Porque haveria eu de o deixar? A pergunta não tem sentido na minha cabeça confusa. Estou estafada e a minha respiração está irregular, e este foi o pior momento para ele começar a ser espiritual e por a minha cabeça a trabalhar.
O meu corpo amolece contra o seu e os seus braços envolvem os meus ombros de uma forma protetora. Eu não sei o que pretendia ele com o banho, porque sinceramente não há espaço na banheira para tomarmos banho.
Ele chega á minha e entrelaça os nossos dedos, enquanto vemos o amanhecer em Oxford. Eu adoro o facto de viver aqui e agora, mas tenho tantas saudades do sol de LA. Eu queria sem duvida, voltar a ter uma semana de sol, com o Harry por perto, isso seria perfeito. E agora vou ter que ir passar o natal com mais neve.
Eu devia contar ao Harry que vou até lá no natal, mas isso é como uma faca torcida no meu coração. Eu não sei com quem ele tenciona passar o natal, mas eu não o estou a ver com o seu pai, á volta de uma árvore de natal.
-estas muito calada.- ele murmura junto á minha orelha.
-estou cansada.
-bom, hoje é quinta-feira, podias fazer gazeta.- ele ri.
-sim, e ficar aqui todo o dia?- riu alto.
-porque não?- ele parece estranho.
-porque tenho que ir á faculdade.- Pisco muito os olhos.
-sabes, às vezes passamos tanto tempo juntos que é como se não houvesse faculdade.- Ele recosta a cabeça para trás na banheira.
-eu não sei quanto a ti, mas eu pretendo acabar o meu curso e ser arquiteta.
-já pensas-te em estágios.- Ele puxa uma mecha do meu cabelo.
-sim, mas depois fico com medo.
-porque?
-porque é o mercado de trabalho em bruto, e se levar uma tampa vai mandar-me a baixo.
-eu podia fazer algumas...
-não.- Ponho fim ao seu raciocino.
Ele não diz nada. O seu silêncio é estranho e eu levanto-me da banheira. Sei o quão nua estou, mas não gostei da forma como ele terminou a conversa. E se o afeto assim tanto, ótimo, vamos aproveitarmo-nos disso.
Sinto o seu corpo levantar-se e mal tento dar um passo para fora da banheira, mãos fortes agarram-me e prendem-me no lugar.
-eu podia habituar-me a ter-te só para mim.
Não digo nada, não porque não quero, mas porque não consigo. Algo minúsculo á minha frente.
-Harry.- guincho.
-sim.- a sua voz rouca a causar-me ainda mais arrepios.
-está ali uma aranha.- grito e saio da banheira.
Enquanto fugo pelo corredor oiço o seu riso e sinto-me zangada pelo meu medo irracional de aranhas.
Quando bato a porta do quarto do Harry embrulho-me no lençol á espera que ele apareça. Estou cheia de frio, e com medo da maldita aranha, e o Harry ainda se ri, o cretino. Eu devia era mostrar-lhe o filme que vi quando era miúda.
Era um pobre cachorro, e aranhas minúsculas mas letais saiam por todos os lados dele. Sempre ouve uma razão por eu não gostar do homem aranha.
Enquanto estou sozinha no quarto avanço até á enorme janela e comtemplo a enorme vista. Não é maravilhoso? Quando cheguei a Oxford a única coisa que eu queria era estudar, ser uma miúda normal, mas agora estou em casa de um dos mais jovens e bem-sucedidos empresários. Eu não sei, mas ás vezes acho que a normalidade, não gosta de mim.
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Vision 1 - The Judged
FanfictionHarry está ligado a um passado destrutivo, algo que não o afeta diretamente mas que ele sente necessidade de relembrar, como uma nota pessoal do quão culpado ele pode ser. Sophia está ligada ao futuro pela raiz, com medo do que pode acontecer a cada...