92ºCapitulo

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-Apenas estou stressado e tu não ajudas em nada.- ele cospe.

-bom eu ajudaria, se não estivesses ocupado a esconder-me tudo.

Ele começa a caminhar á minha frente. As suas passadas fazem quase três das minhas, e tentar acompanha-lo é francamente um trabalho desgastante, a vários níveis. Paro porque o ar frio está a deixar-me ainda mais cansada e não como nada á horas, para alem do batido nenhum alimento solido entrou no meu estomago. O Harry para e olha para mim, o seu olhar suaviza-se e ele anda para trás.

-queres vir ás minha cavalitas?- ele parece divertido.

-ainda estou zangada contigo, mas estou mais cansada do que zangada.- digo.

Ele vira-se e eu salto com facilidade para as costas dele. Ele agarra as minhas coxas de uma maneira adorável e aperta os dedos á volta delas. Encosto a minha cara á curva do seu pescoço e desfruto do seu cheiro. Ele consegue ser tão irritante, mas no momento seguinte ele é o melhor namorado de sempre.

Passo os meus lábios delicadamente pela pele fria do meu adorado e irritado rapaz e ele ri-se. Ele não fala enquanto me transporta e sinto-me feliz, ainda começávamos a discutir, e ele iria por me no chão e fazer-me subir todo o monte para o nosso apartamento a pé.

-porque estas zangada comigo?- ele pergunta num tom rouco.

-queres uma lista?

-há uma lista?- ele gargalha, fazendo uma nuvem sair da sua boca para o ar frio.

-há e é longa.

-ok, podes contar-me.

-não fazes caso do que te digo, os desenhos desapareceram, e são importantes para mim, estão ali coisa desde os meus doze anos provavelmente, e magoa-me que digas que posso fazer mais, quando não posso, um desenho nunca é igual ao outro muito que copies. E oh claro a maneira como falas-te ao Dean. Ele é bom, só tu é que não queres ver.

-ele roubou-me a mãe.- ele murmura.

-não Harry, o teu pai roubou a tua mãe.

-não o meu pai queria salva-la, e salvar-me no fim de contas, se não fosse ele, eu não estaria aqui, tinha morrido naquele bosque.

-mas se ele não a tivesse seguido não tinha acontecido.

-não entendes? Eu não odeio o meu pai por isso, eu odeio o meu pai porque ele me deixou, abandonou-me, eu vi cenas que uma criança nunca deveria ver, eu estou avariado por dentro porque ele não me soube educar. Ele não me deu uma vida, fechou-me em colégios, mesmo quando eu era expulso, ele arranjava maneira de me por noutro ainda pior.- ele explode.

-e gritares comigo.- murmuro baixinho.- estou zangada porque detesto que grites comigo.

-estou tão nervoso Soph, estou uma pilha de nervos com a empresa, a universidade, e a minha namorada irrequieta que não para.- ele confessa.

Sinto-me mal por o preocupar, mas ele não confia em mim, não me diz o que se passa, e faz-me passar por parva. Algo aconteceu no apartamento, mas não vou puxar mais a corda hoje, hoje não, talvez amanha eu tente preceber.

-podias ensinar-me.- murmuro.

-o quê?- ele parece desnorteado quando começa a subir as escadas do prédio comigo ás cavalitas.

-o quão sujo pode ser o sexo.- sinto-me corar sobre as minhas palavras.

-queres foder agora? Comigo num estado nervoso, oh amor, seria agradável para mim, mas eu não sei...

-não me vais magoar certo? Não é nada como naquele livro.- a minha voz a subir umas oitavas.

-o que aquela cena do Grey?- ele ri-se.

Vision 1 - The JudgedWhere stories live. Discover now