The world falls again

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O mês seguinte se passou devagar, devido à minha ansiedade. Àquela altura meu divórcio com Tyler já não demoraria mais muito tempo a sair, ele não tinha colaborado então tive que tomar medidas mais drásticas que eu não queria tomar, mas que ele me obrigou. Desde o dia em que eu me encontrei brevemente com ele na cafeteria, o assunto da tal viagem não voltou a me assombrar, pelo menos não da parte dele. Vez ou outra o assunto chegava à minha mente, mas eu não me deixava ficar paranóica ou abalada. Minha vida estava nos trilhos novamente e eu estava pronta para brigar pela guarda de minha filha, confiante que desta vez ele não poderia me vencer. Não tinha mais Rachel ao seu lado e eu tinha testemunhas que não poderiam ser anuladas. Eu sabia que nunca poderia me desligar totalmente daquele homem, pois no meio daquilo tudo havia Jane que ainda o adorava, e eu não a faria sofrer fazendo com que ela se afastasse ele. Mas o mais perto de um desligamento quase total dele, eu estava próxima de conseguir.

Naquele dia em especial estávamos todos reunidos na casa de Emma e Ryan. Estávamos comemorando o fato de Ryan estar "de volta à ativa" depois de sua recuperação total. Na verdade aquela era uma desculpa dos homens para se reunirem e consumirem álcool. Mas quem se importava? Depois o susto que todos levamos com o que aconteceu com ele, era mais do que justo uma boa comemoração.

- Ai dele se não tomar cuidado a partir de agora - dizia Emma, daquele seu jeito que nunca mudaria. - Eu que não crio essa criança sozinha. Eu não fui a única a achar gostoso enquanto fazíamos!

- Foi gostoso, é? Conte-me mais, morena! - disse Christian de um jeito sacana, arrancando risada dos outros.

- Mais tarde te dou os detalhes sórdidos pra ajudar na sua punheta das três da manhã - ela retrucou, com respostas afiadas na língua desde sempre, arrancando ainda mais risadas.

- Já pensou em nomes para o bebê, amiga? - perguntei.

- Ainda não. Nada que vem à cabeça me agrada muito.

- E aparentemente eu não tenho o direito de sugerir nada - Ryan resmungou.

- Eu vou parir essa criança. Então é mais do que óbvio de que o direito de escolha é meu. Eu tenho o pressentimento de que vai ser um menino!

Todos começaram a debater sobre suas preferências de sexo do bebê e sugerir nomes que Emma recusava sem pestanejar, alegando que a escolha era dela e fim de papo. Estávamos todos tão animados e entretidos na conversa, acho que fui a única a notar quando Mason foi se afastando até parar a bons metros de distância de onde estávamos. Então pegou um cigarro no bolso, acendeu e começar a fumar.

Só então me toquei do porquê de ele ter se afastado da roda de conversa e senti pena. No início não havia simpatizado nem um pouco com Mason, algo nele não me cheirava a coisa boa, mas depois de saber de sua história, decidi pegar mais leve. Não conseguia nem imaginar o tamanho da dor e sofrimento que ele passou e agora me colocava no lugar dele, pensando na dor que deveria tê-lo atingido ao nos ouvir tão animados falando sobre o bebê de Ryan e Emma, ao vê-los construindo uma família quando ele havia perdido toda a sua há menos de dois anos.

Levantei-me e fui andando até onde Mason estava, sorri sem jeito quando me aproximei dele. Ele me olhou e não disse nada, apenas continuou a fumar seu cigarro.

- Você se afastou da conversa de repente. Sei que não se sente confortável sobre o assunto.

- E? Sei que você não é minha maior fã, não precisa se incomodar em forçar a simpatia. Tô acostumado a lidar com essa dor sozinho.

- Depois que Justin me contou um pouco sobre sua história eu passei a me sentir mal por ter te julgado sem conhecer. Peço desculpas.

Ele deu de ombros.

Criminal Minds Second SeasonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora