CAPÍTULO 2. Mecenas

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Mercenários não são tão discretos quanto acham que são, vestem as roupas de assassinos e apenas estão no local que os interessa quando os interessa, não são o tipo de ir ao campo para aproveitar a passagem. Este em específico, conhecia pela maneira da qual andava e se vestia, assim como pelas armas que carregava. Ama baixa o rosto mais uma vez e vai a caminho de seu casebre, onde, no setor do pequeno armazém, havia uma tenda da qual atendia clientes de suas Esperanczas ausentes de impostos, isto é, ilegais. Esperava um comerciante a pagar de espertinho, não um ladrão assassino.

Uma vez que irá recebe-lo e era óbvio quando ele não se direciona à estrada de caminho à Pólis, ela torna para o céu a formar o que seriam as nébulas de crepúsculo com as nuvens. Era magia, ela tinha certeza, nada neste mundo poderia ser tão belo que não contivesse mágica. Caminhava de costas em direção ao casebre. Os morros após as planícies abarcavam o pôr-do-sol de um milhão de tonalidades. Era magia, ela era um convicto. Chamavam-na de miserável, mas nenhum na Pólis tinha vista tão privilegiada dos céus quanto ela. Pensava Ama enquanto olha a nébula de crepúsculo: "Quem é o verdadeiro abençoado? Quem é que passa seus dias olhando para paredes? Se eu morrer, eu morro uma criatura livre que não desrespeitara a magia que consiste em tudo do sensacional deste mundo, esta é minha vantagem sobre eles. Minha alma."

Ela sente a movimentação do mercenário desconfortável em suas costas e para de caminhar na direção excêntrica, voltando-se. Não se importara com a pele descoberta, seu chapéu cobria-lhe os olhos do acesso alheio.

― Como eu posso ajuda-lo, viajante? ― chamara-o de passante para que passante ele fosse.

― Eu desejo tua safra de esperança da qual o reino não pode saber.

― Eu tenho compradores já interessados em minha pequena colheita. Se o senhor pudesse continuar viagem, eu não reclamaria. ― ela pensa que o mercenário de roupas de couro escuro justas pudesse tentar ameaçá-la ― Eu no máximo posso dar-lhe um punhado de grão-fruta, o resto já possui direcionamento, lamento.

― ...Dê a mim.

Agora que Ama notava, a voz do mercenário continha um sotaque tão exclusivo que não podia reconhece-lo.

― Perdão, meus compradores não estarão felizes caso eu disperse a safra.

― Eu pago o que tu quiseres. Eu desejo este grão-fruta mais que tudo, por favor.

A voz masculina soara mais como um pedido que uma exigência, alheio desespero na voz de alguém que atravessara a parte perigosa da floresta. Ama suspira, era como recusar a um ladrão com uma faca em sua garganta enquanto ele pedia para negociar; recusar seria morrer. Ela poderia sentir medo, mas nada era comparado à experiência de estar rodeado na magia que serpenteia pela pele na floresta, nada se comparava à adrenalina.

― Apenas a quantidade que o senhor puder levar imediatamente, apenas o que consegue carregar consigo, não aceitarei retornos ou outros aqui. Estamos de acordo?

― Sim.

Ama sabe que está a ser encarada, mas comparado ao que o mercenário vive, ela não é nenhuma demonstração. Mercenários não devem querer nada com lavradores, se é comprar um pouco que ele deseja, assim será.

Ela troca os sapatos na frente dele, pois não pensa ser adequado entrar no casebre com terra nos pés, ela ainda possuía certa higiene a cuidar. Não retira o chapelão em momento algum, mas fala para com o olhar insistente em suas costas.

― Nós temos um trato, não sufoquemos um ao outro. Se tu tentares me matar, eu te levo junto comigo para nós dois queimarmos em algum inferno de baixa classe. Só estou dizendo... ― avisa Ama.

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