Searching for happiness

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Mason's POV

A risada contagiante entrava por meus ouvidos e levava para todo o meu corpo uma felicidade que há muito tempo eu não sentia.

- Mais alto! Mais alto! – a menina pedia entre risadas, balançando as pernas a cada vez que o balanço alcançava as alturas.

- Se eu empurrar mais alto, você vai cair.

- Mas aí você me segura, né? Olha esse bracinho fortão! – não pude evitar rir com sua resposta.

Parei de empurrar o balanço apesar dos protestos da criança e aos poucos a velocidade e altura do brinquedo foram diminuindo. Abby saltou do mesmo para vir agarrar minhas pernas. A peguei no colo, abraçando forte e sentindo o cheiro de seus cabelos castanhos levemente avermelhados, do mesmo tom dos da mãe. Ao pensar em Diana senti a dor familiar, e respirei fundo para mandar os pensamentos sobre ela embora.

- Agora a gente vai brincar de festa do chazinho!

- Outra brincadeira? Nós já brincamos de quatro coisas diferentes nas últimas duas horas.

- É porque você demora pra vir aqui, papai. Então a gente tem que brincar de tudo.

Apesar da inocência nas palavras dela, sem a mínima intenção de me machucar de forma alguma, aquelas palavras me atingiram. Eu me sentia um merda por não estar mais sendo presente na vida de Abigail, mas era necessário estar longe, eu precisava fazer justiça à morte de minha esposa e meu filho. Só depois de conseguir isso eu poderia ter paz para viver minha vida com minha filha.

- Você desculpa o seu pai?

- Claro que sim, você é meu papai. E eu amo você um monte assim – Abby abriu os braços, indicando o tamanho de seu amor por mim. Eu sorri.

- Só isso?

- Não, eu te amo um monte bem grande. Mas é que meu braço é pequeno, né?

- Ah, sim – respondi rindo. – Eu também te amo um monte.

- Ei, vocês! – disse Nancy, avó dela e mãe de Diana, aparecendo na porta que levava ao quintal dos fundos. – O bolo está pronto, vamos comer.

- Bolo, bolo, bolo! – disse Abby, empolgada. Comecei a caminhar com ela ainda em meu colo para a cozinha antes que ela saltasse do meu colo de tanta empolgação.

Nancy serviu Abby e a deixou comer na sala enquanto assistia desenho animado. Desta forma, ficamos eu e ela na cozinha, um de frente para o outro.

- Quantos dias mais você vai ficar? – perguntou Nancy, adoçando seu café.

- Vou embora amanhã mesmo. Bem cedo. Nem era uma boa para eu sair de Atlanta, mas precisava ver Abby – respondi. – Tenho passado tempo demais longe dela, isso me mata.

- Ela entenderá mais tarde que você está buscando o melhor para vocês dois.

Para Nancy eu estava morando em Atlanta porque tinha arrumado um trabalho que me permitira comprar uma nova casa em outra cidade para viver com Abigail. Ela não fazia ideia do real motivo pelo qual eu estava longe, e não podia saber. Nancy também me tinha como um filho, e saber que eu estava no meio de pessoas como as que me rodeavam agora, a deixaria preocupada e eu não queria isso.

- Alguma novidade sobre a venda da casa? – perguntei.

- Dois interessados. Deixei tudo na mão do corretor, eu não suporto sequer pisar no jardim. É muito doloroso porque não há como evitar pensar no que aconteceu lá com minha filha e meu neto.

Criminal Minds Second SeasonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora