14. Parte 3

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― Nada. ― ela responde ― Que bobinho, são só nossos corpos. Não fique tão preocupado. ― ri novamente do constrangimento dele. ― Tentar ter razão e fé no verdadeiro fora o deixado para mim, não lembro de ter vergonha na cara como herança. Nós somos humanos, limitados. Vamos ser humildes, fazer valer esta vida, não nos importar com o que não merece escândalo. Sermos calmos, não é?

Ama estende-lhe a mão para ajuda-lo a levantar. Entendia que os corpos deles haviam se desenvolvido em variações distintas, não queria que ele se colocasse a risca para provar que também era capaz das funções que Ama tinha crescido entorno e ele não. Ele havia sido criado para ser um intelectual espiritualizado em sua capacidade máxima e não alguém que usa da força de trabalho física para ser sustentado no mundo. Ela verdadeiramente o achava lindo.

― Tu és intensa, grita quando podes, está sempre a berrar filosofias mesmo quando dizes não ter educação e está basicamente sugerindo a reforma estatal da mentalidade. É difícil... Vamos ser humildes, não é? Qual a tua definição de humilde? ― ele a ironiza.

― Tu és perfeito da maneira com que tu és. Para mim é, então não acho que tu precisas forçar um rótulo de humildade em ti... Tudo bem, falara para mim acima de tudo. Tu estás perfeito.

Ela o toma pela mão costurada pela substância da árvore e o levanta. Ele havia se tornado silencioso mais uma vez, o constrangimento emocional agora o tomava, tão pateticamente que era afetado pela opinião dela sobre si. Ele está de pé e, espelhando-se nela, não recua pelo cansaço.

― Hoje o milagre que prova que eles estão errados ocorrera. Eles não podem chamar a ti de demônio, pois este reino cai antes deles serem anjos. Tu fizeste o que era correto, não o que era fácil e institucional. ― ela volta a caminhar, desta vez sem grandes pausas para pulos, continuando a pensar no que a afligia nos momentos de dor. Ela ainda podia lembrar-se, por mais que desse a impressão da insurgência de seu bom espírito após a perfuração de sensação estridente haver passado.

Yívan continua a caminhar na direção do Templo. Ele preferia que ela falasse, caso fosse sua preferência, pois ao contrário dela, ele ainda carregava um certo tremor traumatizado por desacreditar nas próprias ações. Aquela proporção de transformação da natureza não possuía dados formais de haverem sido vistos, a magia havia trabalhado plenamente na forma e a mudado, vitalidade havia sido trocada e ele fora o dobrador.

― Conte-me mais... ― ele pede, mesmo que tenha sido Yívan a criar a linguagem e apalpar a sensação de transformação mística por anos, fora a determinação e convencimento dela que o despertaram. Era inacreditável como em um ato ínfimo perante o tempo como aquele, o curso do entendimento da era parecia haver sido mudado. Ama não caminhava como quem estava em impacto, mas como se tivesse todas das suas melhores expectativas atingidas, ignorando o fato de que havia sido esfaqueada e morreria caso o milagre pressionado não houvesse sido executado.

― Ou destruímos parte desses ídolos ou unificamos e fazemos realidade não excludente. Mente limpa e ciente. Nada do que vem desta espécie é estranho, conhecer a natureza dela resulta nisso. É a falta de preceitos, mas o conhecimento de que pode se fazer a todos, como notas melódicas que dizem que podem fazer músicas infinitas, para sempre serão as mesmas notas reagrupadas na ordem de distinção, mas ainda assim ordem. Isto tudo é uma invenção, uma criação dos conformes. Tudo ao nosso redor é, porém tu, recebendo a meu toque, é atemporal, imutável, resquício de magia, impossível de ser turvado e isto é lealdade. O que tu fizeste é a prova de que o atemporal existe, tão mais extenso e promulgador que meu toque sobre tua alma. Ali apenas os maiores relapsos não acreditariam. ― ela o relata. Fala devagar, comedida, passa os olhos da estrada para as estrelas, colhe alguma coisa dentre a grama, volta a caminhar em linha reta e segue.

EsperanczAWhere stories live. Discover now