We will rise

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"The warrior who ran from her conclave and finds herself in a lot of soft water"

Raven não está só empolgada, está eufórica. Não consegue parar por um segundo, aprendendo a como pilotar a nave para ir ao espaço e fazer nightblood.

Recebemos uma notícia que deixou a atmosfera bastante pesada, mais do que já era. Houve um incêndio em Arkadia, que destruiu a Estação Alfa. O que significa que nem cem pessoas nem ninguém sobreviverá nela.

Me divirto com Raven, nós duas aprendendo juntas, apesar da mecânica sempre estar dez passos na minha frente.

_ Ela está cansada, a leve para cama _ Murphy, que fica conosco aqui enquanto os outros dormem, diz após me ver bocejar. No fim, descanso aqui mesmo, em um sofá.

A garota do mar fica comigo, dormindo do meu lado. Essa situação toda me é estranha. Primeiro porque eu vim até aqui para passar cada tempo restante com a Reyes, mas agora eu respeito seu momento focada em salvar a humanidade. E segundo, que por mais que eu seja a pessoa que Luna mais tem intimidade no momento, ela me chamou de Adria hoje mais cedo.

Acordo em um lugar diferente do que dormi. Isso é a casa de Becca. Me levanto e olho ao redor. Canta "I have got you under my skin", Frank Sinatra 1956.

_ Maria _ alguém me chama. É uma moça jovem, usa um rabo de cavalo, um óculos de grau, uma blusa de manga cumprida e uma calça jeans. Tem os cabelos castanhos e a pele branca, além de me lembrar muito Raven Reyes.

_ Quem é você? _ pergunto, não estando assustada. A mulher responde em um sorriso de canto e silêncio. _ Becca _ sussurro, tirando minhas próprias conclusões. A cientista acena de leve, o que comprova minha teoria. Olho ao redor e me sinto desconfortável, afinal, literalmente invadimos sua casa.

_ Tudo bem _ sinaliza. _ É grande demais só para mim mesmo _ dá de ombros. A olho por uns segundos silenciosos. Estou diante da maior cientista da história, e isso é incrível de tantas maneiras diferentes. Mas ela é a responsável pelo fim do mundo e a cidade da luz, e isso me deixa apreensiva. _ Vem _ acena. _ Vamos conversar _ e eu vou, hesitante. Dou a mão para ela e caminhamos. É estranho eu estar pensando em maneiras de a matar se precisar, mesmo já tendo morrido faz décadas. _ Eu construí esse lugar para passar o tempo _ começa a me contar. _ Mas a verdade é que mal usei _ dá de ombros.

_ Aonde estamos indo? _ sussurro.

_ Há algo que quero te dar _ sorri de lado. _ Alguém já te falou que fica linda de vermelho? _ refere-se a minha fita no cabelo e a jaqueta. Minhas bochechas coram e um sorriso involuntário sai de meu rosto.

Caminhamos mais um pouco e estamos no laboratório. Não sei como, já que estava em sua casa. Paramos em frente a um armário e ela acena de leve.

_ Está aí dentro _ explica. Me agacho e coloco a mão de leve na gaveta, dançando os dedos no material. _ Era meu. Agora é seu _ me conta. Abro devagar e revela-se aos poucos um traje cinza, com o símbolo do infinito, o da sua empresa. É pequeno, do meu tamanho. Levanto-me e direciono a ela.

_ Eu posso ir ao espaço... _ sussurro, sorrindo. _ Obrigada.

Acordamos por gritos.

_ Eu odeio você! _ e escuto socos, o que faz meus músculos tencionarem. _ Isso é culpa sua! Não posso andar por sua causa!

_ Raven _ me sento, identificando a origem disso tudo. Luna arranca o soro de seu braço e nos levantamos rapidamente, indo em direção ao barulho.

_ Eu odeio você! _ encontramos a Reyes ofegante, descontando sua raiva em Murphy. A garota do mar a segura, mas a mecânica continua gritando e se debatendo.

Maria ReyesWhere stories live. Discover now