Lovegood house

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Os quatro caminharam pelas ruas estreitas do vilarejo, cobertas por uma grossa camada de neve. Se apertando por entre as casas de pedra e becos. Foram até atrás do cabeça de javali. 

Luna segurou a mão deles e aparataram. Em segundos, estavam no jardim de uma bela casa. Não era grande, tinha somente um andar, mas tinha as paredes de madeira pintadas de vermelho escuro, e as janelas pintadas de branco. Parecia extremamente aconchegante. 

Luna caminhou à frente do pequeno grupo, levando até uma porta branca. Ela puxou a varinha. 

—Alohomora! — escutaram um clique e a fechadura se destrancou. Luna empurrou a porta e passou. — Vamos, entrem. 

Ela acenou com a varinha para a lareira e ela se acendeu. Os outros se acomodaram no sofá da sala. 

Hermione olhou em volta. Um tapede puído, a tinta da parede estava um pouco desgastada, uma cortina bordô de aparência pesada, uma mesinha de centro, um porta larga, que levava a mais três porta. Olhou por cima do ombro e viu um balcão de tijolos e a cozinha. 

—Onde está a sua avó, Luna? — perguntou ela, tirando seu casaco e colocando em cima do braço da poltrona. 

—Ah, ela está morta. — disse ela, com toda leveza do mundo, se aproximando do grupo. Hermione quase pareceu se engasgar com aquelas palavras. Olhou para Malfoy e ele estava com a mesma expressão que ela, com os olhos arregalados. Gina deu uma risada. 

—Todo mundo que vem aqui reage do mesmo jeito. — disse Luna. 

—Não por menos, não é? Olha o jeito que você anuncia as coisas. — disse Gina, sorrindo com diversão. Luna deu mais uma risadinha. 

—Ela faleceu faz alguns anos, eu e meu pai continuávamos vindo para cá todo feriado. Mas agora ele não vem mais. — disse ela. E todos ficaram em silêncio por alguns segundos. Como se o assunto tivesse, momentaneamente, se acabado. —Tudo bem, vou fazer macarrão. — levantou-se do sofá e deu a volta no balcão que separava a sala da cozinha. 

—Você cozinha? — perguntou Malfoy, levantando-se e sentando em uma das banquetas altas que ficavam junto ao balcão. 

—Dã. — respondeu apenas. Ele deu uma risada. Hermione se aproximou. 

—Precisa de ajuda? — se ofereceu à amiga, que negou com a cabeça pouco antes de começar a remexer em armários e panelas. 

Em pouco mais de meia hora, um delicioso aroma de molho de tomate pairava sobre eles. E logo, estavam os quatro comendo a comida feita por Luna. Quando terminaram, Malfoy e Hermione cuidaram da louça. 

Passaram a tarde conversando, jogando xadrez de bruxo e bexigas, e tomando chocolates quentes com marshmallow feitos por Luna. 

—Certo, creio estar na hora de voltar, já são quase cinco da tarde. — disse Luna, olhando para seu relógio de bolso. 

Eles se levantaram de onde estavam, sentados no tapete em frente à lareira e foram para a calçada na frente de casa. Seguraram-se uns nos outros e voltaram para trás do cabeça de javali, em Hogsmeade. 

A neve grossa ainda se acumulada pelas estradinhas de pedra, e eles caminharam, entre tropeços e escorregões, pelo caminho que levava à Hogwarts. Subiram pela trilha, e caminharam pela grama escorregadia até chegarem ao pátio, em frente a porta de madeira da entrada. 

Sorriram cúmplices e entraram no grande slão. Estava quente lá dentro, e muito aconchegante, e a sensação de calor ainda aumentava devido às luzes amareladas das velas que flutuavam por cima das mesas. 

Hermione tirou as luvas e guardou-as no bolso do casaco. O grupo ainda estava reunido, próximo a escada de mármore que dava acesso aos andares superiores, quando escutaram o barulho de passos. Os pequenos saltos de madeira de professora McGonagall batiam contra o chão com certa violência, como se fossem pequenos martelos, em passos ritmados e rápidos. 

Ela olhou para o grupo com um olhar impaciente e dirigiu-se direto até Hermione. 

—Francamente, senhorita Granger, pensei que fosse mais inteligente do que isso. Menos 10 pontos para a Sonserina. — disse ela com rispidez. Hermione pareceu se encolher dentro de seu casaco grosso. —Já não aprendeu que não deveria fugir dos limites de Hogwarts? 

—Me desculpa, Minerva. — respondeu, envergonhada de ter sido pega fazendo bobagem outra vez, e ignorando completamente que elas estavam acompanhadas por outras pessoas, e Hermione jamais havia chamado a professora pelo primeiro nome na frente de outras pessoas. Mas nenhuma das duas pareceu perceber. Apesar disso, Gina e Malfoy trocaram olhares curiosos, e Luna estava observando o teto encantado do salão. 

—Eu fui até Hogsmeade procurar você e não a encontrei. Abberforth disse que viu você aparatando atrás da casa dele com outras três pessoas, e eu logo imaginei quem poderia ser. — disse ela, impassível, com os braços cruzados. — Vocês duas, — virou-se para Gina e Luna. — para a sala de Filch agora mesmo. Detenção pelo fim do dia, e pela tarde de amanhã. 

As duas se retiraram em silêncio, e Minerva ficou em silêncio até que elas virassem o corredor. 

—Francamente, Hermione. — disse ela e revirou os olhos com impaciência. Hermione soltou os ombros tensionados. 

—Me desculpa. Eu só queria fazer algo diferente, e fugir um pouco dessa bagunça toda. — disse ela. Malfoy ficava em silêncio, só ouvindo. Não queria dizer alguma bobagem e acabr piorando a situação. 

—Você não tem como fugir de quem você é. E tudo isso que você diz ser uma bagunça, é só uma parte de você. Pode parecer uma confusão agora, mas logo você vai se acostumar e ver que não era tão ruim assim. — McGonagall respondeu, e as linhas de seu rosto de suavizaram. —Não precisa fugir. Sabe que eu deixaria você ir onde quisesse se me pedisse. —disse ela e virou-se para Malfoy. — E você, por que a deixou fugir novamente? — disse ela, juntando as sobrancelhas. 

—Sinceramente, professora McGonagall, — começou a se explicar, passando uma mão pela nuca. Soltou o ar depois de uma pequena pausa, de não mais do que quatro segundos. — essa mulher é capaz de me manipular da forma que quiser. E pra mim isso é um prazer. — respondeu ele, dando um pequeno sorriso de lado. Minverva bufou, enquanto Hermione não conseguiu conbter uma risada. 

—Na minha sala, Hermione. Preciso falar com você. — olhou para Malfoy por cima dos 'pculos quadrados. — À sós. 

o Leão e a CobraOnde histórias criam vida. Descubra agora