Night out

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Rachel's POV

Tyler estava fora de controle. A sala de estar de sua casa agora estava completamente destruída. Móveis virados, vasos e enfeites quebrados, parecia o cenário de um campo de batalha após uma guerra. E agora, seu escritório estava ficando igualzinho. Já havia desistido de tentar acalmá-lo, as empregadas nem chegavam perto, morriam de medo dele normalmente, não gostariam de chegar nem a cem metros dele nesse estado.

- Você tem que ficar calmo, porra! – gritei com ele, tentando pará-lo enquanto ele jogava os livros de uma prateleira no chão. – Isso não vai trazer a porra da vadia de volta, você tem que se acalmar e pensar em algo.

- Você não entende! – gritou ele de volta, veias do pescoço saltadas, rosto vermelho assim como seus olhos, o bafo forte de bebida soprando em meu rosto. – Eu a amo tanto – e lá vinham as lágrimas de bêbado novamente. – Por que ela fez isso comigo? Eu dei tudo pra ela! Tudo! E ela me abandonou, foi embora.

- Sim, Tyler, eu te entendo. Ser trocado e abandonado por quem você ama dói. Mas levanta a cabeça, nós vamos agir e conseguir reverter a situação. Eles não vão ser felizes, brincar de ser o casalzinho perfeito, não enquanto estivermos aqui, entendido? Fazer esse showzinho e quebrar a casa toda a essa hora da madrugada não vai adiantar de merda nenhuma!

Ignorando-me, ele voltou ao seu ataque de fúria. Gritando, falando sozinho, jogando e quebrando coisas. Eu já havia presenciado muitos ataques de fúria dele, mas devo dizer que este é o pior de todos. Durante todos esses anos eu pensei que o que ele queria com o projeto de vadia era se vingar de Justin, mas não. Ele a amava mesmo e isso era nojento, porque era demais, era doentio, era mais do que eu tive dele um dia.

Um grito mais alto de Tyler me tirou de meus devaneios, fazendo com que eu voltasse minha atenção para ele.

- Que merda você fez? – gritei exasperada, vendo o estado de suas mãos. – Você é louco, Tyler, precisa se tratar.

- Cala a porra da boca e me ajuda, tá doendo – revirei os olhos e saí correndo para a cozinha, pegando o primeiro pano que vi. Voltei correndo ao escritório e envolvi suas mãos que sangravam de um modo assustador e apertei um pouco. – Porra, vadia, tá doendo!

- Eu estou te ajudando então é melhor você calar a merda da boca, estou aguentando seu surto há quase seis horas! – retruquei irritada.

Saí o puxando para o segundo andar e ele tropeçava em seus próprios pés de tão bêbado que estava. Levei-o até seu quarto e o empurrei para dentro do banheiro. Seu estado estava deplorável, completamente bêbado, todo o seu corpo exalava odor de álcool, rosto inchado de tanto chorar, a roupa agora suja do sangue de suas mãos.

Revirei os olhos e comecei a desabotoar sua camisa que antes era branca, mas agora continha manchas escuras de sangue.

- Não vou transar com você, não vou! – disse ele, embolando-se nas palavras. Ri debochada, revirando os olhos.

- Acha que você neste estado deplorável, chorando por outra, me excita? Sexo por caridade não é a minha. Nesse momento você parece um perdedor e eu gosto de você na sua pose sexy de vencedor. Isso sim me deixa excitada.

Terminei de tirar sua roupa com um pouco de dificuldade por causa de sua relutância. Chequei suas mãos para ver se havia algum caco de vidro e por fim o empurrei para debaixo da ducha gelada, ignorando os xingamentos e protestos dele. Estava parecendo uma criança mimada e já havia ultrapassado minha curta cota de paciência pelo resto do mês.

Após uma luta para ajuda-lo a tomar banho, desliguei o chuveiro e joguei uma toalha para ele para que ele se secasse e o fiz vestir alguma coisa. Os cortes em suas mãos não foram nada preocupantes. Empurrei-o para a cama, fazendo-o se deitar e o cobri.

Criminal Minds Second SeasonDonde viven las historias. Descúbrelo ahora