capítulo 58

113 5 0
                                    

— O que estava fazendo aqui nestes um pouco mais de oito meses? Perguntou Joaquim.

— Eu gostei daqui, pai respondeu Patrícia.

— Gostou do quê da mordomia, por que ela não pegava num copo para lavar enquanto todos trabalham sendo a única atoa, falou dona Inês já cansada.

— e outra ela não tem um pingo de respeito nenhum já me viviam me insultando como que é, diz pegando no queixo para pensar.

— velha né, não é isso que me chamava sem conta que a expulsei dessa casa pois já não aguentava mais, o meu estopim já estava curto, sendo que caçou briga tudo por causa de que café acha que somo obrigados a fazer o que ela quer na hora dela já que acordava tarde, acordava não acorda ainda até hoje, falou Inês tudo que ela vinha fazendo deixando os seus pais brancos, já não tinha cor mais de tanta vergonha da Patrícia, vendo a pessoa que filha se tornou.

— Pegue as suas coisas que você vai embora daqui é hoje, falou seu pai irado a Patrícia.

— mas… pai?

— mas nada PATRÍCIA, AGORA, gritou Joaquim, ela saiu dali indo para o quarto furiosa, Joaquim voltou a olhar a sua esposa com olhar de reprovação já que ela fazia todos os caprichos da filha o que fez Patrícia tornar-se uma pessoa mimada.

Guilherme estava aliviado já que Patrícia iria embora dali e não teria que se preocupar com nada que as coisas iriam voltar como era antes sem ninguém para o atrapalhar em nada da sua vida.

Patrícia estava no quarto sentada na cama com raiva e irada já que seu pai a obrigaria a voltar, pelo fato de não ter casamento.

“— O Guilherme é meu, meu, meu,diz balançando a cabeça para os lados olhando para fora ficando fora de si.”

Por causa desse misto de sentimentos que estava dentro dela que não percebeu que a bolsa amniótica tinha estourado fazendo assim o líquido que estava nele soltado molhando as suas pernas, minutos antes de começar as dores do parto.

Ainda estando no quarto Patrícia soltou um grito de dor  já que estava intensa, o que levou a sua mãe sair o mais rápido possível da sala já que estava na sala junto com os outros conversando indo até o quarto onde Patrícia estava.

— O que aconteceu, Patrícia? Perguntou, sua mãe preocupada.

— Tá doendo, doendo muito, falou colocando a mão no ventre da barriga, sua mãe ao ver tentou acalmar ela um pouco antes de chamar ajuda.

Guilherme estava na sala junto com seus pais e seu Joaquim conversando, depois de ter acalmado os seus nervos.

— seu Joaquim, depois de tudo que falei não irei continuar esse casamento sem cabimento já que a criança não é meu filho, estava casando é por causa dele eu mesmo falei para a Patrícia, eu não a amo, amo outra pessoa e ela usou essa criança para me forçar a casar com ela.

— mas não dá para deixar a minha filha assim, falou Joaquim preocupado com a reputação da filha.

— irei procurar a saber quem é o pai da criança para assim cuidar dele ou dela já que não sabemos o sexo da criança, mas, casamento não terá mais, falou Guilherme o que fez Joaquim aceitar com muito custo, Ana foi correndo para a sala pedir ajuda.

— Me ajude a Patrícia, ela está em trabalho de parto, temos que levar ela para o hospital, falou Ana deixando todos alarmados.

— Guilherme chame a dona Toninha, falou dona Inês o fez Guilherme sair dali correndo para pegar um cavalo indo em direção da casa da parteira, assim que ele chegou na casa ele a via no quintal da casa lavando verduras para a janta.

— dona Toninha, estamos precisando da senhora para fazer um parto na fazenda, falou Guilherme o que a deixou alarmada deixando todo o serviço que estava fazendo parado e deixando um aviso para quando o seu marido chegar da roça saber onde ela está, como Guilherme estava de cavalo se dispõe a levar ela na garupa para assim andar rápido.

Chegando na fazenda, dona Toninha havia entrado para dentro junto do Guilherme, ouvindo gritos da Patrícia vindo do quarto.

— Tira essa coisa de mim, está doendo, falou gemendo de dor.

— Se acalme, falou Toninha tentando acalmar.

— tira isso logo, diz Patrícia impaciente.

— não vai ser eu que vou tirar, vai ser você eu só estou aqui para auxiliar no processo, respondeu Toninha calma olhando a dilatação para a saída da criança — falta pouco falou vendo que estava coroando — na próxima dor faça força para sair.

Mas uma hora depois ecoou choro da criança que acabava de vir ao mundo, Toninha depois de ajeitar a criança estava a levar para a mãe poder amamentar como teria que ser.

— o seu filho moça é um belo de um rapazinho, falou lhe entregando.

— eu não quero saber dessa criança, ele acabou com o meu corpo, falou rejeitado — tira ele daqui, falou assustando mais a senhora que estava com o menino.

— mãe que rejeita a criança a nascer não é mãe, se não queria ter filho e só não fizesse, disse Toninha não gostando do comportamento.

— é um menino senhores, falou Toninha já na sala com a criança nos braços.

— ah, um rapaz, falou Ana feliz. — e como está minha filha? Vamos levar a criança para amamentar- lá? Perguntou Ana preocupada.

— Ela está bem, você é a mãe da moça? Falou Toninha com a Ana concordando — ela o rejeitou, não quis a criança, falou que acabou com o corpo dela, falou saindo com a criança nos braços.

— posso pegar? Perguntou Guilherme ao ver a criança  assim que Toninha o entregou ele olhou para a criança percebendo que não tinha nenhum traço dele no menino.

Doce Proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora