Vision 1 - The Judged

72ºCapitulo- Parte I

Harry Styles- Don't Let Me Go

James Arthur. -impossible (acoustic)

O Harry passa a ponta dos longos dedos pelas minhas costas nuas, e a sensação é relaxante. Por muito duro que tenha sido estar com ele, eu acabei de decidir que foi a melhor experiencia da minha vida. Estar tão perto de alguém, íntima e fisicamente. Foi como se ele fizesse parte de mim. Acho que nunca me vou esquecer da sensação de preenchimento, da sensação do seu corpo sobre o meu, como um escudo humano.

-estas a dormir?- ele beija a junção da minha testa ao meu cabelo.

-hum.- murmuro.

-sabes, vai ser mais fácil da próxima vez. -ele murmura.

Sinto-me corar com o pensamento. Ele vai querer fazê-lo de novo? E sinto-me feliz. Sinto-me sempre tão feliz quando estamos os dois enroscados numa cama. Não sei como vou voltar a dormir sem ele. Seria desgastante.

-o teu corpo vai moldar-se ao meu, e ai eu prometo, uma serie inesgotável de orgasmos.- ele ri orgulhosamente.

-posso obrigar-te a fazer isso.- Mordo-lhe a lateral do peito.

-eu adoraria, e adoro. E vou adorar cada minuto que passar contigo, e dentro de ti.

Mal as palavras lhe deixam os lábios, a sensação de esmagamento assombra-me. Eu dei-lhe a minha castidade, e em vez de se gabar está a pensar em mil e uma formas de me compensar e de me fazer feliz. Quando foi que alguém disse que este rapaz não tinha sentimentos? Pequenas lágrimas brilham nos meus olhos e enrosco-me mais nele.

-então?- ele tenta com o olhar preocupado.- dói muito?

-não muito, só é ... estranho.- a minha voz sai estranha por estar escondida.

-não te queres levantar? – Ele para as massagens.

-não acho que consiga.

E é verdade, acho que as minhas pernas estão feitas de gelatina. Sinto que, a qualquer momento vou apagar e só acordar amanhã.

-dorme minha linda menina.- ele beija os meus lábios de uma forma delicada.

O subir e descer do seu peito transmite uma sensação de conforto e é como uma canção de embalar. Agarro-me mais ele e ele parece não se importar. Mesmo com os olhos fechados posso sentir o olhar dele cravado em mim. A sensação é ótima. Saber que eu sou a rapariga que o faz acordar o seu lado mais romântico e carinhoso.

E com pensamentos acerca de tudo o que passamos até hoje deixo-me engolir pelo doce abismo da escuridão.

Alguma coisa faz cocegas no meu peito, e eu tento virar-me para o outro lado, sendo impedida por um enorme peso em cima do meu corpo. O meu sono é em grande quantidade e desconfio que não dormi mais do que algumas horas e que ainda é de noite.

-acorda dorminhoca, tens de ir para a faculdade.- Uma voz rouca e suave murmura contra a minha garganta.

-não.- Bocejo, virando-me para o lado oposto.

-sim, tens de experimentar levantar-te.- Ele morde a pele sensível.

-eu consigo levantar-me, agora deixa-me dormir.- Meto a almofada por cima da minha cara.

-tens de tomar banho.- Ele ri.

-bolas Harry, não, não tenho.- A minha fúria está descontrolada.

-ok.

Sinto o colchão subir e sei que saiu de cima da cama. O que me parece estranho visto que ele nunca desiste tão facilmente das coisa. Bom, talvez esteja com pena de mim e da minha dor no meio das pernas. Bolas está a arder. Deixo o meu corpo exausto repousar sobre a cama enorme e tento voltar a partir de volta para o meu sono.