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  Desviei de um mão fechada que vinha rapidamente em minha direção, me agachei ao chão ouvindo o som de mão humana se fundindo com concreto antigo. Digeri um pontapé em direção ao seu joelho, uma brecha, quando ele deu alguns passos para trás, foi o momento certo de lhe acertar pé ao rosto. O rapaz caiu ao chão, grunhindo de dor. Se levantou lentamente enquanto seus olhos me observavam e ele limpava o salgue da boca com a parte de trás da mão.

- Você não evoluiu nada desde a última vez. - Dei alguns passos em sua direção e parei a alguns metros dele. Uma voz ecoou pelo lugar, assim como uma claridade extremamente forte. Fechei os olhos colocando a mão ao rosto e quando abri os olhos, e olhei a frente, e a vi ali,  parada a porta me encarando freneticamente enquanto sorria, fechei os olhos novamente e me virei de lado abraçando meu travesseiro.

      — Filha acorda, já são 5:20, lembre-se que você ainda tem que arrumar suas coisa para o trabalho. - A mesma andou até minha cama, virando-se para minha cômoda e pegando o copo que estava sob ela.

      — Ah mãe, só mais 5 minutinhos! - Permaneci com os olhos fechados enquanto minha boca se movimentava.

       — Nem 5 e nem 10, apenas levante ! - Andou até a porta novamente e apertou o interruptor da luz, que instantemente clareou todo o quarto. Suspirei fundo, fechando ainda mais os olhos devido a claridade.

       — Ok, eu já levanto. - Cobri meu rosto com o travesseiro e continuei na mesma posição .

        — Beatriz! - Devo admitir, quando ela fala nesse tom um medo percorre a minha espinha. Levantei apressadamente andando em direção ao banheiro e realizando minhas higiene pessoais. Sai do banheiro já trocada e me dirigi até a cozinha para preparar o café da manhã, coloquei uma quantidade de água a cafeteira e fui fazer outra coisa, até minha mãe andar em minha direção parando a porta da cozinha.

    — Ei filha, você ainda não me contou, mas, como foi sua viagem ?

   — Bom, foi legal, mesmo sendo bem cansativa. - Não estava sendo exatamente sincera, há uns dois meses atrás, por ser até que uma boa aluna, ganhei uma bolsa de estudos para fazer um curso de intercâmbio no Canadá, e acabei voltando há uns dias atrás, mas devido ao meu trabalho, foi difícil sentar e contar todas as "novidades" para minha mãe.

— Que bom filha, conseguiu aprender bastante coisa ?  

   — Sim, a cultura de lá é diferente daqui, posso ter me sentindo um pouco deslocada, mas até que é gostoso conhecer novas culturas, bom mãe, a gente conversa mais tarde, tudo bem ? Eu vou arrumar minhas coisas. - Passei pela mesma lhe dando um beijo a bochecha e subi as escadas indo em direção ao meu quarto. Arrumei meus uniformes, tanto os da escola como os do trabalho, arrumei minha bolsa pegando coisas que iria necessitar por toda a tarde, afinal, saio da escola e já vou direto para o trabalho.

     Um tempo depois, já me encontrava a porta da escola, não que fosse uma escola nova, é que antes do intercâmbio as aulas estavam prestes a começar, então consegui vir dois dias, que na verdade, eram os dias do acolhimento, ou seja, não veio quase ninguém. Observei várias pessoas ainda ao lado de fora, os portões já estavam abertos, me desvie dos alunos desesperados e fui em direção a minha sala que estava vazia, me sentei a uma carteira ao fundo, do lado da janela e coloquei meus fones com músicas aleatórias da banda Green Day, uma banda que adoro. Peguei meu celular respondendo as mensagens de um amigo.

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Where stories live. Discover now