#12

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  — Sai do meu quarto! – Me encarou determinado.

  — Não adianta, pode tentar qualquer coisa, eu não vou sair. – Puxei sua cadeira giratória e me sentei na mesma, ficando de frente para o garoto que já estava sentado a cama, provavelmente com raiva, porém, já havia desistido de tentar me mandar embora.

   — O que exatamente você quer, garota?

   — O que aconteceu com você?

   — E por que você quer saber?

  —  Por que quero tentar ajudar.

   — Mas afinal, oque você está fazendo aqui?

   — Sua irmã, me convenceu, de alguma maneira. E me fez vir aqui e te ajudar.

   — Era só negar. – Desviou o olhar.

   — Sério? Eu sei como é se sentir assim. Então, esse também foi um dos motivos de eu ter vindo aqui.

    — Sério? – apenas assenti. — Não sei, você não tem cara de que sabe oque é essa dor. – Suspirei irritada e me levantei andando até seu guarda roupa pegando algumas peças de roupas e jogando para o mesmo. — Oque você está fazendo?

     — Vista isso!  - Cruzei os braços.

     — Por que eu deveria ?

     — Por que a gente vai sair, agora vista!

     — Não.

    — Garoto, por favor, não me faça ser bruta com você.

    — Já não está sendo?

    — Não, você não viu nada. – digo com um pouco mais de raiva. Peguei meu celular tirando uma foto do seu quarto, afinal, para quem bancava o playboy, seu quarto ainda era considerado de criança. — Seguinte, se não for comigo eu posto essa foto no seu Facebook. – O mesmo suspirou irritado.

   — Não, não , você não fazeria isso.

   — Ah não? Quer pagar para ver? – Levantei uma sobrancelha. – Okay, Facebook, enviar, legenda, publicar?

     — Não! Não faz isso, Beatriz, Eu vou! – Se levantou rapidamente indo até o banheiro. Fiquei rodopiando na cadeira giratória, até reparar em uma foto que estava em um porta retrato sobre a escrivaninha. Na foto, havia uma mulher alta, loira com olhos idênticos ao do Grenw, ao lado dela, havia um garotinho que deveria ter uns oito anos, pareciam felizes. Grenw entrou ao quarto emburrado.  — Estou pronto, mas antes de ir, uma pergunta... Se sairmos juntos, não vai dar muito certo. Vou ser zuado caso seja visto com você. – Revirei os olhos.

    — Não se preocupe, o lugar que vamos, não vai ter nenhum membro dos playboys. – Pensa apenas nele. Incrível isso.

     Alguns minutos depois, chegamos ao lugar destinado, queria pegar o metrô e mostrar a ele que dentre todas as desvantagens de andar de metrô, tem uma ou duas vantagens. Mas não, ele quase que me obrigou a ir de carro, na verdade, ele conseguiu. Por esse motivo, não demorou muito para chegarmos. Ao lado de fora, pequenas gotas de água caiam sobre o vidro do carro, deslizando sobre o mesmo. Abri a porta saindo e observei ao meu redor, havia vários cachorros correndo pelo imenso parque, um sorriso brotou de meus lábios e encarei Grenw que permanecia sentado de braços cruzados.

     — Isso é o lugar que queria me trazer ? – Seu rosto demonstrava desgosto. – Oque exatamente é isso? Uma feira?

    — Um dia para cachorro. – Suspirei.

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Onde histórias criam vida. Descubra agora