55ºCapitulo- POV Harry

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Musicas do capitulo: - James Arthur Ft Emeli Sandé Roses -One republic-Something i need

-One Direction- Little things

 

Arrgg o sol está a dar-me cabo dos olhos. Mas quem é que me mandou viver no prédio feito de vidro? Merda. Há sangue na cama. Olho para o lado mas a Soph não está lá. Merda a ligadura do seu pé está cheia de sangue e solta no meio da cama.

Levanto-me de um pulo e vejo que são dez horas. Porra já devia saber que ela não dorme até tao tarde. Vou até á casa de banho e lavo a minha cara. Passou uma semana desde todo aquele desastre. Tive de a convencer a ficar aqui e não ir ás aulas. Até lhe trouxe a porra do gatinho para lhe fazer companhia, mas foi preciso uma boa dose de autocontrolo para não a acorrentar á cama, para que ficasse quieta.

Passei a semana a tratar-lhe das costelas, do pé, e da merda daquele grande hematoma na testa. Não acredito que o meu pai tentou mata-la a ela, a criatura, mais pura e inocente que conheço, a única rapariga que não se afastou de mim apos ver um dos meus ataques de fúria. Ela ficou, tal como eu nunca imaginei, ela aguentou tanto por mim. Ela sofreu tudo aquilo por mim, e eu a imaginar mil formas de a castigar por ter desaparecido, quando na verdade ela só estava a fugir da morte. Na realidade tudo o que percebi, é que sou um filho da mãe egocêntrico, porque mesmo depois daquilo por que ela passou, não consigo deixa-la ir. Ser livre, estou acorrentado a ela de uma maneira que não consigo explicar. O buraco no meu coração quando me disseram que não sabiam dela foi a coisa mais assustadora de sempre, e não tenciono voltar a passar por aquilo outra vez.

Quando saio da casa de banho tenho de me controlar para quando a encontrar não a arrastar de novo para a cama. Ela esta a ficar impaciente de estar aqui sem fazer nada.

Nos primeiros dias ela não se conseguia mexer muito por isso foi mais fácil para mim mante-la quieta, no entanto no quarto dia ela quis levantar-se o que me levou a fazer-lhe uma surpresa.

Flash Back ON

-muito bem, quer levantar-te?- questiono.

A sua testa está melhor, embora roxa. Tenho toda a minha equipa de segurança lá em baixo a proteger a entrada e saída do prédio. E tenho metade da polícia de Oxford em sigilo devido ao que aconteceu. No entanto quero o filho da puta apanhado o mais rápido possível.

-sim, Harry, estou farta de estar aqui fechada.- ela choraminga enquanto me sento ao lado dela na cama.

-ok...bom.

E com muito cuidado para não magoar as suas costelas, meto-a nos meus braços e levanto-a de modo a ficar com a cabeça apoiada no meu ombro. Caminho com ela até á entrada do quarto e para um momento para observar a maneira como ela fecha os olhos. Paro-me a mim mesmo antes de lhe dizer algo desagradável, como por exemplo, ela quer sair da cama, mas ficar cansada logo que eu a pego.

Caminho facilmente com ela até á ultima porta do corredor e abro-a com alguma dificuldade. Sei o que o que esta lá em cima e sei o quanto ela vai gostar, ela adora livros e quadros, ela vai definitivamente gostar.

Quando passo pela porta deparo-me com as típicas escadas em caracol e subo-as, ela abre os olhos e fica espantada. Adoro a maneira como ela para as coisas, fascina-me.

-o que é isto?- ela olha para mim com os olhos muitos esbugalhados.

-a biblioteca e o teu recreio quando estiveres boa.- murmuro-lhe ao ouvido.

Quero contar-lhe que o apartamento não era meu, que era da minha mãe e que foi renovado á pouco tempo, mas sei que se sentirá como uma intrusa. O espaço que lhe estou a disponibilizar era da minha mãe. As telas, os quadros e os livros, era tudo da minha mãe. E a Soph é tao parecida com ela, pelo menos psicologicamente.

Vision 1 - The JudgedOnde histórias criam vida. Descubra agora