-Apenas estou stressado e tu não ajudas em nada.- ele cospe.
-bom eu ajudaria, se não estivesses ocupado a esconder-me tudo.
Ele começa a caminhar á minha frente. As suas passadas fazem quase três das minhas, e tentar acompanha-lo é francamente um trabalho desgastante, a vários níveis. Paro porque o ar frio está a deixar-me ainda mais cansada e não como nada á horas, para alem do batido nenhum alimento solido entrou no meu estomago. O Harry para e olha para mim, o seu olhar suaviza-se e ele anda para trás.
-queres vir ás minha cavalitas?- ele parece divertido.
-ainda estou zangada contigo, mas estou mais cansada do que zangada.- digo.
Ele vira-se e eu salto com facilidade para as costas dele. Ele agarra as minhas coxas de uma maneira adorável e aperta os dedos á volta delas. Encosto a minha cara á curva do seu pescoço e desfruto do seu cheiro. Ele consegue ser tão irritante, mas no momento seguinte ele é o melhor namorado de sempre.
Passo os meus lábios delicadamente pela pele fria do meu adorado e irritado rapaz e ele ri-se. Ele não fala enquanto me transporta e sinto-me feliz, ainda começávamos a discutir, e ele iria por me no chão e fazer-me subir todo o monte para o nosso apartamento a pé.
-porque estas zangada comigo?- ele pergunta num tom rouco.
-queres uma lista?
-há uma lista?- ele gargalha, fazendo uma nuvem sair da sua boca para o ar frio.
-há e é longa.
-ok, podes contar-me.
-não fazes caso do que te digo, os desenhos desapareceram, e são importantes para mim, estão ali coisa desde os meus doze anos provavelmente, e magoa-me que digas que posso fazer mais, quando não posso, um desenho nunca é igual ao outro muito que copies. E oh claro a maneira como falas-te ao Dean. Ele é bom, só tu é que não queres ver.
-ele roubou-me a mãe.- ele murmura.
-não Harry, o teu pai roubou a tua mãe.
-não o meu pai queria salva-la, e salvar-me no fim de contas, se não fosse ele, eu não estaria aqui, tinha morrido naquele bosque.
-mas se ele não a tivesse seguido não tinha acontecido.
-não entendes? Eu não odeio o meu pai por isso, eu odeio o meu pai porque ele me deixou, abandonou-me, eu vi cenas que uma criança nunca deveria ver, eu estou avariado por dentro porque ele não me soube educar. Ele não me deu uma vida, fechou-me em colégios, mesmo quando eu era expulso, ele arranjava maneira de me por noutro ainda pior.- ele explode.
-e gritares comigo.- murmuro baixinho.- estou zangada porque detesto que grites comigo.
-estou tão nervoso Soph, estou uma pilha de nervos com a empresa, a universidade, e a minha namorada irrequieta que não para.- ele confessa.
Sinto-me mal por o preocupar, mas ele não confia em mim, não me diz o que se passa, e faz-me passar por parva. Algo aconteceu no apartamento, mas não vou puxar mais a corda hoje, hoje não, talvez amanha eu tente preceber.
-podias ensinar-me.- murmuro.
-o quê?- ele parece desnorteado quando começa a subir as escadas do prédio comigo ás cavalitas.
-o quão sujo pode ser o sexo.- sinto-me corar sobre as minhas palavras.
-queres foder agora? Comigo num estado nervoso, oh amor, seria agradável para mim, mas eu não sei...
-não me vais magoar certo? Não é nada como naquele livro.- a minha voz a subir umas oitavas.
-o que aquela cena do Grey?- ele ri-se.
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...