Criminal Minds Second Season

Tyler Holmes is back

- Claire?

Ela não respondeu, ficou estática.

- O que está fazendo aqui? - me aproximei dela e ela se esquivou, indo para o outro lado do quarto.

- Fique longe de mim, Justin! Senão eu grito.

- Não, não faça isso. Eu não vou te fazer mal nenhum.

- Eu sei disso - ela disse desafiadora. Quando ela criou tanta confiança assim?

- Então, por que foge?

- Porque não quero contato com você. Sua mãe me disse que não estaria em casa pelo resto da semana, mas parece que ela mentiu pra mim.

- Não, não. Eu realmente ia viajar, mas rolou uns problemas e o voo atrasou, não tive paciência para esperar. Se é pra dormir no aeroporto, melhor dormir aqui.

- Não precisa me dar satisfações, Justin. O problema é todo seu. Agora, com licença. Vou embora.

Claire começou a juntar suas coisas. Ela arrumava tudo com tanta pressa e tanta agilidade que até me surpreendia.

- Vem cá, como você soube que eu estava aqui? Por que veio justo a esse quarto? Não é possível.

Fiquei com vergonha de contar, mas ela parecia ainda acreditar que minha mãe havia mentido para ela e eu não poderia deixar isso acontecer.

- Eu... - respirei fundo. - Vim pegar maconha. Eu sempre escondo aqui, porque minha mãe revista minhas coisas e lá no escritório já não tinha mais.

- Hm - ela murmurou. - Droga, esqueci meus sapatos.

- Por favor, vamos conversar. Só isso, nada mais.

Eu tentava parecer o mais calmo possível, não causar gritos nem nada. Mas a minha vontade era gritar e implorar para aquela mulher ficar comigo.

- Nós já conversamos, lembra? Não há mais nada para dizer. Agora me dê licença, eu preciso buscar meus sapatos lá em baixo.

Quando ela ia sair, eu corri e fechei a porta. Ela bufou.

- Você não me intimida mais, se você não sair da minha frente, eu vou gritar.

- Por que me evita tanto? Por que não gosta de chegar perto de mim? Por quê?

- Porque eu amo minha família e não quero destruí-la por tão pouco - Respondeu rudemente.

Essas palavras foram como uma facada em meu peito, eu era o pouco que ela dizia.

- Caso não se lembre, eu tenho uma filha e...

- E ela é adorável. Eu a adoro. Ela poderia ser minha filha - Disse, a interrompendo.

- Felizmente não é - ela forçou um sorriso.

- Por que está sendo tão dura comigo?

- Você é tão cínico, como consegue? - Ela perdeu a paciência e começou a falar. -Ainda pergunta por que sou dura com você? Você me maltratou, me bateu, sempre me tratou como se eu não valesse nada, me fez ter uma doença grave e passar três meses numa clínica de reabilitação, usava e abusava de mim e sempre acreditou mais nos outros do que em mim. Eu era um objeto que você simplesmente usava quando queria sem se importar com o depois.

- Você tem razão, tem toda a razão. Como eu já disse, eu tenho plena consciência do quanto fui errado, mas nos dê outra chance.

Ela riu pelo nariz com deboche.