Eu continuo ao colo dele, a nossa respiração irregular e descompassada preenche o espaço á nossa volta. Costumo pensar que as coisas levam o seu tempo a acontecer, por isso eu sou paciente, mas quando se trata do Harry toda a minha paciência se esgota. Eu quero o agora, o presente, não existe o passado dele, ou o meu futuro. Existe o agora, e o agora aqui com ele, é perfeito.
Ele continua dentro de mim, mas eu não me mexo, não quero perturbar este raro momento de paz. Começo a pensar que ando nervosinha por não ter sexo há quatro dias...bom hoje já não conta, mas é o que me parece, que sinto demasiado a falta dele. Da pele dele, de tudo nele. É tudo tão mágico e a maneira delicada como ele faz amor comigo é... é tudo o que eu sempre pude crer.
-pele contra pele.- Ele murmura em apreciação apertando-me mais para ele.
Ele esmaga o meu peito contra o dele, os meus seios espalmados contra o peito duro dele. Mesmo por cima das andorinhas desenhadas a tinta. Beijo-lhe a face, o queixo, os lábios e o pescoço, e descanso a minha cabeça no seu pescoço, enquanto ele escorrega para baixo comigo nos braços, e nos deita na cama. Ergue-me com cuidado e sai de mim. Leva a mão até ao nosso meio e tira o preservativo, mandando-o para o balde do lixo com uma pontaria certeira.
Eu riu-me e ele beija os meus lábios de forma suave e amorosa, fazendo a minha pele arrepiar-se. Aconchego a minha cabeça no seu peito e sinto os seus dedos no meu cabelo, a encaracolar as pontas com os dedos, e descendo depois até as minhas costas voltando depois novamente ao meu cabelo. O movimento é mágico e relaxa-me ainda mais, fazendo os meus músculos parecer gelatina. E um sorriso então desenhar-se nos meus lábios.
-abre os olhos para mim.- ele murmura, e só ai me apercebo de que tenho os olhos fechados.
Abro os olhos devagarinho e inclino a cabeça para trás para lhe ver a cara. Os seus olhos verdes bem abertos, e um sorriso com direito a covinha reservado para mim, as suas bochechas tem um tom rosado, e os lábios em forma de coração ligeiramente abertos. O cabelo ondulado revolto a cair-lhe na testa.
Levo a mão ao seu cabelo e passo-lhe o cabelo para trás.
-és tão bonito.- Sussurro-lhe.
Ele sorri timidamente, mas eu não entendo porquê, ele tem plena noção do quão bonito é. Ele faz a minha respiração parar de cada vez que sorri. Ele faz borboletas dançarem todos os dias no meu estomago. Ele faz o meu coração bater mais rápido de cada fez que o vejo. E ele impressiona-me de cada vez que fala. Todas as vezes uma coisa diferente vai sair dos lábios dele. Eu nunca sei o que esperar e isso faz-me feliz, sinceramente muito feliz.
Ele beija-me e depois volta a poisar a minha cabeça no seu peito.
-já te disse que te amo?- ele murmura.
-e eu já disse que te amo?- pergunto.- É porque te amo. Muito.
-voltas-te a tocar guitarra.- Murmuro quando ele não diz nada.
-sim.
-porquê?- a minha pergunta fica no ar.
Ele passa o seu queixo pela minha cabeça de modo a encaixar a minha cabeça no seu pescoço. Continua as suas caricias e eu vou sentindo os olhos a pesarem-me cada vez mais. Sinto os seus pés a brincarem com os meus, enquanto vou perdendo a luta contra a consciência e me deixo ir, devagarinho, com o bater constate do coração dele debaixo de mim, e com as suas mãos a acariciarem as minhas costas. E desisto, fechando os olhos.
Quando volto a recuperar a consciência, estou sozinha na cama. Às apalpadelas encontro o lugar do Harry na cama, mas os lençóis estão frios. Gemo em frustração e abro apenas um olho, para perceber que já é de noite. Volto a fechar os olhos e rolo na cama até sentir a mesa-de-cabeceira. Olho para o relógio e são sete da tarde. Wow dormi imenso. Isto ainda é melhor do que correr, e devo queimar mais calorias. Elevo o tronco e o lençol cai, mas eu pareço nem perceber, apenas quando o Harry sai da varanda e me vê, percebo que devia ter segurado o lençol. Ele sorri, um sorriso matreiro que lhe fica bem.
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...