Caminho até á saída do campus. A imagem do Harry a pairar sobre mim faz-me ficar quente. Eu desejo o rapaz por muito errado que isso seja, ele faz-me sentir tao, mas tao viva que parece que a vida não tem fim. Por muito que lhe queira bater ás vezes a maioria do tempo, sem o saber desejo-o. Passo o dia a pensar em chegar a casa para poder ter um vislumbre daqueles lindos olhos verdes. Tudo nele me parece demasiado perfeito. Tao perfeito que parece mentira. Sei que debaixo de tanta perfeição á um coração a bater lentamente á espera que alguém o traga de novo á vida.
-Soph.- Alguém chama e eu giro sobre mim própria para encontrar o dono da voz.
-oh Niall.- Comprimento sorridente
-vais a algum lado?- ele pergunta
-sim, na realidade vou almoçar com o meu pai.
- o teu pai não estava na América?- ele parece confuso
-sim, na realidade ele só me veio visitar- o sorriso dele morre um pouco
-oh bolas, queria convidar-te para vires almoçar- eu podia convida-lo o meu pai não iria importar-se, eu acho.
-queres vir? Tenho a certeza que o meu pai te vai adorar.- digo-lhe convincente. Se não aceitar também vou compreender, pode parecer um bocado intimista da minha parte.
- Porque dizes isso?
-o que?- estou confusa
-que o teu vai gostar de mim?- haa isso.
-és o oposto do Harry e o meu pai detesta o Harry.- Digo a rir
-quem não detesta?- ele ironiza
-eu.- Protesto
-mas a semana passada tu...
-a semana passada eu estava passada e o Harry também. Acho que agora estamos bem
-bom ele continua a ser muito rude e irritante com a maioria das pessoas. E mais tarde ou mias cedo vai acabar por fazer alguma coisa.
-bom por agora só posso contar com o presente. Queres vir?
-claro.
Andamos calmamente pelas ruas de Oxford que se enchem para passar a hora de almoço em casas de outros parentes. Não vivo aqui por isso a única coisa que faço é seguir as indicações do Niall quando lhe passo o papel com a morada do restaurante. Conversamos maioritariamente sobre as aulas. Apenas horários, livros e desenhos. Ele parece interessado no que me interesso por retratar. Acabo por lhe confessar que sou uma apaixonada por rostos abstratos. É uma espécie de maneira de deixares a tua cabeça dizer-te o que vais desenhar e no fim tens um rosto que nunca viste na vista. Desenhar o que não vejo é uma forma de aliviar a pressão de desenhar tudo que vejo quando não quero ver.
-então tu podes desenhar-me.- o Niall pergunta-me e eu riu
-sim Niall eu posso desenhar a tua cara.
-não o me corpo?- ele interroga
-não
-porque não?- não lhe vou explicar isto.
-bom porque a anatomia masculina não é o meu forte. Não sei porquê apenas consigo desenhar um modelo de anatomia masculina.
-como assim um só modelo?- ele está curioso
-quando tento desenhar um homem, se não estiver a copiar por uma imagem sai sempre o mesmo desenho.
-então a minha anatomia não se encaixa? – Ele finge uma falsa mágoa
-é isso, é sempre um homem alto e ...tu sabes.
-eu sei?- ele quer mesmo que eu fale
-nunca pensei demasiado nisso, é algum tipo de complicação acho eu.- Digo por ser verdade
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...