8ºCapitulo

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Quando chegamos ao interior do campus ele explode de raiva. Toda ela dirigida a mim.

-mas que merda te passou pela cabeça?- ele praticamente berra em cima de mim e eu encolho-me.

-nunca fazes o que te dizem pois não?- ele cospe, mas a minha cabeça continua desligada da minha boca. Quero dizer-lhe que não é meu pai, que não tem poder sobre mim, mas ele tem, ele afeta-me e intimida-me.

Olho para onde ele me agarra no pulso e tenho a sensação de já ter visto a mesma imagem. Levanto a cabeça com os olhos muito abertos e olho-o, o meu olhar parece desarma-lo e acalma-lo mas não sei o que se passa pela cabeça do Harry.

-O que fez o Dean para não gostares dele?- pergunto baixinho

-o Dean não fez nada, eu não fiz nada tu pelo contrário andas pelo mundo a fazer coisas, quando devias estar a descansar.- Ele vai aumentando o nível da voz a cada palavra proferida.

-sabes Harry tu tens um problema.- Apresso-me a começar ao que sou interrompida por um riso sínico.

-ai sim?- ele questiona. – E qual é o meu problema?- Ele destaca o seu meu e isso faz uma raiva crescer dentro de mim

-não te conheço nem á vinte e quatro horas e já te estas a tornar insuportável, tento ser educada para que sejas educado comigo, tento não te chateares para não te chateares comigo, mas no entanto cá estas tu a fazer com que eu diga as coisas erradas.- Eu expludo numa neblina de raiva. E um sorriso torto forma-se no seu lindo semblante.

-tu queres dizer isso não queres?- ele questiona, e eu não entendo.

-isso o que?- não entendi e sinto que ele talvez me queira despistar do meu foco de raciocínio.

-se tu querias mesmo dizer-me o que acabas-te de dizer então posso garantir-te que não estas a dizer a coisa errada. Acho que quem tem o problema és tu minha linda menina.- e o meu coração agita-se de formas nunca antes sentidas ao som das palavras minha linda menina. Eu sei que soou como se ele me estivesse a tratar como uma criança mas eu não consigo parar o rubor na minha cara e as borboletas no meu coração.

 - Adoro, literalmente adoro quando ficas vermelha.- Ele sussurra.

 E algo em mim me faz quer beija-lo, mas eu não posso eu prometi que me iria portar bem. E não posso, o Harry é o Harry, mas todo o silencio e atmosfera está a ficar quente e densa, é me quase impossível respirar. O Harry tem os lábios entre abertos e neste momento sei que se não for eu a por um travão nas coisa não vai ser ninguém, a forma como os olhos dele predem os meus. Eu não me mexo um centímetro, porque na verdade eu não reparo em mais nada desde ontem a não ser nos seus lindos e carnudos lábios em forma de coração, a forma como um íman me chama para eles faz-me querer perder a cabeça. Mas eu não posso. A bano a cabeça para aclarar as ideias e solto-me do aperto que começou a afrouxar nos meus pulsos.

-Para com isso.- Ele sussurrou e eu não entendi ao que ele se referia

-com o que?- questionei.

-com essa cara de "beija-me oh por favor beija- me"- Não acredito no que acabei de ouvir, foi ele que me puxou não eu. Quem pensa ele que é?

-eu...eu arg deixa-me.

Sai a caminhar devagar consciente da sua presença mesmo atras de mim. Haveria coisa mais humilhante? Ele queria tanto beijar-me como eu. Queria certo? Mas quem estou eu a enganar ele tinha um monte de raparigas á volta dele ontem á noite, o mais provável era só ter estado a brinca com a minha cara. O que é que um tipo como ele, mais bonito que a própria beleza quereria com uma rapariguinha de artes. Ele só divide o apartamento comigo porque como ele disse eram os últimos disponíveis. Eu queria odia-lo mas a única coisa que conseguia era quere-lo ainda mais.

Vision 1 - The JudgedWhere stories live. Discover now