capítulo 48 | Joseph Carter

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Eu não conseguia parar de sorrir observando Domenique amamentando a nossa filha. Nossa filha. Eu era pai, pai. A minha cerejinha era mãe.

— Escorre a baba, papai — Domenique me provocou, seu tom baixinho, mas ela também estava no mesmo estado que eu, sorrindo emocionada para a bebê em seus braços, indiferente a nós dois babando nela e sorrindo a cada gesto que fazia.

— Escorre a baba, mamãe —
respondo, esticando minha mão para segurar o rosto dela entre meus dedos e beijar a bochecha dela.

— Obrigado por isso. Obrigado...— repito algumas vezes, fechando meus olhos e roçando meu nariz no nela.

— Amo você, Joseph. Tanto — Domenique sussurra, e meu coração se acalma com aquelas palavras como sempre faz toda vez que as escuto vindo dela.

— Amo você. Tanto, tanto — sussurro de volta e beijo brevemente seus lábios, acarriciando seus cabelos gentilmente, querendo a manter o restante desse dia em meus braços, a beijando e cuidando dela como merecia.

O som do resmungo da nossa filha faz com que eu me afaste. Eu abaixei a cabeça e encontrei o pequeno pacote enrolado na manta da bolsa que estava no carro, na bolsa que estava arrumada para quando esse momento chegasse. Suspiro sorrindo ao encontrar os pequenos olhos verdes dela antes de se fecharem em sono.

— Ela tem os seus olhos...garota sortuda — Domenique riu e se remexeu na cama, eu estendi meu braços e beijei a testa dela antes de pegar minha filha nos braços e sentar na poltrona ao lado da cama.

Um sorriso involuntário apareceu no rostinho dela e o meu foi completamente de emoção, mais algumas lágrimas de felicidade escorrendo por meu rosto, toco suavemete meus dedos nos dedinhos pequeninos dela e mais lágrimas escorrerem quando ela agarra meu dedão entre seus dedos.

Eu vou ser o melhor pai desse mundo, filha, prometo. Vou proteger você de qualquer coisa e qualquer um que tente te machucar. Vou ser o pai que sempre quis ter.

— Tô com fome...o que será que vai ser a janta? Será que vai demorar muito para trazerem a Tatiana? Eu quero ver ela. E meu sobrinho, nem acredito que é menino! — Domenique exclama entre um sussurro, levanto meu olhar para encontrar ela sorrindo ansiosa, recostada nos travesseiros da cama.

— E se eles se apaixonarem quando forem adultos? — sugere, arqueando ambas as sobrancelhas.

— Eu acho que os seus livros estão começando a lhe fazer mal, isso sim — resmungo, e torno a olhar para nossa filha.

— Ela não vai querer se apaixonar por ninguém — outro sorriso surge no rosto da minha filha e eu solto uma risada. — Viu? Ela concordou — murmurei orgulhoso.

— Mais é claro que vai. Ela vai querer por em prática tudo que ler nos livros que vamos dar para ela — Domenique me faz uma careta.

— Nossa filha acabou de nascer e você já quer que ela leia pornô de fada? — nós dois rimos.

A porta do quarto se abrindo faz com que eu olhe naquela direção. Vejo Tatiana deitada em uma maca e Nathan entrando atrás, ambos arregalando olhos para nós dois.

Nathan continua branco como estava durante o parto quando fiquei velando ele temendo que desmaiasse, os olhos vermelhos do tanto que chorou e gritou com Tatiana naquela sala e depois quando o abracei e o parabenizei chorando junto do mesmo.

— A minha sobrinhaaaaa — Tatiana choraminga um sussurro da sua maca, o rosto banhado em lágrimas, os enfermeiros ajustando ela ao colocarem ela na outra cama no espaço do outro lado que pedi para fazerem como Domenique queria.

Heart ProblemsOnde histórias criam vida. Descubra agora