Musicas do capitulo:
Ed Sheeran- Give me love
Passei toda a semana seguinte a dizer que sim ao Harry, na esperança de poder voltar á Universidade. Não cheguei realmente a receber a nota da minha frequência, mas uma tarde o Harry saiu e voltou com um 17 na mão. Fiquei tao feliz que comecei a saltar e magoei o pé. Embora não muito.
É domingo hoje e faltam duas semanas para o natal. Tenho estado a estudar, porque faltei á semanas de exames e tenho de os fazer nesta. Isto é se o Harry me deixar sair de casa. O que espero sinceramente que aconteça.
Quarta feira ele teve de sair para ir á universidade fazer dois exames e quase que me amarrou á cama. Estava excessivamente preocupado, mas garanti-lhe que me ia portar bem. Mas na realidade senti-me desconfiada. Ele cedeu mais facilmente do que eu pensava. Cheguei a pensar que haviam camaras no apartamento e fui á procura. Estranhamente não encontrei nada de suspeito.
Suspeito que o seu estado de nervos não o deixou concentrar-se como devia no exame. E sinto-me realmente culpada por isso.
Depois do nosso ataque de hormonas decidi manter-me longe. Ele não gosta de mim e não quero mesmo ir para a cama com um homem que não me ama. Especialmente se essa for a minha primeira vez. Amo o Harry e admitiu a mim mesma. Mas eu ter admitido, e ele chegar a gostar é diferente. Muito diferente. Sei que mais tarde ou mais cedo, vou ter de dar o braço a torcer e desistir. Mas não consigo sequer pensar nisso. É doloroso, sei que me rejeitará quando lhe disser, por isso estou á procura de um emprego, para poder pagar um pequeno estúdio quando ele me puser de fora. Ele vai pôr. Ele é frio e rancoroso. Mas mesmo assim não consigo evitar estes sentimentos. Mas depois ele é amoroso e carinhoso. Passou estas semanas a cuidar de mim e massacrar-se por me ter deixado fora de vista durante aquela noite.
Tenho acordado todas as noites a gritar pelo nome do segurança. Peter. O Harry perguntou-me como sabia eu o primeiro nome dele, mas não fui capaz de responder. A minha mente deu-me um nome, mesmo antes de procurar por ele. Eu poderia fazer qualquer coisa. Só teria de procurar, de pensar...de me massacrar.
Ter pesadelos é sem duvida a pior parte. O meu corpo começa a curar-se e já mal tenho dores. Mas quando a noite começa a chegar começo a ficar nervosa. Não como e mal me mexo. O Harry esta a ficar preocupado e está a pensar se talvez fosse boa ideia levar-me ao psicólogo. Disse-lhe que estava a ficar melhor e ele acreditou. Mas estou decidida a falar com o amigo do meu pai. Á uma semana e meia atras tinha uma consulta, talvez ele me possa receber quando o Harry já me deixar mais á solta.
Agora estou no "sótão" ou biblioteca. Estou a pintar um quadro á dias. É suposto ser um trabalho abstrato, uma coisa da minha cabeça. É suposto eu fechar os olhos e desenhar o que vejo. Mas a única coisa que vejo é o Harry. Apenas ele, ele ocupa todo o espaço na minha cabeça, e isso deixa-me nervosa. Tenho escondido o quadro, ele não vai gostar e para ser sincera estou mesmo com medo do que ele vá pensar.
O quadro está como quando o vi pela primeira vez. Ele estava quase todo de preto. O cabelo a ser puxado para trás, e os seus grandes olhos verdes a brilharem de uma forma amorosa tal como eu os vi. Mas algo está diferente no quadro. A cara dele era carregada, rude até, no entanto no meu quadro ele sorri livremente. Sem peso, sem uma mãe com uma morte precoce apenas ele, o rapaz que ele poderia ser se não fosse toda a sua bagagem.
-Soph?- oiço do andar de baixo.
Arranco o quadro do cavalete e puxo a estante ao lado da parede para esconder o quadro. Estou sem dúvida aterrorizada com ele e com a ideia dele ver o meu precioso quadro. Atiro-me para cima do sofá pego no bloco e finjo continuar a desenhar umas montanhas algures em nenhures. Não sei porque desenhei isto...acho que estava entediada.
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...