capítulo 38

134 6 0
                                    

Depois que Guilherme voltou com o seu Geraldo, ele foi na cozinha beber água quando viu o Luiz saindo dali.

— oh Luiz, eu deixei para ir amanhã já que estamos todos cansados por causa do serviço, tirando assim um dia descanso,você se importa? Perguntou Guilherme 

— não que isso, respondeu Luiz.

— Sairemos cedo amanhã, falou Guilherme com o Luiz concordando. O dia estava passando e com ela noite também, com o raiar de mais um novo dia.

Guilherme havia levantado cedo, tomando café e arrumado para sair junto com o seu amigo Luiz,  Patrícia e seus pais indo para a comitiva, que havia dado início no final da tarde do dia anterior, com o encontro dos cavaleiros, sendo prosseguido durante a noite.

Eliza já havia feito a mesma coisa assim que levantou da cama, se arrumando para irem festejar com os seus pais indo de charrete já que era o único meio de transporte que eles tinham, assim que chegaram no povoado seu pai colocou o cavalo amarrado embaixo de uma árvore enquanto as duas desciam da charrete e ajeitando a roupa no corpo, saindo os três juntos.

Eles estavam andando juntos separados em família, Eliza estava longe quando Guilherme a viu, ele saiu de perto da Patrícia já que Luiz tinha saído a procura de bebida indo na direção de sua amada  que chegou por trás a abraçando dando um beijo em seu pescoço, o que fez ela assustar pela sua ação, não esperando dele fazer tal ato.

— vai dar susto em outro, diz Eliza ao se  virar num pulo, com a mão no peito.

— que isso Eliza, não sou um fantasma para se assustar assim, diz Guilherme com ironia.

— bom dia dona Cida, seu Geraldo, comprimentou Guilherme com um aperto de mão ao ver-los.

— bom dia, respondeu os dois juntos.

— ah não, chegando de mansinho assim, igual a cachorro quando quer morder no calcanhar.

— estar me chamando de cachorro? diz com os olhos esbugalhados fazendo um pouco de drama.

— e você estar mais para um, isso sim, disse Eliza convicta do que estava dizendo o empeitando.

— se eu sou o cachorrão, você é a cachorra, diz em provocação, o que fez Eliza mostrar língua para ele de braços cruzados.

— vocês já estão com provocação de novo? Disse Inês ao chegar perto do filho que acabou ouvindo as suas provocações.

— eles nunca aprendem, respondeu Cida.

— Vamos dar um volta, disse Guilherme no seu ouvido enquanto suas mães estavam conversando, saindo os dois dali de mansinho sem as suas mães notarem já que o pai de Eliza tinha saído indo cumprimentar alguns conhecidos.

Sendo deixada sozinha pelo Guilherme sem ele falar para onde iria, Patrícia foi à procura dele e, a muito custo, viu ele com a Eliza andando juntos que resolveu ir atrás deles, estava andando quando sentiu uma mão em seu ombro o que fez ela virar a cabeça para trás vendo quem seria.

— achei bebida, tem pinga, falou Luiz estendendo o copo com o líquido dentro para ela.

— Quero não, obrigada, diz Patrícia voltando a olhar onde tinha visto Guilherme e a moça da cozinha que estava com ele, percebendo que eles não estariam ali o que fez ela perder eles de vista.

— não era você que também estava querendo beber, então Patrícia, disse Luiz ao olhar para ela, que fez ela pegar no copo de forma grosseira bebendo de uma só vez o que fez ela fazer careta devido ao sabor da bebida. — Vamos, para onde deixei o Guilherme? Diz Luiz deixando Patrícia com mais raiva.

— Se não tivesse me chamado saberia onde ele está, diz irada.

— por que? Perguntou curioso.

— Ele saiu de perto de mim e agora está com a caipira.

— a moça da cozinha? Perguntou com ela concordando com um sonoro é — sendo assim vamos deixá- los, disse a puxando saindo dali.

Guilherme e Eliza havia saído de perto de suas mães indo em direção atrás do palanque feito de madeira pelos próprios moradores, longe das vistas dos pais de ambos, ficando assim os dois namorando.

— queria mesmo um lugar mais calmo longe de todos para somente ficar juntinho se ninguém nos perturbar, diz Eliza olhando para ele.

— tenho uma ideia, diz Guilherme a puxando dali indo para um lugar escondido onde só ele sabia da existência do lugar saindo um pouco do povoado, indo para trás de uma das casas entrando numa mata que ao poucos até achar um lugar confortável para ficarem a sós.

— você é doido Guilherme, entrando no terreno dos outros sem pedir se pode, repreendeu Eliza.

— estão todos na festa, os donos nem vai se dar conta que estamos aqui, e agora que não tem ninguém nos olhando que tal aproveitarmos um pouco, diz se aproximando com as mãos em seu rosto para dar um beijo que foi retribuído da mesma forma, na mesma intensidade.

Os dois ficaram ali sem se dar conta do tempo, que parecia infinito sem se importar com as horas, aproveitando o momento entre eles. Eles arrumaram uma forma que de ficar confortável se sentando no chão sem se importar de sujar a roupa, estando os dois em silêncio, Guilherme estava deitado no chão com a cabeça no colo de Eliza fitando o seu rosto, por um longo tempo enquanto ela acariciava o seu rosto e olhando ao seu redor que voltou a olhar novamente para Guilherme.

— Vai ficar me olhando aí até quando? Não se cansa não?

— você é linda Eliza, diz Guilherme olhando o que a deixou vermelha de vergonha — não me cansarei nunca, respondeu Guilherme, fazendo ela olhar para ele ajeitando o seu cabelo atrás da orelha, fazendo brotar um sorriso em seu rosto.

— Você está me deixando sem jeito, respondeu depois de um tempo em silêncio.

— Vamos dar um jeito, meu pai e minha mãe devem estar preocupados com o meu sumiço, diz tentando levantar com ele deitado em seu colo.

— mas primeiro quero um beijo, diz erguendo o seu corpo ficando sentado ao seu lado, dar um beijo que foi aceito de bom agrado a deitando no chão sem parar o beijo, ficando assim até perder o fôlego.

Com muito custo eles voltaram para a festa com seus pais preocupados, assim que os viu ficaram aliviados.

— onde você está Eliza? Disse seu pai.

— estávamos andando, pai, respondeu Eliza, ainda segurando a mão do Guilherme.

— onde? Perguntou novamente seu pai.

— por aí, pai, respondeu Eliza novamente.

— não se preocupem seu Geraldo, estávamos andando no meio da festa, pelo menos ela estava acompanhada e não sozinha, mesmo sendo aqui não sabemos o que se passa na cabeça dos outros, só estava fazendo companhia para evitarmos de terem problemas.

— deixem os dois Geraldo, disse Cida

— Não façam passar mais um susto desses, sumindo desse jeito, falou Inês — avisa.

— minha mãe, eu só queria aproveitar que estamos aqui e namorar mais um pouco, respondeu olhando para sua mãe. — e já somos grandes, mãe, e não criança, não tem por que fazer essa tempestade toda.

— e vocês fazem esse show todo logo aqui se fosse em casa não falaria nada, mas aqui, reclamou Eliza ao seus pais, que ainda segurava na mão do Guilherme o puxando saindo dali com ele atrás.

Doce Proibido Where stories live. Discover now