Imagine originalmente escrito Por:collecting-stories No tumblr
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John B herdou muitas coisas de Big John quando morreu. Alguns eram objetos; a casa, o twinkie, a mobília e algumas coisas não eram coisas que você pudesse segurar na mão; a maneira como passava a língua pelos molares quando pensava, como sempre tirava a torrada da torradeira cedo demais, a cor de seus olhos.
Algo que ele certamente não herdou de seu pai foi a inundação de ansiedade que se instalou em seu estômago quando você descobriu que estava grávida. Com apenas vinte anos, vocês dois não eram o tipo de casal que imaginava casamentos, contas correntes conjuntas e bebês. Você falou sobre viajar e a possibilidade de deixar para trás todas as bagunças herdadas de seus pais. Mas então você engravidou e depois de um milhão de conversas a cada hora concebível, ambos decidiram que manter o bebê era algo que você queria fazer. Você tinha mais um ano de faculdade e o bebê nasceria no verão, dando a você uma linha do tempo coincidentemente perfeita. John B tinha um bom emprego. O Chateau foi pago e todas as coisas dentro eram suas agora.
Todas as coisas do lado de fora também, incluindo as galinhas.
“Eu queria um gato, sabe... talvez um cachorro. Algo peludo e fofo, que eu pudesse acariciar.” Você resmungou, encharcado de short e top, carregando uma galinha debaixo do braço. Aprender a arranjar uma galinha solta não era algo que você sempre sonhou em fazer em sua vida e ter que usar esse conhecimento quando estava grávida de seis meses estava longe de ser um sonho realizado.
Você abriu o galinheiro, empurrando a galinha de volta e mentalmente adicionando o pequeno prédio à sua lista de coisas que precisavam ser consertadas na propriedade. O som do twinkie puxando chamou sua atenção quando você se levantou, virando-se para ver John B já com uma carranca quando ele estacionou e saiu do carro.
"Você deveria estar na cama!" Ele chamou, a porta batendo atrás dele como uma espécie de pontuação.
"Eu estava... mas as galinhas do seu pai decidiram orquestrar uma fuga da prisão." Você respondeu. Big John se tornou o terceiro membro da família em algum lugar ao longo da linha, uma entidade invisível que você e John B poderiam culpar por tudo. Se o aquecedor de água quebrou, o Big John não deve ter instalado direito. Se a eletricidade se apagasse, Big John havia ligado a casa errada. As galinhas escaparam e foi Big John quem construiu um galinheiro defeituoso.
“Eu os teria pego”, John B insistiu, “você está encharcado. Você vai pegar um resfriado.”
“Está como um milhão de graus lá fora Bird, não estou ficando resfriado.” Você riu.
"Bem, e se estivesse mais frio lá fora?"
“E se um tornado passar e eu for sugado por ele?”
“Eu não estou brincando,” John B disse, toda a severidade de seu pai aparentemente apenas esperando para encontrar um propósito nele.
A proteção não era de seu pai. Isso era tudo John B. Você conhecia a família Routledge há tanto tempo que sua mãe se lembrava da de John B. E ela jurou, na primeira vez que viu seu futuro genro, sempre que decidiu parar de 'viver no pecado', que Big John não se incomodaria se uma casa caísse sobre sua esposa grávida. John B não era nada disso. Atento, sempre preocupado, as habilidades matemáticas que ele havia deixado de lado para se concentrar no trabalho depois que seu pai morreu foram úteis quando ele calculou a cada momento de cada ano que você estaria criando uma criança. Sabendo disso, e porque você simplesmente não conseguia evitar, às vezes você o provocava.
“E se temos um segundo filho? Poderíamos tê-los juntos.”
"Absolutamente não. Este lugar mal se qualifica como um de dois quartos como é.” Ele argumentava, sentado no balcão da cozinha comendo cereal pela manhã enquanto ele olhava as vitrines para móveis de bebê em seu telefone. Você nunca viu alguém navegar e negociar no Facebook melhor do que ele.
“Contanto que eles possam passar pela janela, isso se qualifica.” Você respondeu.
"Não."
"Você não é engraçado."
"Estou tentando dar um lance neste berço... preciso de concentração completa." João B respondeu.
Muitas pessoas que conheciam vocês dois foram rapidamente em dizer que você estava jogando fora seus futuros. Você nunca contaria a nenhum deles, mas era algo que você e John B discutiram regularmente nas semanas. Agora, porém, quando as pessoas viram sua tenra idade e seu estado grávida, elas se sentiram obrigadas a avaliar sua decisão de vida como se fossem muito parte da pequena família e John B estavam juntos.
“Você não acha que deveria ter esperado?”Parecia a pergunta ecoada nos lábios de todos. Você não deveria ter esperado, até ter uma casa melhor, mais dinheiro, terminar a faculdade, ter um emprego estável. Talvez, você queria responder, provavelmente. Mas você sempre apenas deu de ombros. Era o que era no ponto de pensamento.
O pai de Kiara não foi o primeiro a perguntar a você um simples “por que John B?”.
“Você não quer alguém responsável?” Foi seu acompanhamento.
Você não tinha certeza se era apenas mal escrito ou se todos em Outer Banks tinham alguma ideia pré-concebida sobre a capacidade de John B de ser pai e adulto, mas você sabia de algo que nenhum deles sabia.
“Juro por Deus que se você não entrar eu vou te carregar,” John B chamou, parado na porta do Chateau, parecendo completamente exasperado.
“Boa sorte,” você riu, de pé no borrifo do aspersor em um maiô que o fez agradecer por não ter vizinhos muito próximos. Estava fervendo dentro da casa e o mísero ventilador que John B havia produzido enquanto tentava colocar os condicionadores de ar estava fazendo um trabalho terrível para refrescar você e sua barriga de oito meses de gravidez.
“Eu não estou brincando,” ele desceu as escadas de dois em dois, andando pelo gramado até você.
"Não!" Você riu, tentando fugir dele, mas falhando miseravelmente quando ele agarrou seus braços. “João B! Está muito quente lá dentro!”
“Você não deveria estar de pé, pelo menos deite na rede.” Ele revirou os olhos para você, irritado como sempre quando foi atingido pela água do aspersor.
“O aspersor não atinge a rede.” Você apontou, caminhando em direção às árvores enquanto ele a empurrava.
“Vou comprar uma piscina para você sentar.” Ele prometeu.
John B estava, lenta mas seguramente, consertando a casa inteira, transformando o Chateau em ruínas em algo que parecia muito mais em casa do que nunca. Móveis antigos estavam sendo substituídos por novos, o escritório de seu pai havia sido limpo e as paredes pintadas para um berçário. Era apenas uma questão de tempo até que a casa que John B herdou de seu pai se tornasse o lugar onde ele criaria seu próprio filho. Não havia como negar que John B havia herdado muito de seu pai, alguns bons, muitos ruins, mas a parte dele que verificava todas as portas e janelas antes de ir para a cama, que pagava todas as contas em dia e vasculhava para economizar qualquer quantia extra. ele podia, a parte que estava esperando ansiosamente por um bebê não foi herdada de ninguém. Essa parte foi tudo John B.
