capítulo 60 | Dionísia

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— Nunca senti tanta saudade de beber como durante o tempo de cuidado pós cirurgia, mesmo que eu quase não beba.

Eu ri dando meu último gole do martine que o Lucius preparou para mim. Eu e ele tínhamos continuado no bar depois de toda a desarmação da decoração de halloween com minha prima e Stephan. Marcus não retornaria hoje e o ruivo e Daisy decidiram sair juntos para comer fora, e como Penélope e Shane ainda dormiam, eu quis ficar com Lucius no bar.

Era estranho e até instigante ficar sozinha no bar com Lucius. Tinha várias ideias em mente de como aproveitar o nosso tempo juntos, e ele me fez a pessoa mais feliz do mundo me mimando com todos os variados drinks que eu fui escolhendo para beber. Era um combo das coisas mais deliciosas do mundo: assistir ele preparando as bebidas e beber as bebidas. E assistir ele tão concentrado e movendo as mãos com tanta habilidade estava me excitando mais do que deveria. Mas que tinha algo extremamente desconcertante e excitante no Callahan com os cabelos cinzas bagunçados, vestido todo de preto e preparando as bebidas com aquela sua carranca habitual de quem te mataria facilmente, ah tinha. Ainda mais quando ele levantava aquele olhar cinza, e aquele nevoeiro intenso encontrava brevemente o meu. E eu queria que ele me matasse de prazer no momento.

— Quer mais algum? — ele perguntou, me arrancando um suspiro quando lambeu do mel com aquela purpurina que espalhou no topo da minha coxa depois de dar uma golada da sua dose de vodka.

— Quero fazer algo — eu respondi, o fazendo erguer seu corpo só para grudar minha boca na sua e sentir o gosto forte do álcool e do mel em seus lábios e na sua língua que de imediato estava se empurrando para dentro da minha boca.

Gemi quando senti ambas das mãos do Callahan entrando por debaixo do meu vestido para então alcançarem e apertarem minha bunda, me suspendendo do balcão para aquilo, meu corpo beirou na borda da bancada e eu senti minha boceta se pressionar bem na sua ereção.

— Fazer o quê? — ele sussurra com a boca da minha, faz um movimento com os quadris me apertando bem em cima da rigidez marcando sua calça. Eu gemi olhando para nossos quadris um contra o outro e o puxei para mais ainda perto mesmo que já não fosse mais possível.

— Eu queria muito...— comecei, meus dedo subindo por sua nuca para seu cabelo, sentindo as mechas e assistindo elas se bagunçarem.

— Queria muito? — perguntou, respirando mais rápido.

— Chupar você — admiti baixinho, mordendo meu lábio inferior ao observar a reação dele.

Os olhos cinzas de Lucius encontraram os meus, as pupilas dilatadas e o nevoeiro tão intenso que me senti tonta só de o olhar de volta. Meu coração batia tão forte que senti doer.

— Não sei — ele murmurou, realmente receoso.

— Você parece um anjo, e eu sempre tenho a sensação de que estou corrompendo você com meus demônios — disse em seguida.

— Não sou um anjo, e bem, fui corrompida naturalmente muito antes de te conhecer — meu tom bem humorado o fez sorrir brevemente.

— Mas só o farei se quiser, sempre — acrescentei, beijando sua bochecha.

Lucius apoiou a testa na minha e concordou.

— Quero tentar, nunca deixei ninguém fazer, desde...bem — ele esfrega seu nariz no meu e me beija para encerrar qualquer pensamento da sua infância, e eu retribuo igualmente.

Devagar eu movi minhas mãos pelo peito dele, passando por cima do tecido da roupa que ele usava e roçando na bainha da blusa deixando minhas mãos entrarem por dentro, tocando no seu abdômen que se contraiu no toque dos meus dedos.

Heart ProblemsWhere stories live. Discover now