Criminal Minds Second Season

Happy after all

Rachel's POV

O silêncio já durava minutos a fio e eu não sabia o que dizer, na verdade, não tinha nada que eu pudesse dizer. Sebastian continuava ali na minha frente, sentado na poltrona do meu quarto de hotel, pensativo. Eu sentia a tensão dele de longe.

Depois de termos nos esbarrado na cafeteria, digamos que minha reação não tinha sido das melhores. Acabei passando mal e ele me levou ao pronto socorro, onde obviamente descobriu que eu estava grávida. E eu, não tive como negar que era dele, afinal, meu tempo de gestação batia com o tempo que estivemos juntos.

Sebastian me levou de volta ao meu hotel depois de tudo e agora estava ali há minutos sem dizer nada. O silêncio estava me incomodando como nunca.

- Quando você iria me contar? – perguntou quando finalmente disse algo. Seu tom de voz não me permitiu identificar o que ele estava sentindo, muito menos a expressão em seu rosto, já que ele não estava olhando pra mim.

- Eu não sei – confessei. – Vim pra cá pensando que deveria ir até você e contar isso, já que é seu direito de saber. Mas depois do que eu fiz, me faltava a coragem.

- E então você ia acabar deixando pra lá até sabe-se lá quando?

- Sebastian...

- Não, Rachel, não tem justificativa. Não basta você ter ido embora nas vésperas da nossa mudança, você ainda esconde que está esperando um filho meu por todo esse tempo, prestes a completar quatro meses de gestação.

- Eu mesma demorei a saber que estava grávida – tentei justificar. – Quando soube, decidi resolver todos os meus problemas em Atlanta e mudar de vida de vez.

- Mudar a vida pra qual você voltou, mesmo sempre me dizendo que se arrependia e que era um passado sujo. Motivo pelo qual você nunca se abriu comigo, e motivo pelo qual você me abandonou.

- Se eu tivesse contado quem eu era, você me desprezaria.

- Se você tivesse me contado quem você era, no mínimo eu teria tentado entender.

- Não acho que seria dessa maneira.

- Então você não me conhece.

Respirei fundo e não disse mais nada por algum tempo, ele também não. Pra mim ele só dizia com tanta certeza que teria me entendido, porque não fazia ideia de todas as coisas que já tinha feito naquela vida.

- Eu sempre te disse que não te obrigaria me falar nada e que não me importava o que você tinha feito antes de mim. E realmente não me importava, não me importa. Tudo o que eu queria da sua parte era confiança e honestidade, e isso você nunca teve comigo. Nunca te pressionei, sempre dei seu espaço e respeitei, pensando que um dia você se abriria comigo, porque é isso o que a gente faz quando ama alguém. A gente respeita e espera. E eu te amava, você sabe disso. Mas eu não acho que esse sentimento tenha sido recíproco, já que você foi embora.

- Eu não sei o que é amor, Sebastian.

- Tendo em vista o que você fez comigo, não acho que saiba mesmo.

Ouvir aquilo me magoou, mas não retruquei. Ele estava no direito de jogar em mim toda a merda que quisesse, e ainda está pegando bem leve, ainda estava ali. Só por isso, já estava sendo mais do que eu podia esperar.

- Sei que nunca vai me perdoar e tem todo o direito. Eu entendo isso.

- Eu sei que vou perdoar você, e também preciso disso. Afinal, vamos ter um filho juntos e no mínimo temos que nos dar bem pelo bem dele. Mas isso não vai acontecer hoje, nem amanhã.