capítulo 50 | Lucius Callahan

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— Ela acordou mesmo????

A porta do quarto do hospital se abriu em um rombo, enfermeiros do corredor reclamaram no mesmo instante, e eu e Dionísa teríamos se assustado se não soubessemos que se tratava do desesperado do Shane e do Stephan. Daisy e Penélope empurraram os dois dando um pulo ao passar entre eles dois de cada lado da porta e alcançar a loira na cama hospitalar primeiro.

— Que flores são essas? — aponto meu dedo para as flores que Stephan segura em uma das mãos.

— Trouxemos para a Didi. Para dar vida a este quarto branco e cinza — Shane me encara ao me mencionar a cor cinza, e sorri divertido.

Reviro olhos e me sento no sofá, deixando que Daisy e Penélope cerquem Dionísia que agora se sente bem mais desperta do que noite passada.

— Que história é essa de tentar brigar com aquele maluco armado com uma faca???? — Daisy pergunta se remexendo inquieta. Dionísia pisca, ficando com o olhar vago ao relembrar.

— O médico disse que ela não pode se estressar. Ela precisa de repouso — chamo a atenção de todos eles, ciente que eles queriam fazer as mesmas perguntas que eu, mas que teriam de esperar até ela estar bem mais recuperada para isso.

Dionísia me olhou por um segundo, agradecendo.

— Olha ele, todo super protetor — Shane cruzou braços e riu, uma troca de olhares com Stephan.

— Será que ele vai expulsar a gente se chegarmos mais perto dela? — O ruivo balança a cabeça para o tatuador.

Penélope e Daisy soltam risadas, já meu anjo sorri pouco e fraco, ela tinha me dito ontem antes de dormir novamente, que sentia dor ao mexer muito o rosto, por causa dos hematomas das agressões que o maldito causou nela.

— Se fizerem perguntas incovenientes, sim. Ela precisa de cuidado e descanso — respondo.

— Dionísia agora tem um pitbull como cão de guarda. — Penélope assobia ao comentar sarcastica.

— Solta a coleira dele rapidinho só para a gente ver o que acontece, Dionísia — a garota de cabelos verde pede, e as risadas deles enchem o quarto quando reviro meus olhos.

Mesmo revirando olhos para as provocações de todos, prendo um sorriso de canto ao ver que Dionísia também sorrindo das idiotices deles que felizmente a distrairíam bastante por enquanto, especialmente porque eu não sou uma companhia cuja ajuda alguém a se divertir ou distrair, me considero e sei que sou péssimo nisso. Estou contando com eles para esse papel que Shane e Stephan desempenham naturalmente, e Daisy e Penélope aprendem a realizar rapidamente.

— Quando a Didi vai ter alta? —
Stephan pergunta, beija da testa dela e entrega o buquê de flores para ela que sorri sutilmente sussurando um agradecimento.

— O médico disse que vai me deixar em observação hoje e talvez me libere amanhã — ela responde, seus dedos brincam com uma das pétalas das flores coloridas.

— Está sentindo muita dor? —
Shane murmura, do lado de Penélope após também beijar a testa do meu anjo.

— Um pouco. Dá para suportar. Só piora quando me mexo — ela faz uma careta, já entediada da posição pelo que percebo. A sua maior dificuldade no momento e que persistiria durante a recuperação seria ficar parada, não poder se mexer livremente e esquecer que não pode ao tentar se mexer.

— E como é ter enfermeiros cursados e o Lucius como enfermeiro totalmente inexperiente??? — Stephan sorri ao questioná-la.

— Se continuar me provocando vai descobrir quando parar em uma maca com alguns ossos quebrados — respondo, tirando meu celular do bolso ao sentir ele vibrar pela chegada de mensagens.

Heart ProblemsWhere stories live. Discover now