. Por isso, -Peguei uma garrafa d'água da sacola da Tom's House e estendi para ela. -Está com sede? -Perguntei sorrindo.

A expressão no seu olhar mudou por um breve momento. Foi como se ela tivesse tido uma surpresa. Mas depois voltou com aquela cara séria e fechada. Porém ela assentiu com a cabeça.

-Sabe, eu só queria voltar a ser humano. Apenas isso. Mas eu preciso salvar meu amigo primeiro. Então desculpe pelos problemas que eu te causei.

-Você é apenas um idiota. Os WhiteVision vão vir atrás de você.

-Por que? -Perguntei.

-Você é um receptáculo, temporário, uma parte de algo maior.

-Uma parte de algo maior...?

-Esse cristal que você possui será passado a um membro da...

-Um membro da?

-Dos whiteVison.

-Mas o artigo não era feminino?

-Eu me enganei... Pensei alto demais. -Disse ela tranquilamente. Então assumi que ela tinha mesmo se perdido nas palavras.

Dei a água na boca dela. Agradeci e saí. Lanny estava me eperando do lado de fora.

-Você viu o Richard e a Lisa? -Perguntei.

-Eles foram embora. Você está com internet?

-Meu celular está desligado. E precisarei trocar a película. -Disse me sentando ao lado dela

-Como você e seu amigo conseguiram essa casa? -Lanny perguntou.

-Sabe, quando éramos crianças, ouvíamos histórias de casas mal assombradas. Então viemos tomar satisfação aqui. Derrubamos a porta antiga e exploramos tudo aqui. No final a gente não conseguiu colocar a porta antiga no lugar. Então pegamos uma nova no porão do Ed. E o Ed com 10 anos já sabia manusear ferramentas. Segundo ele, era porque o pai trabalhava com essas coisas. E acabou apredendo só de olhar. Colocamos a nova porta e ele deixou a chave original comigo. Mas depois ele acabou fazendo uma cópia. E eu nem lembrava disso. Acho que foi a emoção.

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now