Lonely Days...

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Chega o fim do dia e volto para a minha solidão, para o silêncio do meu canto frio e escuro onde o aperto no fundo do meu peito reaparece e o meu sorriso falso desaparece, onde eu deixo de fingir para não ter que explicar o que atormenta a minha mente e mágoa o meu coração, onde as minhas lágrimas se libertam e se espalham pelo meu rosto, onde a mente só pensa o errado e se afoga nas ondas do desespero e do sufoco, onde o meu eu pede socorro mas a ansiedade oculta o som.

Nem eu me reconheço, perdi o rumo,  mesmo sem querer estou a deixar as ondas me levarem por esse mar negro.

Que sentimento é esse afinal? Que mágoa o meu corpo e acelera o meu coração, que maltrata a minha mente e corta a minha respiração, que me cega os olhos e só me faz enxergar a escuridão, que amarra o meu corpo e me faz desejar o pior, que me faz pensar em desistir e deixar a mágoa me dominar.

Por esse mundo escuro com esperança aos poucos eu caminho a tentar sobreviver, talvez seja a vida da pior forma a me fazer aprender, a testar a minha paciência e a minha fé, a cada dia se torna mais difícil acreditar em que vou vencer toda essa ansiedade que me paralisa e me rouba a vontade de viver, eu não quero desistir mas está difícil continuar, se não for a ansiedade serão esses pensamentos que atormentam a minha mente que vão acabar por me matar.

Mas hoje eu vou me jogar na noite e apreciar o luar, sentir o vento bater forte e ver ele levar o fumo acompanhado de alguns desses pensamentos que atormentam a minha mente e não me deixam descansar.

Frutos Da MadrugadaWhere stories live. Discover now