Blood Must Have Blood, part 1

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Aguardo ansiosamente, procurando pelas florestas qualquer sinal de seres humanos. Até que finalmente! Guardas da Arka chegam com suas armas e logo atrás, o que eu quero.

_ Rey! _ grito correndo para abraçá-la.

Ignorando rapidamente meu abraço em suas pernas e cintura, a mecânica se abaixa e passa a mão em meu rosto, em meu ombro e observa com atenção. Ela sabia do míssil, exatamente como eu esperava. Finalmente me abraça e sussurra no meio de meus cabelos:

_ Clarke salvou você...

_ Sim _ concordo. Nenhuma de nós tocará no assunto de que a Griffin não avisou mais ninguém, é pesado demais para o momento.

_ Você está imunda _ diz se afastando. Só agora percebo Wick do seu lado, sorrindo com a situação. Quando percebe meu olhar, o engenheiro dá uma piscadela. _ Você fez o que combinamos? _ aceno sim, apontando para minha mochila. _ Ótimo. Não temos muito tempo _ a olho confusa. Para a minha infelicidade, Raven respira fundo e começa: _ vou estar na equipe que vai desligar a energia.

_ O que? _ manifesto-me rapidamente, preocupada. _ Você vai entrar lá?

_ Sim...

_ Não! Não pode ir _ bato os pés no chão. Com um olhar de Reyes, diminuo meu tom. É incrível o poder que ela tem de me controlar.

_ Eu vou ficar bem ok _ me conforta, ainda agachada. _ Vamos cumprir nossa parte da missão e vou voltar com os outros _ assinto, hesitante. _ Você vai ficar com Abby. Ela está em um acampamento aqui perto _ fico em silêncio. Não sei se concordo em deixá-la entrar na montanha. Mas também não tenho muita voz nessa situação. Levantando-se, a mecânica estica a mão para mim e nós três vamos para uma barraca. Reparo que usa um suporte diferente, bem melhor que o anterior.

_ Realmente Wick, você precisa aprender com Raven Reyes _ o garoto sorri de lado, avermelhando-se. Confesso que talvez algo esteja crescendo entre a mecânica e o engenheiro, o que não seria uma surpresa.

_ Pronto _ Rey fala ao instalar à hidrazina. _ Wick. Pode nos dar licença por favor? _ o loiro assente e se retira da barraca. Meu estômago já deu voltas e voltas após essa atitude, não sei o que está por vir. Para minha surpresa, Reyes tira meu chapéu amarelo e entrega nas minhas mãos, começando desmanchar meu rabo de cavalo que fez a dias atrás. O lacinho continua aqui, mesmo tento enfrentado coisas demais para uma peça de roupa. Reparo que guarda a fita vermelha em seu bolso, levará com ela. O silêncio acompanha a atmosfera tensa de despedida, mas Raven continua dividindo meus cabelos finos e completamente embaraçados ao meio.

Quando acaba, puxa duas trancinhas, uma de cada lado. A mecânica retira o chapéu da minha mão e põe em minha cabeça. Me olha com um sorriso orgulhoso.

_ Você está linda _ me puxa em um abraço.

_ Por que está agindo assim? _ pergunto com o rosto em seu casaco. _ Você disse que ia voltar, que nada ia acontecer...

_ E não vai...

_ Mas você não tem certeza... _ a mecânica dá um suspiro. Apertando-a mais, eu resolvo apelar: _ eu ainda preciso de você _ não estou mentindo, apesar dos nossos amigos estarem sempre por perto, se estou viva é porque Raven Reyes vem se certificando disso. E nunca, nem hoje, nem amanhã, NUNCA estarei pronta para dar adeus a essa mecânica.

_ Eu TENHO que ir _ firma-se. Dou um suspiro, sabendo que nossos amigos precisam que vá. A mecânica só sai o abraço porque Wick interrompe. Caminho com ela até o lado de fora, abraçando sua cintura.

Reyes ainda explica para o sargento Miller, pai de Nathan, como abrir a porta com o que eu fiz, entrega os geradores de som e conhece os poucos terrestres que vão acompanhá-los. E eu, como uma boa criança grudenta, fico ao seu lado o tempo todo.

Maria ReyesWhere stories live. Discover now