o Leão e a Cobra

Presente de Natal

Quando voltaram para a mesa, Emília estava muito emburrada, em silêncio, com os braços cruzados.

A torta já estava na mesa, e Daphne sorria.

—Eu estava esperando por você. — disse ela.

Hermione se sentou e cortou uma fatia.

—Primeiro pedaço é seu, irmã. — disse ela, passando uma fatia generosa para Daphne.

—Voce tem certeza? Pode comer se quiser. — piscou os longos cílios loiros. Hermione sorriu.

—Coma.

E então Daphne aceitou a fatia, e Hermione cortou uma para si mesma.

Elas comeram em silêncio. Malfoy observava cada movimento que Hermione fazia. Depois da mudança ela havia sido dotada de uma graciosidade hipnotizante.

—Agora a nossa tradição especial. — disse Daphne. Olhou para Hermione, e Hermione a aguardou, mastigando o último pedaço de sua torta. — Eu sei que você trouxe a garrafa por que eu a vi guardando. — disse ela, girando o garfo entre os dedos.

E Hermione puxou de dentro da bolsinha aquela garrafa de whisky laranja.

Despejou um pouco em um copo para Daphne e um pouco para ela. Elas brindaram e beberam suas doses de whisky em um gole só.

—Já tem até tradição especial... — resmungou Emília. Malfoy deu uma risadinha e Daphne piscou para Hermione.

—Belo café da manhã, irmã. Torta e Whisky. — disse ela, entornando whisky no copo mais uma vez.

—Repetiremos sempre que quiser. — respondeu Hermione.

—Certo, eu tenho que ir por que eu tenho um baile para organizar. — disse Emília. E então Hermione se lembrou logo no inicio do ano, Minerva falou do baile. Não deu nenhuma informação relevante, mas disse que seria realizado um baile. E os monitores iriam organiza-lo. — Vamos, Draco. Aproveitar o resto do dia para deixar o projeto pronto. O baile será na primavera.— disse ela. E Malfoy se levantou.

—Depois nos falamos. Prometo. — disse ele, depois de dar um beijo rápido nos lábios de Hermione e seguir rumo ao castelo com Emília Bulstrode.

Daphne e Hermione se entreolharam.

—Conseguimos irrita-la o suficiente para ela sair fugida daqui. — disse Daphne, com tom vitorioso.

—Não sei se foi realmente uma fuga, já que ela saiu acompanhada pelo meu namorado. — Hermione respondeu enfezada.

—Não se preocupe, faremos ela desestir dele também. Só precisamos pensar com calma. — disse ela, e bebeu sua dose de whisky.

—Me explica sobre essa coisa de irmãs. — disse Hermione. Daphne serviu mais uma dose de whisky para ela, e uma para Hermione.

—Minhas irmãs são meu braço direito. — disse ela com tranquilidade. — Minhas irmãs até pouco tempo atrás eram Asty, obviamente por que ela já é minha irmã de sangue, e Pansy. — e fez uma pausa para beber seu whisky. Hermione bebeu o dela também. E Daphne fechou a garrafa, como indicativo que de agora não era o momento para estrapolar na bebida.

—Eram? — perguntou Hermione, formando pequenas rugas na testa. Daphne suspirou. 

—Eu fiquei decepcionada com o que elas fizeram. — respondeu ela. — Eu sou contra quem age pelas costas, sou contra covardia. Elas nem te deram oportunidade de se defender. Na época eu fiquei irritada com elas, com você, com o mundo. Mas depois eu vi que elas não são minhas irmãs. Minhas irmãs jamais fariam algo assim.