XXXV

17 3 4
                                    

Aquilo que Carol disse foi uma surpresa e tanto! Eu olhava para suas pernas (e que pernas) com uma cara de susto enquanto ela me olhava com um sorriso.

-P... Por que você perguntou isso? -Eu estava esperando uma resposta convincente.

-Bom, eu queria voltar aos velhos tempos. Vejo que você ficou um tempo sem falar comigo. Isso mexeu um pouco comigo. Você é meu melhor amigo. E você ficou sem me responder durante dias. Eu quero você perto de mim de novo. -Diz ela olhando para baixo com um risinho meio triste.

-Ah, então era isso? -Digo puxando-a para mais perto. -Eu só tinha que resolver alguns problemas. Eu não podia falar com você até terminar de resolvê-los. -Digo fazendo cafuné na cabeça dela.

-Você tem agido um pouco diferente e eu fiquei um pouco preocupada.

-Eu sou imorrível! Não tem que se preocupar com nada! -Digo sorrindo.

-Mas, você vem? Digo, virá para a IECHC?-Pergunta ela olhando para mim.

-Desculpe. Não vou sair de minha escola. Já estou familiarizado com ela e já tenho amigos. Me desculpe. Mesmo. -Digo coçando a nuca, nervoso.

Carol revira os olhos demonstrando uma frustração. Me sinto mal por ela. Mas estudar numa escola que, teoricamente, me mataria, é a última escolha que eu faria.

-Entendo. -Diz ela, ainda frustrada. -Mais uma coisa. Você sabe a causa dos ferimentos do Carlos? Eu sei que vocês não se dão muito bem, mas... -Ela continuou. Mas eu nem prestei atenção. Pois, percebi a gravidade da situação.

"-100% liberar!"

Eu devo ter dois dos 4 mega crystals. O de regeneração e o de energia. Provavelmente os ferimentos de Carlos vão demorar dias para se curar.

-Não. O que houve com ele? -Pergunto, mentindo.

-Eu também não sei. Só sei que um dos amigos dele me ligou e disse que ele tinha se ferido bastante e só voltaria a ativa dias depois.

-Eu não sabia disso. -Digo.

-É... Hm... Você está mais fortinho.

-Comecei a malhar.

-Tá bonito. Só falta arrumar esse cabelo. -Disse ela rindo.

-Ah, é. Vou cortar hoje depois da escola. -Digo vendo o tamanho de meu cabelo. Já estava tocando a sobrancelha.

Olhei para ela. Ela está sorrindo para mim. Eu rio de volta. Ela dá um pequeno suspiro e abaixa um pouco os olhos.

-Você está com uma aparência tão saudável. Você parou de usar aquelas coisas?

O cristal estava mudando minha aparência. Meus pulmões estavam como se eu nunca tivesse fumado na vida. Provavelmente os efeitos do álcool sobre minha aparência desapareceram.

-É... Mais ou menos. -Digo com um pouco de vergonha.

-Ainda sim, é uma evolução. -Diz ela se aproximando.

Ela passa os braços pelos meus ombros. Nunca fiquei tão perto de beijá-la. Ela se aproximou e foi até o meu pescoço.

-Seu cheiro está muito bom. -Diz ela, manhosa.

Respondo com uma risada.

Continuamos até a parada. Ela deitou em meu ombro enquanto estavámos sentados. Eu queria falar para ela que eu gostava dela. Mas acabei ficando quieto. 

-Aquele é o meu ônibus. -Digo.

-Ah, então até a próxima.

Levanto e ajeito a mochila. O ônibus parou.

-Só mais uma coisa. -Disse ela me puxando para perto.

Ela fez um biquinho e foi se aproximando. Ela beijou minha bochecha. Foi como se todo o mundo tivesse para. Eu sentia aquilo tudo. Era como se os meus sentidos tivessem ficado mais apurados ou algo assim.

-Tchau. -Diz ela sorrindo.

-Tchau. -Digo.

______________________________________

Olá pessoal. Bom, só passei aqui para divulgar minha segunda história: Um vampiro de verdade.
De minha autoria. A narrativa fala sobre um garoto de 16 anos que vira um vampiro por acidente. E tenta voltar a ser um humano.
Então passem por lá.
Obrigado por lerem até aqui. Votem e comentem. Vou aparecer mais vezes nos finais dos capítulos. ^^ até a próxima!!!!

Humanos de cristalWhere stories live. Discover now