Musicas do capitulo:
-olly murs- dear darlin
-All of me
-Ed sheeran- give me love
-Little things- One Direction
Passam-se minutos e ele não abre a boca. Começo a pensar se ele se lembrará de alguma coisa. Sei que possivelmente não, mas eu apenas não aguentava mais. Tudo isto está a começar a mexer comigo a um nível muito mais profundo do que alguma vez imaginei. Não consigo pensar como deve ser ao pé dele. Não consigo ser eu mesmo, não consigo controlar-me, apenas faço o que ele quer, isso está a começar a sufocar-me. Amo este rapaz mas ele está a dar cabo da minha essência. Estou a começar a funcionar como ele quer, e não como eu quero.
Não quero ser uma boneca nas mãos dele. Quero ser eu, ter vida própria e ganhar a minha independência, porque no fundo foi para isso que vim, para garantir a minha independência, para apreender a sobreviver sem os meus pais.
Pior que ser dependente dos meus pais, é ser dependente do meu colega de casa, que começo a amar loucamente. Tudo isto está a sair do meu controlo e eu não tenho a certeza se vou conseguir aguentar muito mais.
Preciso de espaço para mim, apenas para mim. Sem Harry, sem universidade, sem as memorias de um sitio sombrio.
-eu...eu não compreendo.- ele murmura.
-era obvio. -tento sair do seu aperto mas ele não me permite.
-porque? Fala comigo.- ele implora.
-para quê? Tu não me ouves! Só fazes o que queres e arrastas-me. Estou farta. Farta de ser arrastada.
-eu não...
-um bêbado não mente. Tu disseste aquilo, era o que tu querias dizer.- acuso
-eu nunca disse isso.- ele altera-se. Eu empurro-lhe o peito e corro para o quarto. Trancando a porta.
Ele soca a porta e isso assusta-me. Espero que por ele estar sóbrio não parta esta também. Sento-me na minha cama e sinto os malditos desenhos por debaixo de mim. Quero queima-los, quero desfazer-me dele, quero que tudo não passe se um pesadelo. Quero acordar e não ser obrigada a sentir o alto de baixo do meu colchão. Quaro acordar e pensar no Harry como um personagem de um livro que li. Quero acordar e estar em casa.
-Sophia abre a merda da porta.
-Não.- grito-lhe. Em vez de chorar, estou apenas a gritar e isso parece aliviar alguma parte da minha dor.
-Abre a merda da porta, esse também é o meu quarto.
-vem abri-la, já o fizeste uma vez, o que custa uma segunda?
-para com essa merda e abre a porta. Agora.- ele grita, a sua voz rouca a subir de tom, a perpassar a medeira da porta e atingir-me.
-vai acalmar-te e depois falamos.- grito-lhe através da porta.
-tu é que precisas de te acalmar. Não eu.
-chega Harry.- grito.
Sinto os seus passos a afastarem-se. Espero e espero, mas nada. Nada acontece, penso que talvez ele tenha saído, ou que simplesmente se tenha fartado. O meu coração bate com força. De repente tudo se torna claro, quero a minha mãe, quero o meu pai, quero voltar para território conhecido. Quero voltar a ser a rapariga pequenina e sem problemas que era no inicio do ano.
Caminho devagar até ao armário e tiro de lá uma mala. Poiso-a no chão e sento-me na cama. Tenho cada pé na extremidade da mala, apoio os cotovelos nos joelhos. Tento levantar-me e ir buscar a roupa, mas não consigo. Estou presa ao colchão, é como se não me conseguisse mover.
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...