Sem duvida que comer no McDonnalds nunca foi algo que esperei fazer com o Harry, maníaco por comida saudável. Mas aqui estamos nós a rir um do outro e a ver quem consegue meter mias batatas na boca...o Harry consegue.
-eu avisei-te.- ele gargalha quando me fico por sete batatas na boca.
-sim, pois...- faço beicinho.
-ganhei a aposta.- ele ri.
-mas não quiseste nada.- Retribuiu.
-não, tu é que não me deixas-te dizer o que eu queria.- ele sorri maliciosamente.
-ai sim?- digo com sarcasmo.
-talvez logo á noite descubras o que quero.- ele sorri.
Sinto-me corar e a minha barriga contrai-se deliciosamente. É engraçado as sensações que ele cria em todo o meu corpo apenas com umas simples palavras. Ele levanta-se e despeja o resto dos nossos conteúdos no contentor. Estende-me a mão e caminhamos até ao carro para voltarmos para Oxford.
Bom devo dizer que a minha primeira vez em Londres foi bastante agradável, até mesmo a Abbie, que ainda me aparece na cabeça. O que será que ela é o Harry. Bom provavelmente alguma parceira de quecas, mas ainda assim vou manter o bico calado a respeito disso. O Harry não gosta que eu fale assim dele, ou das suas amiguinhas, diz que não me fazem parecer digna.
Bom sem ser o facto de eu ter um dom de um inferno, sou bastante digna. Oh céus até na minha mente sou sarcástica, isto está a ficar terrível.
-hey, podes entrar.- o Harry diz quando chegamos ao carro.
-oh sim, desculpa.- entro no carro e ponho o cinto
Ele caminha para o seu lado do carro e entra. Quando o carro começa avançar o tempo também ameaça mudar, o sol e o céu, a ficarem cinzentos e escuros. O meu estado de espirito parece ir pelo cano abaixo á medida que o sol desaparece.
Encosto a cabeça ao vidro frio da janela e espremo a minha bochecha contra ele, como quando era miúda. Oh céus, estou aborrecida.
Um som rouco faz-me despertar e eu levanto a cabeça. O Harry esta a tamborilar os dedos no volante e cantar alguma coisa como James Arthur, a sua voz rouca a trespassar o espaço á nossa volta á medida que o carro acelera pela estrada deserta. A vegetação verde, as árvores, a vos dele, o perfil angular dele. Tudo parece fazer parte de um sonho meigo, quase infantil.
-cantas tão bem.- murmuro-lhe.
A música saída dos seus lábios interrompida por uma gargalhada amorosa. A sua mão navega para o meu joelho.
-confesso que se eu, não fosse eu, seria cantor.- ele ri
-estou a falar a sério a tua voz é...
-muito boa?
-exato.
-sim, suponho que sim, o meu pai canta muito bem.- ele murmura secamente.
-acredito que tenham muito em comum, fisicamente.- tento explicar-me
-sim, temos.- fico feliz por ele não estar zangado.
Então lembro-me do dia do baile. O dia em que fui quase atacada por um homem qualquer. Enquanto espreitava á socapa para a passadeira vi o Harry e o seu pai. O seu pai tocou-lhe no pescoço, na zona proibida, ele nunca me deixo tocar-lhe lá, pelo menos, não diretamente com as minhas mãos.
-no dia do baile, vi o teu pai tocar no teu pescoço.- murmuro.
O ambiente no carro gela por completo, o que antes era um ambiente amistoso e meigo, é agora frio e hostil. O rosto do Harry endurece e sou quase impedida de respirar, a sua mão a apertar o meu joelho, que logo de seguida vai para as mudanças, metendo-a para uma mais alta.
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...