Criminal Minds Second Season

Breakdown

Sem esperar mais um único segundo, lancei meu punho de encontro ao seu rosto, fazendo com que o mesmo virasse brutalmente. Antes que ele pudesse se recuperar do primeiro soco, dei o segundo, desta vez colocando mais força em meu punho.

Cada célula do meu corpo fervia em ódio e eu não ia me conter, eu lhe daria uma lição de uma vez por todas, o faria aprender que ele não podia mexer com Claire, e muito menos comigo. Ele não ia fazer seu jogo sujo enquanto eu estivesse por perto para protegê-la.

Eu não conseguia e nem queria parar a sessão de socos que eu lançava contra ele. Tyler se debatia, louco para se soltar e revidar os meus golpes, mas era incapaz de se soltar.

- Qual é, Bieber? – disse ele, após passar a língua no canto da boca cortada, sentindo o ferimento. – Não se garante numa briga sozinho comigo?

- Numa briga com você eu me garanto, com certeza. Só estou sendo covarde com você do mesmo modo que está sendo com Claire em ameaça-la em seu pronto fraco, sem lhe dar chance de defesa.

Dei mais um soco, com ainda mais raiva, e este teria o lançado para trás se Chaz e Ryan não estivessem sendo firmes ao imobilizá-lo. A raiva dentro de mim era tão grande que não permitia ficar cansado, ou sentir dor nos nós dos dedos quando os mesmos chocavam-se contra os ossos de seu rosto. A satisfação de ver o sangue escorrer por seu rosto era muito maior do que qualquer outra coisa no momento. Lancei meu pé contra seu estômago, fazendo-o cair no chão, tossindo.

- Levantem ele – falei ríspido, limpando o suor de minha testa.

- Justin, já foi o suficiente. Chega – Ryan disse.

- Eu disse pra levantarem ele, porra! – disse com um tom de voz mais alto e impaciente.

Ryan e Chaz se entreolharam e finalmente ergueram Tyler novamente, que agora mal tinha forças para se manter de pé. O sangue de seu rosto agora pingava por sua camisa e seu olho direito começava a inchar.

Dei uma sessão de socos diretos em seu estômago, deixando-o sem ar. Finalizei com um chute em suas pernas que já estavam fracas, e as mesmas cederam, fazendo com que ele caísse de joelhos. Respirando ofegante, Tyler tossiu e cuspiu sangue no carpete claro.

Notei minha camisa branca suja com o sangue dele, então não me importei de limpar as mãos ali mesmo. Agora eu me sentia satisfeito, não tanto quanto eu me sentiria se tivesse apertado o gatilho de uma arma e depositado uma bala em sua testa, mas tão satisfeito quanto eu poderia estar.

Bom, pelo menos era isso o que eu pensava até ter uma surpresa.

Jane.

A voz dela vinha pelo corredor, alegre, acompanhada de seus passos rápidos. Ela chamava por Tyler e perguntava porque ele estava demorando tanto. Mas quando ela chegou na sala e viu toda aquela cena, congelou. Foi questão de segundos até que as lágrimas enchessem seus olhos e começassem a cair. Ela se escondeu atrás da escultura que havia perto da escada e ficou ali, encarando a sala, revezando os olhares entre Tyler no chão, minha camisa manchada de sangue e meus olhos.

Merda.

Olhei para Chaz e Ryan completamente perdido, procurando alguma dica ou conselho nos olhos deles, mas eles estavam tão surpresos e perdidos quanto eu. Só quando o choro de Jane se tornou alto eu despertei de meu transe e obriguei minhas pernas se moverem na direção dela.

Quando viu que eu estava prestes a chegar perto, ela tentou se esconder mais atrás da escultura, como se aquilo pudesse protegê-la de mim. Simplesmente pensar que ela pudesse me temer me dilacerava por dentro. Vai dar tudo certo, você só precisa manter a calma, eu dizia para mim mesmo em pensamento, tentando me convencer de que calma era tudo o que eu precisava para apagar a grande merda que eu havia feito.