Fuga

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Hermione acorda numa sala fria e escura. Pansy Parkinson estava estendendo um copo de água e um pão.

—Não estou fazendo por você. Estou fazendo pelo Draco.

Mesmo assim, Hermione agradeceu.

—Por favor, leve-me até ele. — pediu Hermione em meio às mastigadas.

—Você só pode estar ficando louca né? Isso aqui é um covil, cheinho de gente que odeia você. Inclusive eu. — disse e cruzou os braços. Mas logo se rendeu. — Tem que ser rápido. E você tem que fazer muito silêncio. Ele está descansando no quarto dele, no final do corredor. Já está tudo certo, sábado ele casará com Daphne.

Hermione sentiu uma pontada no estômago. Os gritos de Draco não saiam de sua cabeça. Ficavam ecoando sem parar.

—Leve-me até ele.— disse com o rosto vermelho. Seus olhos ainda estavam muito vermelhos e o rastro das lágrimas secas se fazia visível.

Caminharam no mais absoluto silêncio pelo corredor escuro. Quando Parkinson abriu a porta do quarto de Draco, Hemione correu e se jogou no pescoço dele.

Ela observou o inumeros hematomas sobre a pele branca do menino. Sentiu um aperto no peito, um nó na garganta.

—Eu vou cuidar de você, eu prometo. dizia em quanto acariciava os cabelos louros dele.

—Hermione, fuja. Você prometeu que salvaria sua vida. — disse ele com a voz cortada. Ainda esva muito debilitado.

—É o que eu estou tentando fazer. — disse ela.

Ele a fitou. Sentiu seu coração se desmanchar com essa frase, mas não tinha condição física de abraça-la como ela merecia. Ainda sentia dor, e para se mexer precisavs de um certo esforço.

—Não torne as coisas mais difíceis, Hermione. — tentou levantar a mão para fazer um carinho nela, mas não conseguiu. Tinha perdido muita energia. Ela percebeu e segurou a mão dele. — Vá embora, fuja. Viva sua vida.

—Não existe vida sem você.

—Você tem que voltar, Granger. — Parkinson cutucou o braço dela, irritada com toda essa cena. —Vamos, antes que nos achem aqui.

Hermione deu um beijo na testa de Malfoy.

—Eu vou tirar você daqui. — respondeu.

—Vamos logo, Granger. — apressou Parkinson.

Hermione saiu do quarto, acompanhada da sonserina. Voltou para o quarto onde estava. Ficou lá, no escuro, sentada no chão.

Pensou em mexer na sua bolsinha para ver se encontrava algo que a ajudasse, mas teve medo de que alguém entrasse e descobrisse sua bolsa.

Ficou parada, encostada na parede, abraçada em seus joelhos. A escuridão da sala era densa, e ainda ecoava na sua mente aqueles sons indencritíveis na noite passada.

Algum tempo depois, escutou um som seco, como um galho que se parte. Levantou a cabeça e viu uma finha linha de luz. A porta estava sendo aberta de vagar.

Entra uma criatura pequena, com uma vela, fechando a porta atrás de si.

—Olá, senhorita Hermione. — disse a voz tremula que conhecia.

—Monstro! Como soube que eu estava aqui?

—Eu a procurei pela casa inteira, senhorita. — disse ele. — Vamos, dê-me a sua mão, te ajudo a fugir daqui. Os aurores estão a caminho.

—Espere, temos que levar Draco.

—Tem guardas na frente de seu quarto, senhorita. É muito perigoso irmos pelo corredor. — respondeu Monstro, esfregando seus dedos nodosos uns nos outros.

—Então aparate para o quarto dele, depois para o Largo Grimmauld. — disse ela.

Assim o fizeram. Quando chegaram no Largo Grimmauld, Harry já os esperava. Ele estava acompanhado de Molly e Arthur Weasley.

—Oh meu deus, o que fizeram com vocês? — Molly assustou-se ao ver o estado dos dois. Arthur ajudou a deitar Malfoy no sofá.

—Minha mãe não aceitou bem o fato de eu gostar de Hermione. — disse Malfoy com dificuldade. Tinha um corte no supercilioe inumeros hematomas.

—Já estamos cuidando disso. Enviamos aurores para sua casa. Assim que Harry notou a ausência de vocês ele nos enviou uma carta.

—Saimos para buscar comida e fomos capturados. — disse Hermione.

—Você foi muito imprudente, Hermione. Eu compraria se você me pedisse.

—McGonagall está preocupadíssima com vocês. Vocês sumiram do nada e não mandaram notícias durante dias! — exclamou Molly.

—Estávamos com medo. — disse Hermione, em tom baixo.

—Tudo bem, pelo menos vocês estão em casa. E estão vivos. Acho que devemos levar Malfoy para o hospital. — disse senhor Weasley. Molly concordou.

Foram para o hospital. Hermione não saiu do lado de Malfoy nem por um segundo.

o Leão e a CobraOnde histórias criam vida. Descubra agora