Quando chegamos ao interior do campus ele explode de raiva. Toda ela dirigida a mim.
-mas que merda te passou pela cabeça?- ele praticamente berra em cima de mim e eu encolho-me.
-nunca fazes o que te dizem pois não?- ele cospe, mas a minha cabeça continua desligada da minha boca. Quero dizer-lhe que não é meu pai, que não tem poder sobre mim, mas ele tem, ele afeta-me e intimida-me.
Olho para onde ele me agarra no pulso e tenho a sensação de já ter visto a mesma imagem. Levanto a cabeça com os olhos muito abertos e olho-o, o meu olhar parece desarma-lo e acalma-lo mas não sei o que se passa pela cabeça do Harry.
-O que fez o Dean para não gostares dele?- pergunto baixinho
-o Dean não fez nada, eu não fiz nada tu pelo contrário andas pelo mundo a fazer coisas, quando devias estar a descansar.- Ele vai aumentando o nível da voz a cada palavra proferida.
-sabes Harry tu tens um problema.- Apresso-me a começar ao que sou interrompida por um riso sínico.
-ai sim?- ele questiona. – E qual é o meu problema?- Ele destaca o seu meu e isso faz uma raiva crescer dentro de mim
-não te conheço nem á vinte e quatro horas e já te estas a tornar insuportável, tento ser educada para que sejas educado comigo, tento não te chateares para não te chateares comigo, mas no entanto cá estas tu a fazer com que eu diga as coisas erradas.- Eu expludo numa neblina de raiva. E um sorriso torto forma-se no seu lindo semblante.
-tu queres dizer isso não queres?- ele questiona, e eu não entendo.
-isso o que?- não entendi e sinto que ele talvez me queira despistar do meu foco de raciocínio.
-se tu querias mesmo dizer-me o que acabas-te de dizer então posso garantir-te que não estas a dizer a coisa errada. Acho que quem tem o problema és tu minha linda menina.- e o meu coração agita-se de formas nunca antes sentidas ao som das palavras minha linda menina. Eu sei que soou como se ele me estivesse a tratar como uma criança mas eu não consigo parar o rubor na minha cara e as borboletas no meu coração.
- Adoro, literalmente adoro quando ficas vermelha.- Ele sussurra.
E algo em mim me faz quer beija-lo, mas eu não posso eu prometi que me iria portar bem. E não posso, o Harry é o Harry, mas todo o silencio e atmosfera está a ficar quente e densa, é me quase impossível respirar. O Harry tem os lábios entre abertos e neste momento sei que se não for eu a por um travão nas coisa não vai ser ninguém, a forma como os olhos dele predem os meus. Eu não me mexo um centímetro, porque na verdade eu não reparo em mais nada desde ontem a não ser nos seus lindos e carnudos lábios em forma de coração, a forma como um íman me chama para eles faz-me querer perder a cabeça. Mas eu não posso. A bano a cabeça para aclarar as ideias e solto-me do aperto que começou a afrouxar nos meus pulsos.
-Para com isso.- Ele sussurrou e eu não entendi ao que ele se referia
-com o que?- questionei.
-com essa cara de "beija-me oh por favor beija- me"- Não acredito no que acabei de ouvir, foi ele que me puxou não eu. Quem pensa ele que é?
-eu...eu arg deixa-me.
Sai a caminhar devagar consciente da sua presença mesmo atras de mim. Haveria coisa mais humilhante? Ele queria tanto beijar-me como eu. Queria certo? Mas quem estou eu a enganar ele tinha um monte de raparigas á volta dele ontem á noite, o mais provável era só ter estado a brinca com a minha cara. O que é que um tipo como ele, mais bonito que a própria beleza quereria com uma rapariguinha de artes. Ele só divide o apartamento comigo porque como ele disse eram os últimos disponíveis. Eu queria odia-lo mas a única coisa que conseguia era quere-lo ainda mais.
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...