DNR

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Tensa por esse capítulo... tudo muda agora.

_ Reyes _ escutamos um chamar, interrompendo nosso caminho até Luna. É Miller, com um sorriso no rosto. Eu e Raven ficamos confusas, exigindo mais explicações. _ Jaha encontrou um bunker _ me desequilibro.

Há espaço para mil e duzentas pessoas e vamos repartir, provavelmente com os Azgueda. O que significa que mesmo assim, cabe toda a população de Arkadia. Todos já estão a caminho. Eu, Raven, Emori, Murphy e Luna ficaremos para trás, para juntar equipamentos. Enquanto os outros se preparam para ir, nós tiramos um tempo para descansar.

Encontramos Luna no sofá, sentada com a sua nuvem cinza de sempre. A mecânica me dá uma piscadela de lado e eu já sei o que fazer. Sento-me do lado da natblida e deito-me e seu colo. Raven senta-se do outro lado em uma distância respeitosa. Consigo sentir os músculos do garota do mar endurecerem, mas de leve se rende e coloca a mão em minhas costas. Acho que escuto as duas sussurrarem.

Luna

_ Tem espaço para você no bunker _ Raven cochicha, querendo que Maria descanse. Respiro fundo, tentando não me deixar levar. A verdade é que acho que ninguém deveria sobreviver. Dei uma chance para essas duas me mostrarem que ainda há esperança, mas isso foi quando achava que tudo ia acabar. _ Sei que você sobrevive a radiação, mas não vai ser muito legal aqui de fora depois que chegar _ se refere a onda mortal. Não sei o que falar. Se eu fosse para Polis seria para impedir que sobrevivessem, porque não merecem.

A intenção das garotas ao me acolherem, foi que eu não me perdesse. Mas vendo as duas, percebo que jamais estive mais perdida.

_ Obrigada pela oferta _ sussurro.

_ Mas você acha que não vai rolar... _ a mecânica acrescenta. Eu concordo em um aceno. _ Maria gosta muito de você _ muda de assunto. _ Ela tê vê como exemplo _ não sei porque, mas sinto um arrepio na espinha ao ouvir.

_ Por que estão aqui? _ abro o jogo, não fazendo ideia do que acontece. Raven se aproxima, na intenção de passar os dedos nos cabelos da menina. Consigo ouvir sua respiração, de tão próxima que está.

_ Eu estou aqui por Maria _ admite. _ E ela está aqui porque não quer que pense que está sozinha.

_ E eu não estou? _ pergunto.

_ Não mais _ acrescenta. _ Fique com a gente _ não sei o que essa mecânica despertou em mim, mas consigo me imaginar passando o que quer que reste de minha vida com ela.

_ Não podem aparecer com um nigthblood em Polis _ relembro, acabando com suas esperanças. Se eu passar por lá, ou os Fleimkepas me fazem comandante ou eles me caçam até que eu os mate.

Maria

Estamos todos procurando por qualquer tralha que seja útil. Desde que cheguei na Terra, isso é definitivamente o que mais faço.

Não sei se quero viver em um bunker, ainda mais com muitos terrestres. Nada contra eles, sei que podem ser adoráveis. Tenho experiência nesse aspecto: Lincoln e Luna. Mas são todos guerreiros, pensam diferente de nós. As crianças não, elas pensam todas iguais. Mas os adultos tem um péssimo histórico de não terem piedade.

_ Deixa comigo _ Murphy avisa, enquanto eu seguro a escada em que está sobre.

_ Tem certeza? É pesado _ Raven pergunta. Entretanto, John já desencaixa e tira o aparelho. Quase se desequilibra, porque é realmente pesado. Eu e Raven damos um sorriso de lado com a cena, e o garoto pálido fica irritado.

Maria ReyesOnde histórias criam vida. Descubra agora