10ºCapitulo

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-A sério, Harry, não foi nada.- Tento libertar o queixo, mas ele não deixa.

-foi o Dean, o Louis? Fala comigo.- Ele ordena. Mas porque haveria eu de falar com ele? conheço-o á apenas dois dias e se não fosse ele a discussão com o meu pai nunca tinha existido.

-Não foi ninguém ok? Doeu-me a cabeça e deixei a caneca cair.- Não é totalmente mentira, na realidade doeu-me a cabeça. A única diferença é que parti a caneca num enorme ataque de raiva.

É mais ou menos por isto que eu sou tao controlada quando tenho poder nas minhas emoções e sentimentos. Sei o que pode acontecer se me perder. Se deixar alguém afetar-me. As pessoas magoam-me demasiado facilmente. É mais fácil se for simpática para elas, assim tenho uma maior segurança de que também o serão para mim.

- A parede está manchada de chá. Tu atiraste a chávena! - ele insinua

-sim Harry eu atirei. Tu atiraste o telemóvel eu atirei uma chávena.- isto parece cala-lo

-porque te doeu a cabeça que raio andas-te a comer ou a fazer?- pelos vistos isto não o calou completamente.

-não comi nada de mal, apenas bolachas e chá.- Respondo mais meigamente.

Ele vai até aos pacotes de tudo o que eu comi e olha para mim escandalizado. Ele apanha todos os sacos de bolachas, bolos e gomas e depois regressa até mim.

-chamas a isto nada de mal? Isto é como pedires para ficar doente.- ele está absolutamente em estado de choque.

-olha eu não sei quanto a ti, mas tu e a tu mãe nunca agarraram numa data de porcarias e viram um filme juntos? É que bem, eu já e estou com saudades da minha ela está do outro lado do mundo e eu tenho saudades. Comer doces é uma boa forma de evitares o stress.- Acabo por dizer.

Ele mante-se calado. Estático, como que a absorver tudo o que disse.

Lembro-me de uma noite o meu pai e o meu irmão terem ido acampar por causa de uma aposta comigo e com a minha mãe. Foi a primeira vez que comi tantos doces de seguida. O meu pai nunca mos deixava comer. Pelo menos não em grandes quantidades. Naquela noite eu e a minha comemos tantos que passei três dias na cama com uma dor de barriga.

Ele recupera a compostura e continua.

-não Sophia eu nunca fiz isso com a minha mae. Só para que saibas por causa desta tua brincadeira vou ser eu que vou começar a cozinhar a e escrever a nossa dieta cá em casa.- ele responde

-fixe o teu esparguete e a carne estavam ótimos.- digo mal educada. Mas que raio de passa comigo?

-só te queria impressionar nessa noite. Espera até veres o que é que eu como todos os dias.- Ele acaba por dizer. Como assim impressionar? Como assim vai deixar de fazer comida boa?

Oh senhor vou morrer á fome.

-fixe cozinha o que quiseres, de qualquer forma não me podes obrigar a comer.- bato o pé no chão e vou em direção á porta do quarto, mas paro antes de avançar mais. Estive ali á escaços minutos a sofrer com uma visão dos diabos, não preciso de voltar lá para dentro por enquanto.

Calços as minha pantufas que tem uns porquinhos engraçados a frente e chiam, e digiro-me para a casa de banho a fazer barulho com as pantufas.

A risada do Harry provoca-me um arrepio no couro cabeludo. É um som mágico. Finjo-me amuada e rodo sobre mim própria para o encarar.

-que é?- pergunto fingindo-me mal-humorada, e tentando em vão esconder o sorriso que ameaça bailar-me na face.

-nada, nada.- Ele gargalha. Adoro o som, vai ser o meu novo toque de telemóvel.

Vision 1 - The JudgedOnde histórias criam vida. Descubra agora