capítulo 53 | Lucius Callahan

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Bato na porta do apartamento e espero. Stephan ao meu lado tenta conter a sua ansiedade sobre rever Daisy. Escuto ela gritando que está aberta e assim que giro a maçaneta abrindo a porta, vemos ela vindo do corredor.

— Oi, entrem. Estávamos no banheiro— ela explica, esfrega o cabelo loiro curto com uma toalha de rosto e gesticula para entrarmos. Eu entro procurando por Dionisía mas ela não está na sala.

— Ela está no quarto. Eu estava ajudando ela a tomar banho para não molhar os pontos — A loira conta baixinho ao perceber que estou buscando por sua prima.

Eu concordo, tirando minhas botas as pondo ao lado das de Stephan, que fechava a porta e andava na direção da loira com um sorrisinho bobo.

— Ela está chateada com..bem, esse lance de depender dos outros. — Daisy sussurra entre nós três, uma expressão triste.

— Ela acha que está incomodando...— a loira suspira e abaixa a toalha, as mechas molhadas e bagunçadas. Me pede com um olhar que eu ajude a animar ela.

— Vou lá. — digo, segurando a pasta de desenhos de Dionísia que tinha ficado no bar até agora.

Escuto Stephan perguntando se Daisy queria que ele cuidasse do cabelo dela conforme eu andava pelo corredor até o quarto. E ela aceitando os cuidados do ruivo que está babando por ela.

Encontro Dionísia sentada na cama com as costas apoiadas na cabeceira assim que entro em seu quarto.

Daisy tinha comprado o estrado para o colchão dela e uma cabeceira visto que a prima não poderia dormir direto no colchão ao chão pós cirurgua. Tinha um elástico preto de cabelo entre os dedos dela e seus olhos estavam fechavam, ela usava uma longa blusa de alças finas branca, as coxas e pernas expostas.

— Oi, anjo. — murmuro. Ela abre os olhos e vira seu rosto na minha direção, me acompanha conforme ando até estar sentado na beira da cama perto dos seus pés.

— Oi...desculpa ter demorado para responder suas mensagens. Daisy estava me ajudando com algumas coisas desde que saiu mais cedo...— sua voz baixinha como usual está desanimada e triste.

Ponho a pasta no colchão e seguro sua mão brincando meus dedos nos dela.

— Tudo bem...— beijo sua mão e pego o elástico. — Quer que eu prenda seu cabelo para você?

— Sim, por favor. O médico disse que não é bom eu fazer muito esforço ou movimentos por causa da cirurgia e dos machucados no meu braço...por enquanto...— um suspiro passa entre seus lábios, ela vaga seu olhar nos pontos roxos de hematonas em seus braços.

Eu concordo e enrosco o elástico entre meus dedos, sentado ao lado dela no colchão. Ela vira seu rosto e eu começo a reunir as mechas loiras longas, atento para não tocar onde tinha o curativo da contusão, sendo o mais cauteloso e possível.

— Como que eu faço agora? — murmuro, parando por um momento ao perceber que não faço ideia de como se faz um coque.

— Eu posso pedi...

— Eu quero prender seu cabelo para você. Só me instrua, por favor. — beijo seu ombro sutilmente e roço meu nariz por seu pescoço, sentindo cheiro fresco de água e sabonete por sua pele.

— Okay...— ela ri baixinho e eu espalho mais alguns beijinhos do seu pescoço de volta ao ombro nu.

Dionísia me explica como prender e eu faço conforme as suas instruções, conseguindo após umas três tentativas prender as mechas em um coque alto e frouxo para não machucá-la.

— Pronto. Fiz certo?

— Sim...obrigada. — ela vira seu rosto para mim e se inclina beijando o canto da minha boca.

Heart ProblemsOnde histórias criam vida. Descubra agora