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"Você está bem?"
A pergunta era bastante inocente. Você o conhece há tanto tempo agora, você pode dizer quando ele não é nem um pouco ele mesmo. E você sabe agora, com mais certeza do que nunca, que há algo em sua mente. Você se vira para ele enquanto pergunta, ecos de um sorriso ainda desaparecendo de sua risada minutos antes. Seus olhos encontram os dele, a luz do sol do final da tarde brilhando em sua pele. Seu rosto muda tão levemente que é quase imperceptível, e você sabe em um instante o que ele está prestes a dizer. “Laurie…” você começa, advertindo. Ou talvez hesitante, você não tem certeza.
“Não adianta, Button,” ele começa, chamando você pelo apelido familiar que só ele pode usar, “nós temos que em algum momento.” Ele caminha em sua direção, desesperado por alguma proximidade, algum tipo de conexão enquanto ele derrama seu coração para você.
"Eu tenho-"
“Laurie,” você diz novamente, com mais cautela em sua voz do que antes.
“-amei você, desde que eu te conheço, Button, eu não pude evitar, e,” ele está parado na sua frente agora, camisa e cabelo esvoaçando descontroladamente na brisa.
"E-eu tentei mostrar a você, e você não me deixou - o que é bom, eu respeito isso, mas-"
"Espere", você diz, dando um passo para trás. Seu coração está batendo descontroladamente, alto e pesado em seu peito. Você honestamente nunca esperou que isso chegasse a um clímax tão rápido, você não sabia que os sentimentos dele eram tão fortes.
“Eu devo fazer você ouvir isso e me entender agora, e saber se você sente o mesmo, porque Button, eu não posso mais continuar assim.”
"Teddy", você diz, a voz tremendo.
"Você estava lá para mim", diz ele, mais perto de você agora do que antes, "e, e você se importava comigo-"
"T-" você tenta novamente, mas se detém, sentindo sua garganta apertar e lágrimas brotando nos cantos dos olhos. Isso não pode estar acontecendo, não realmente. Você desvia o olhar, tentando se recompor. Nuvens mancham o céu, e a grama alta combina com o balanço do tecido de sua saia, abraçando seus tornozelos na brisa. Em qualquer outro momento, você não seria capaz de desviar o olhar de tal cena. Mas não agora, pois as palavras dele têm um controle magnético sobre sua atenção.
“E você me amou,” ele continua, “quando eu mais precisei. Mas a questão é, Button, que eu ainda preciso disso.”
Você olha de volta para ele. Seus olhos estão enevoados, sua expressão ousada, apenas um pouco, a esperança.
