The thinder box

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Só por curiosidade: esse capítulo é o episódio cinquenta da série, o que coloca a gente mais ou menos na "metade".

Eu e Raven bisbilhotamos o laboratório de Becca de mais maneiras que consigo imaginar. Enquanto isso, John Murphy nos olha com uma cara que diz: "agora entendo porque essas duas carregam o mesmo sobrenome".

A doutora Griffin tira doses e doses do sangue de Luna. Me sinto mal por ela, porque na época em que tirava sangue me lembro bem de odiar.

_ Ok, você deve estar cansada _ a Reyes conversa comigo, enquanto eu jogo um jogo de obstáculos no computador.

_ Não, eu estou bem _ respondo, não dando muita atenção. Em poucos segundos, uma cabecinha surge em cima da tela. _ O que? _ pergunto, não contendo um sorriso. _ Eu já disse que não estou cansada _ faço biquinho.

_ Mas precisa descansar _ insiste. _ Luna está indo para a casa, por que não vai com ela?

_ Eu estou? _ a garota do mar aparece, com os dedos pressionando a veia e sua nuvem cinza de sempre. A Reyes a olha com um olhar de: faz esse favor para mim, por favor. _ Ok, eu estou _ e a mecânica acena para que eu vá. Eu apoio às costas na cadeira e cruzo os braços.

_ Mas aqui é tão legal _ resmungo, vendo o redor e encontrando várias outras coisas em que ainda posso mexer.

_ Mas a casa também vai ser legal _ Raven insiste, em um sorriso.

_ Ok _ me rendo, levantando-me. Caminho em direção a Luna e a Reyes me manda um beijinho antes de sairmos.

Nós caminhamos um pouco mais e encontramos uma imensa casa branca, cheia de janelas de vidro, telhas cinzas e chaminés.

_ Uau _ consigo ouvir a natblida sussurrar. Corro na sua frente, entrando primeiro.

_ Uou _ reajo ao corredor gigante em que entramos, inteiro branco. Ao fim, bem ao fim, tem uma porta grande. Nas laterais tem mais e mais corredores. Corro para a direita, procurando por algo legal.

_ Maria, espera! _ e Luna corre atrás de mim.

Paro em uma sala gigante. Tem um sofá preto, com uma textura que nunca vi antes. Ele é enorme, dá para deitar umas dez pessoas aqui. E tem uma tela gigantesca em frente.

_ Quero assistir alguma coisa _ digo, olhando para a Luna, que está ainda de mal humor.

_ Claro. Sou a Hanna, como posso te chamar? _ uma voz feminina me responde. Abro um sorriso gigantesco com a tecnologia, enquanto a garota do mar levanta a guarda, assustada.

_ Maria, por favor _ respondo. _ Está tudo bem _ aceno para Luna.

_ O que gostaria de assistir?

_ O favorito de Becca _ peço, sem pensar muito. Escuto um barulho grosso e as luzes se apagam. Quando olho para a tela, um felino abre uma boca gigantesca. Eu e a natblida nos assustamos bastante.

_ Não gosto disso _ Luna sussurra.

"Marilyn Monroe", aparece na tela. "Tony Curts", percebo que são nomes. "Jack Lemmon in", e eu crio expectativa. "Some like it hot", a obra favorita de Bekka Pramheda. Mais nomes aparecem, os quais não leio. Inicia-se com um carro. Quer dizer, se parece com um carro. A imagem é preta e branca, com construções ao fundo. A cena muda, bastante rápido, para dentro do veículo em movimento, onde dois homens sentam perto de uma caixa grande.

Na verdade, tem quatro homens. Eles fogem de um carro que corre atrás deles, tocando uma sirene insuportável. Pessoas de chapéus estranhos começam a atirar, o que me causa arrepios. Mais armas começam a surgir, deixando-me cada vez mais curiosa.

Maria ReyesOnde histórias criam vida. Descubra agora