5. Parte 2

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― O Escolhido ― retorna o Clérigo e arranca uma risada pequena de Ama, o mito Do Escolhido era um campo do qual Esperancza não cresce, tão próxima dela, olhando-o por baixo ― acreditava no Mérito. Acreditava que o sofrimento do esforço na provação viria a formar os líderes em administração e nobreza afetuosa que levariam a humanidade para o reencontro com sua natureza mística. O amor leva à dedicação e esta dedicação à força que é necessária para assumir o posto de exemplo e mente julgadora. O mundo mágico que vem desproporcional a nós é frequentemente desafiado e, por honra, devemos aceitar. Os mais fortes os quais podem provar que mais fortes, amorosos a seu povo e espiritualizados são, devem ser recolhidos para a responsabilidade de nos representar na nova era, crescidos de nossa terra e tão bem florescidos como o grão-fruto abençoado de Esperancza, o oferecimento de nossos deuses. Este ano teremos presenças especiais e sigilosas as quais pediram interferência para nos ajudar a–

― É um teatro idealista. Isto deve ser didático a quem? Aos perpetradores? Eu não vim para ser "A Escolhida", mas reclamar algo como meu por verdadeiro mérito.

Como a multidão havia sido silenciada para escutar à voz do Clérigo, a voz de Ama soara forte junto à acústica.

Magia. O Escolhido. Classe. Mérito. As linhas do que significa cada qual era como névoa a saber que ali está e não puder ser restringida ao toque. Dessas existências, Ama só acreditava, a partir daquele momento, em dois: Magia e Classe, ambos distribuídos e, na prática, singularizados. Mérito existia, mas não como estava a ser pregado. Haviam incontáveis gerações que não sabiam de mérito na essência do significado.

A multidão a escutara em seus bons próximos e os próximos repassaram para os que atrás estavam. Haviam desafiado a autoridade, um não mágico braçal.

― Nossos métodos têm escolhido as mentes e corpos de Ágorantuon por gerações justas! Nenhum governante é absoluto e sempre se busca o melhor para que faça parte dos Imortais, os melhores de nossa humanidade, eleitos por capacidade. ― o Clérigo de Mael não desce de seu discurso ideológico, respondera Ama, contudo também não dissera a nada que não pudesse ser contestado.

― Vocês apenas pensam no que lhe faz mero interesse egocêntrico e são reclamões insuportáveis quando as coisas não são sobre vocês, ameaçam ou não incluem o que vocês acreditam. Se o tal governante imortal seguido por mérito nunca nem pisou no local onde produz a comida dele diariamente, este seria apto a dizer que conhece o mundo? Os últimos governantes não devem sequer saber o que é pisar no chão de terra descalço. Como eles sempre tiveram a tudo, não sabem o que significa para alguém que tem pouco estar aqui. Eles não sabem o que é não poder ser medíocre e pensam que conhecem ao mundo que sugerem governar? Abastado e medíocre é a pior combinação que pode surgir nesse mundo criado, chega eu posso sentir a geração de idiotas de alta classe nascendo. A capacidade vossa é artificializada. Nem mesmo vosso privilégio faz do mérito de exclusão tão bom que nossa educação e vitória sejam garantidas. Seu mérito não está funcionando.

Mesmo os oprimidos correspondem à previsibilidade de comportamento da sociedade, estavam recuados e engolidos. A renúncia até da dignidade faz parte da base da sociedade. O regulamento da magia se perdera e o humano deixara de ser belo como poderia, da magia fora feito religião, produto teórico.

O Clérigo, ao invés de não dar importância de um ser que considera baixo em comparação a si, possui psicologia frágil, não só escuta a tudo como permite que todos escutem consigo. Ama não respeitava nem um pouco o sacerdócio, agora seu desgosto para com eles agravara.

― Este momento não é dedicado a dividir opiniões, lamento.

Ama sente, novamente, uma mão em seu ombro. Quando torna a olhar, vê a máscara de Khlaos. Ele sussurra para ela.

EsperanczAOnde histórias criam vida. Descubra agora